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- Coluna de Cinema -
2004

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Dicas da semana:
(Período de 29.08.2004 à 04.09.2004)

Paisá, de Roberto Rossellini, 1946 - Seis histórias sobre o final da segunda guerra mundial na Itália ainda sob o domínio alemão e sendo invadida pelos exércitos aliados. Esse é o resumo desse “Paisá”, filme de Roberto Rossellini que fez parte do ciclo neorrealista que marcou o cinema italiano do pós-guerra.

            A marca desse filme é a alternância de sentimentos de italianos e aliados frente ao resultado da guerra, ao momento da península itálica e da possibilidade de reconstrução de uma nação que recepcionava seus libertadores e invasores enquanto tentavam libertar-se dos seus aliados opressores, o exército alemão.

            As histórias vão da moça que atravessa o campo de batalha em busca de seu amado chefe da resistência florentina, o soldado americano que se choca com a orfandade das crianças romanas, à crueldade alemã com os italianos que os combatiam. O desenrolar de todas é no sentido de se confrontar.

            Rossellini e seus co-roteiristas, a nata do cinema surgido na Itália naquele momento histórico, presta-se a contar pequenos contos do dia-a-dia italiano, quando os cidadãos da Itália vencida tentam, em meio a escombros, reencontrar sentimentos outros que não o instinto de sobrevivência que norteara suas vidas no período final daquele confronto bélico.

            Nesse filme, entretanto, as pequenas histórias parecem ter um tom acima do esperado e verificado em outros filmes do movimento, os sentimentos parecem por demais conduzidos e alguns momentos ficam perdidos em finais bruscos que não encontram um final satisfatório.

            É inegável a importância histórica de “Paisá” e seu valor artístico, ainda que haja defeitos não contornados na produção precária daqueles tempos. Um clássico sincero e verdadeiro que merece ser conhecido e assistido como aula de bom cinema e viabilidade de se contar boas e simples histórias.

Cotação: *** ½ 

Lourival Sobral            


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