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- Cinema -
(Crítica - Fevereiro / 2004)

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Dica da semana:
(Período de 08.02.2004 à 14.02.2004)

Encontros e Desencontros (Lost in Translation), de Sofia Coppola, 2003 - Um roteiro simples sobre o encontro entre um ator decadente que ainda é celebridade no Japão como garoto-propaganda de um whisky e a esposa ilustrada de um fotógrafo do mundo da moda numa Tóquio ocidentalizada, mas que ainda guarda a capacidade de surpreender quem passa a vivenciá-la.

            Bill Murray protagoniza o filme com um excelente representação de si mesmo, consegue em suas cenas uma leveza que dá tons fortes às sensações de frustração e insatisfação que são postas à mostra em cada um dos momentos que vive ao lado da juventude de Scarlett Johanson. Esta consegue dar o tom da jovem ilustrada relegada a acompanhar as andanças do seu esposo ao redor do mundo.

            Sofia Coppola, diretora e roterista, constrói seu filme sem grandes viradas. É um filme de constatação e de apreciação de como cada um dos eventos vividos pelos protagonistas expõe suas dores ou trazem um novo elemento em suas vidas.

            O desenvolvimento do roteiro é sempre no sentido da autodescoberta, de um amor que não se perfaz e não se realiza, talvez por faltar maiores ingredientes de sensualidade, mas que acontece em termos da relação humana que se mostra complexa na sequência de acontecimentos nas aventuras japonesas daqueles americanos.

            Uma ótima história, ainda que não seja justa a aura de obra-prima como foi recepcionada pela crítica americana, mas é inegável o prazer de assisti-lo sem efeitos especiais, sem tramas complexas que exija atenção a detalhes, sem o clima de saga - é apenas uma ótima experiência cinematográfica de observação das possibilidades da alma humana.

            Provável vencedor do Oscar de roteiro original e com boas chances de dar a Murray o reconhecimento que lhe fôra negado quando viveu seu melhor momento no cinema, o milionário excêntrico de “Três é Demais (Rushmore)”.

Cotação: ****

Lourival Sobral      


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