Esse “Fúria em Duas Rodas” segue a mesma linha dos filmes que transformaram o ‘canastrão’ Vin Diesel em sinônimo de boa bilheteria, os filmes “Velozes e Furiosos” e “Triplo XXX”.

            Um roteiro confuso envolvendo gangues de motoqueiros e um crime e nada mais, é tudo que se pode esperar nesse filme. Não se pode negar que, apesar de ser um subproduto, as seqüências de ação são bem elaboradas, embora sem maiores novidades.

            Um filme que vem percorrer a linha “mais do mesmo” que tem sido a máxima da produção cinematográfica mundial, os fãs dos filmes de ação não se decepcionaram, enquanto outros que arriscarem uma ida a uma sala de cinema, provavelmente, não encontrarão lá um bom divertimento.

            Um triângulo amoroso vivido por Deborah Secco, Luigi Baricelli e o bom ator Ylia São Paulo, tendo a psicóloga de Silvia Pfeiffer para apimentar a trama com seus palpites e intuições é a premissa da história, que se perde em cenas pretensamente dramáticas ou intencionalmente eróticas.

            Os diretores não conseguem fazer um todo que faça sentido, as cenas por vezes não se encaixam na história e, em muito pouco, lembra a prosa machadiana. Um verdadeiro desperdício de esforços e entusiasmo – que os atores demonstram – numa produção que integra a nova safra do cinema nacional e deixa claro que qualidade cinematográfica é exceção, uma exceção sempre bem-vinda.