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- Cinema -
(Crítica - Janeiro / 2004)

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Dica da semana:
(Período de 18.01.2004 à 24.01.2004)

Sexo, Amor e Traição, de Jorge Fernando, 2004 - A comédia “Sexo, Pudor e Lágrimas” é até hoje uma das cinco maiores bilheterias no México e fez sucesso nos países latinos, ganhando exibição no Brasil em circuito comercial, fato raro para um filme mexicano.

            A trama leve dos três casais que vivendo em dois apartamentos acabam por reformular suas relações era revolucionária para o México, mas o grande destaque era o belíssimo tema composto para o filme pelo roqueiro Aleks Syntek.

            O remake nacional despiu o roteiro de boa parte de sua profundidade e se concentrou nas gags visuais e no visual televisivo do seu elenco. O diretor Jorge Fernando construiu uma trama que falta um mínimo de coesão, em que os acontecimentos servem às piadas e os desfechos são abruptos e um tanto quanto desmotivados.

            O elenco global é extremamente irregular: Fábio Assunção está excelente naquele que é o melhor papel do filme, um malandro amoral que seduz as mulheres do filme; Malu Mader, Caco Ciocler, Murilo Benício e Alessandra Negrini apenas desempenham seus personagens sem grandes momentos; Marcelo Anthony e Heloisa Perissé passam longe do clima do filme, com interpretações bem distantes do que seria desejável.

            Os personagens vem e vão, transam, brigam, voltam às boas, numa sucessão de eventos pouco críveis que parecem filtrados e que isoladamente não fazem um todo que possa ser apreciado como uma boa história cinematográfica.

            Entretanto, não se pode negar que com seu pé nos sitcoms televisivos o ato de assistir “Sexo, Amor e Traição” é interessante para uma tarde de sábado e para quem busca alguma diversão leve sem maiores esperanças de maior qualidade cinematográfica e profundidade de temas.

Cotação: ** ½

Lourival Sobral      

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