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- Cinema -
(Crítica - Junho / 2004)

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Dicas da semana:
(Período de 13.06.2004 à 19.06.2004)

Cazuza – O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho, Brasil, 2004 - Quem viveu intensamente a década de oitenta do século passado, provavelmente o fez ao som das músicas de Cazuza que, junto com Renato Russo, escreveu boa parte das páginas da poesia inserta no universo pop que fizeram aqueles tempos.

            Um poeta mordaz que remoía suas inquietações, dores e prazeres frente a vida e se expunha de forma poucas vezes vistas em sua letra. Um artista que ficou na cena pouco menos de dez anos e que, catorze anos após sua morte, ainda é presente na cena musical.

            O filme baseado no livro “Só as mães são felizes”, de autoria de sua mãe Lucinha Araújo, mostra um Cazuza que bebia a vida num só gole, o “exagerado” que ele cantou em verso em prosa, seu envolvimento com o Barão Vermelho, sua carreira solo e sua morte, vítima de Aids em 1990.

            O roteiro é conciso e faz muitas remissões a fatos e códigos próprios daqueles anos que talvez dificultem a compreensão da magnitude de alguns deles, esse é um dos poucos defeitos do filme que peca também pelas cenas quase declamadas um tanto forçadas.

            No mais, um painel de uma época e um documento tocante sobre a construção de um artista que, apesar da trágica morte, fez dos seus últimos anos um réquiem. Um grande filme com elenco bem escalado e com desempenho corajoso e excepcional do ator Daniel Oliveira.

            Um filme sobre um tempo que ficou no passado, a cena do auge do rock carioca e brasileiro, os anos oitenta representados por um dos seus porta-vozes. Antes de tudo, um bom filme, com fotografia excepcional de Walter Carvalho e um roteiro enxuto e que flui na tela e boa música que embala o público na sala escura dos cinemas. 

Cotação: para quem viveu aqueles anos : ****

                Para os outros: ***

Lourival Sobral        


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