Ela faz uma lista com os nomes daqueles que participaram do massacre e, após a morte de sua primeira vítima, vai a Okinawa fazer um aprendizado com um mestre que lhe fornece sua espada de samurai que lhe será de enorme valia no decorrer do filme.

            O filme tem clara ligação com o clássico de François Truffaut “A Noiva Estava de Preto” e recheada de citações pops e referências aos filmes de kung fu  dos anos 70, no melhor estilo Tarantino que deixa um gosto de quero mais na conclusão da vingança.

            A história é contada de forma ágil e tem em Uma Thurman um dos seus pilares. A atriz se desdobra física e dramaticamente conseguindo emprestar à sua personagem todo o sentimento de vingança, conjugado a um humor irônico.

            Quentin Tarantino não se incomoda com as cenas violentas, mas consegue criar um clima de cartoon que torna assistível todas as cenas que resultam, em sua maioria, em boas gargalhadas, pois o tom over privilegia o humor.

            Um filme inacabado, mas uma ótima diversão, principalmente para aqueles acostumados com os códigos que Tarantino imprime a seus filmes e que, com certeza, gerará enorme interesse para o confronto final entre a personagem de Uma Thurman e seu reencontro com Bill (David Carradine).

            Um banho de sangue que consegue ser servido como uma boa comédia, já seria um motivo para que se corresse o risco de assisti-lo, mas “Kill Bill” é também eficiente em sua trama de vingança e tem um elenco afiado que consegue tornar crível sua trama absurda. Definitivamente, um bom divertimento, em tempos de lançamentos de verão.