Liliana (Carla del Poggio) extasiada pela passagem de uma trupe de teatro, vai atrás do grupo e acaba encontrando no ator burlesco Checco dal Monte (o genial Peppino di Filippo) que, num primeiro momento tenta aproveitar-se dela. A relação dos dois acaba por separá-lo da cantora Melina Lamour (Giuletta Masina), uma mulher apaixonada, que é o esteio da vida de Checco.

Num segundo momento, Liliana e Checco estão tentando montar sua própria companhia e, nesse momento o ator é que está submetido à jovem aspirante à estrela. Encontram um grupo de artistas pelas ruas de Roma (inclusive uma cigana brasileira, vivida pela talentosa Vanja Orico), quando Liliana tem que decidir-se entre seguir com seu protetor ou conhecer novos ares.

Um filme que já desenha o talento de Fellini em trabalhar com emoções humanas, em tramas que chegam ao coração. Depois se consagraria no estilo com as obras primas “Noites de Cabíria” e “Ginger e Fred”.

Uma ótima oportunidade de se conhecer a gênese de um grande mestre, num filme que se assiste com grande prazer e pequenas emoções que tocam fundo os corações mais empedernidos.

Uma tentativa frustrada de trazer para o cinema ocidental a estética de Hollywood, com trama romântica entremeada com alguns números musicais, que aqui recebe um roteiro canhestro e pouco crível que, por vezes, perde a concatenação lógica.

De relevante no filme, é a oportunidade dada a atores de ascendência indiana em fazer uma produção de nível no mercado cinematográfico ocidental e algumas piadas que resultam engraçadas na tela pelo inesperado nelas inserto.