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O P I N I Õ E S & I N F O R M A Ç Õ
E S -
19.09.2004
BANCARIOS EM GREVE - Irresponsabilidade -
O
desrespeito como esses bancários vêm levando a greve nas principais
cidades brasileiras é algo revoltante - desde 15.09. É abusiva e um absurdo
- se aproveitando das eleições municipais que estão chegando.
Não
houve um comunicado prévio - aliás houve para o dia 21 -, a população
não se preparou, pessoas e empresas foram prejudicadas, a economia como
um todo virou um transtorno. No meu caso particular não pude efetuar
saque para cumprir decisão judicial pois o limite diário é
de apenas R$ 1 mil. O que vi foram gerentes desesperados, despreparados e deixados
"na mão" pela direção do Banco do Brasil e da
Caixa Econômica Federal. No meu tempo de bancário - 1980 - os gerentes
abriam caixas em emergências. Dessa vez, eles lavam as mãos e dizem:
"Desculpem-nos mas não podemos fazer nada". Ainda bem que existe
a justiça e irei buscar o ressarcimento e o constrangimento sofrido em
razão dessa famigerada greve, fora de hora, onde os funcionários
- radicais - não respeitam o povo e nem o seu país e por isso
merecem todo nosso desprezo.
PARAOLIMPÍADAS
- Os Jogos Paraolímpicos de Atenas começaram na última
quinta-feira, 16, e vão reunir, na capital grega, quatro mil atletas,
de 143 países (vinte a mais que na última edição
dos jogos, em 2000), competindo em 19 modalidades. Nesta edição,
houve a adoção inédita de um comitê organizador único,
responsável por coordenar as ações dos Jogos Olímpicos
e Paraolímpicos, que pela primeira vez foram considerados um evento único
e compartilhado. Critério semelhante será adotado em 2007, no
Rio de Janeiro, quando Panamericanos e Pára-panamericanos acontecerão
em um mesmo espaço.
A equipe brasileira que está na Grécia é 50% maior do que a que esteve em Sydney. Essa é a maior equipe da história, com 98 atletas, que disputarão 13 modalidades. A evolução do esporte paraolímpico no País é evidente. O Brasil atualmente é detentor de nove recordes mundiais e tem grandes chances de fazer a sua melhor campanha. A meta do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) é ficar entre as três maiores potências das Américas e as 20 primeiras do mundo. Em 2000, os paraolímpicos conquistaram o expressivo número de 22 medalhas (seis de ouro, dez de prata e seis de bronze).
O Brasil conquistou, nas Olimpíadas de Atenas, realizada no período de 13 a 29 de agosto, o melhor desempenho de sua história, com quatro medalhas de ouro, num total de dez medalhas. Embora o total de medalhas seja inferior aos resultados obtidos em Atlanta (15 medalhas) e em Sydney (12 medalhas), o resultado de Atenas revela, objetivamente, um importante salto qualitativo dos atletas brasileiros. Além das quatro medalhas de ouro, nossos atletas disputaram 30 finais olímpicas, superando as 22 finais em Sydney e as 20 em Atlanta.
Além disso, a participação brasileira nas Olimpíadas de Atenas foi melhor do que a de vários países desenvolvidos, como Suécia, Espanha, Canadá, Polônia, Nova Zelândia e Bélgica, entre outros, e a 18ª colocação geral é a melhor entre os países em desenvolvimento. Esses resultados mostram o grande potencial esportivo do Brasil e reforçam a necessidade de o Governo Federal adotar políticas públicas que cada vez mais ajudem a massificar a prática de esportes no país e a revelar talentos, numa perspectiva de futuro mais abrangente.
POLÍTICA - Lei de informática - O Senado aprovou, na 5ª feira, 16, por votação simbólica, o projeto de lei que regulamenta a concessão, até 2019, de incentivos fiscais a bens e serviços de informática e automação.
Só foi possível votar o projeto após um acordo com os representantes da Zona Franca de Manaus. O item mais polêmico do texto - e que vinha inviabilizando a votação em plenário - foi retirado do projeto. A nova redação deixou claro que os fabricantes de monitores de TV da Zona Franca continuam a ter privilégios fiscais em relação ao resto do país; mas, já para os monitores de informática, em geral, a redução de IPI vale para todos os produtores no território nacional.
A lei ainda terá que ser apreciada na Câmara e deixa em aberto um problema futuro. Com a convergência tecnológica, monitores de vídeo de cristal líquido ou plasma já recebem sinais de televisão. O projeto estabelece apenas que deverá ser feito um estudo detalhado, no futuro, para comparar a produtividade da Zona Franca com os outros Estados do país, especialmente Bahia, São Paulo e Minas Gerais, também produtores, para então viabilizar decisões sobre a tributação. Esse e outros temas serão debatidos numa subcomissão criada no Senado, ligada à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Outra mudança no projeto aprovado pelos senadores é que as indústrias que não investiram em pesquisas de ciência e tecnologia, como obriga a lei, terão os débitos parcelados em até 48 prestações mensais, com correção pela TJLP. Se a dívida não for quitada, os benefícios fiscais serão suspensos. O investimento terá que ser obrigatoriamente de no mínimo 5% do faturamento bruto no mercado interno, considerando-se apenas o resultado obtido com a comercialização de bens e serviços incentivados na forma da lei.
CRESCIMENTO DO SETOR DE SERVIÇOS - Serviços de informática obtiveram, em cinco anos (1998-2002), segundo o IBGE, a maior expansão de todos os setores pesquisados no número de empregos - 77,8% - e da massa salarial real, ou seja, descontada a inflação - 48,8%.
Mas, apesar da evolução, esse segmento teve uma receita operacional líquida de R$ 20,1 bilhões em 2002, o que representou 6,9% da receita de serviços, que foi de R$ 290,5 bilhões. No mesmo ano, as atividades relacionadas a transportes registraram receita de R$ 78,9 bilhões (27,2% do total), ficando em primeiro lugar.
Outro setor que registrou grande expansão no período foi o de serviços de correio e telecomunicações, que teve um acréscimo de 101,2% no número de empresas. Com relação à receita líquida, esse segmento ficou em segundo lugar em termos percentuais, com 79,2% de aumento de 1998 a 2002. Em números absolutos, também ficou na segunda posição, com receita de R$ 65,8 bilhões (22,7% do total) em 2002.
Em 98, o Brasil tinha 601.992 empresas de serviços. Em 2002, esse número passou para 945.143, um aumento de 57%. No mesmo período, as empresas de serviços de informática passaram de 19.281 para 41.207. A expansão, de 113,7%, é recorde entre todos os segmentos, mas, em número absolutos, fica bem abaixo das 312.652 empresas de serviços de alojamento (hotéis, motéis e pousadas) e alimentação que existiam naquele ano (33,1% do total). Apesar de continuar em primeiro lugar, serviços de alojamento e alimentação registraram a maior queda no número de empresas, pois detinham 42,1% do total em 1998.
Nas pesquisas referentes aos anos de 98 e 99, o IBGE separava os serviços de atividades de informática do grupo de telecomunicações e correio. A partir de 2000, fez um rearranjo, unindo os serviços de telecomunicações, de informática e de televisão, denominado "serviços de informação".
Esse segmento obteve 31,6% da receita líquida do setor de serviços em 2002, apesar de agrupar apenas 5,4% das empresas do setor e 6,3% dos empregos. O pessoal ocupado em serviços cresceu 10% entre 98 e 2002, mas a remuneração média mensal teve uma queda de 11% em salários mínimos. Em 2001, a remuneração média era de 3,6 mínimos e passou para 3,2 mínimos.
Semana que vem tem mais....
Abraços,
Fernando
Toscano
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