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01 / junho / 2005
A ESQUERDA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - CONSEQUÊNCIA DA NÃO COERÊNCIA
Por Antonio Carlos
Evangelista Ribeiro
Colunista-Titular do Portal Brasil
Como tenho defendido em meus artigos, o bom senso é uma das
principais qualidades de um Administrador.
Assim sendo, exige-se bom senso dos Administradores, inclusive dos
Administradores Públicos, ou melhor, principalmente dos Administradores Públicos,
pois além de terem sob sua responsabilidade recursos públicos, seus atos se
refletem direta e indiretamente na população.
Nesse contexto, devemos cobrar dos administradores públicos (Poder Executivo
Federal, Estadual e Municipal) as promessas de campanha e a coerência com as idéias
que foram propaladas durante a campanha eletiva.
Da mesma forma, devemos cobrar do Poder Legislativo (Senadores, Deputados
Federais e Estaduais e Vereadores) as mesmas promessas que nos levaram a elegê-los
para defenderem os interesses da maioria da população brasileira.
Atualmente, temos um Governo de Esquerda que nos pensar seriamente sobre a sua
competência em gerir algo, principalmente, um País.
Pelo programa de governo apresentado durante na campanha eleitoral, pode-se
observar que vários itens não foram cumpridos e, o pior, não há perspectivas
atuais de que vários pontos nele contidos tenham, possibilidade de cumprimento
como prometido naquele documento.
De positivo até o momento, que, na minha opinião merece real destaque, temos o
fortalecimento do País no cenário internacional. Devemos considerar também
que, nesse fortalecimento externo, houve, como de costume um maior sacrifício
interno que, como não poderia deixar de ser coube à população.
Já no cenário nacional, não encontro nada de positivo digno de realce, a não
ser o desempenho da Polícia Federal e do Ministério Público que tem se
mostrado atuante e eficiente, na apuração de desbaratarem verdadeiras
quadrilhas que se beneficiam de um sistema administrativo viciado e/ou
ineficiente, como é a máquina pública.
Entretanto, como não poderia deixar de ser, a efetiva punição aos culpados
passa por um rosário de exigências e ações protelatórias, que já não se
pode admitir, baseado num sistema judiciário arcaico, acomodado, e em parte
comprometido, até de forma partidária.
Citando essa exceção à regra, encontro vários fatores que demonstram a
continuidade dos mesmos erros cometidos pelo governo antecessor.
Ao invés de uma política pública de desenvolvimento, com geração de emprego
e renda efetiva (o poder de consumo do brasileiro tem diminuído a cada dia),
nos deparamos com a continuidade do modelo assistencialista de cabresto, tão
combatido durante a campanha eleitoral.
Não adianta uma esquerda que se elegeu afirmando “A esperança vencerá o
medo” apresentar um modelo administrativo que se mostra continuista.
Até no Congresso Nacional onde, teoricamente, deveria se exercer de forma plena
a “Democracia”, há interferência da “Esquerda” para direcionar votações
e desestimular o pleno exercício da democracia.
A “Esquerda” barganha votos, pressiona e intima deputados e senadores, da
mesma forma aplicada pelos governos de direita que a antecederam e que foram por
ela criticados ao extremo.
O modelo assistencialista de cabresto continua com a oficialização da esmola pública
(por conta do contribuinte) aos mais necessitados (desempregados, aposentados,
doentes e inválidos). Temos vale para quase tudo: vale-gás, bolsa-escola,
bolsa-família, etc.
Até o mesmo artifício do emprego de mídia de massas, de propalar através de
pesados e polpudos investimentos uma atitude positiva com uma sociedade
satisfeita e esperançosa, utilizada pelos governos antecessores, vêm sendo
empregados.
Quer me parecer que os gastos realizados com mídia pelo atual Governo, superam
em muito os gastos dos governos anteriores. Além disso, as tarifas públicas
sobem acima da inflação, as Agências Reguladoras de nada servem senão para
acomodar interesses políticos, já que se mostram inoperantes na regulação,
fiscalização, tarifação e cobrança na qualidade dos serviços públicos.
Observa-se que não há uma política pública coerente que ao longo do tempo
traga estabilidade à sociedade e propicie o mínimo para uma vida digna à
população carente, senão através da esmola pública.
Não há um plano coerente, para a saúde, para a educação, para geração de
emprego e renda como propalado no programa do partido. O Executivo administra
esse País da forma convencional: apagando incêndios.
Sem ignorar uma efetiva ampliação em nossa representatividade comercial na
comunidade internacional, uma considerável e expressiva causa para parte dos
sucessivos superávits da balança comercial foi conseguido pelo aumento
da arrecadação (aumento de impostos) e pela ausência de investimentos públicos,
exigindo, mais uma vez, grande parte de sacrifício da população que não
recebeu de forma satisfatória saúde, educação, segurança, assistência e
oportunidades de emprego.
Nesse contexto nunca se concentrou tanto a renda como agora. Os Administradores
Públicos mostram-se incompetentes ou desinteressados em romper a dependência
da governabilidade do sistema financeiro nacional e internacional.
Diante desse exemplo de incoerência administrativa o mais novo absurdo foi o crédito
aos aposentados. Dessa forma, o Executivo transfere a sua responsabilidade com
esse segmento para a administração financeira das instituições bancárias.
Se considerarmos que, atualmente, 2 milhões de aposentados já tomaram créditos
da ordem de R$ 5 bilhões e 700 mil reais a uma taxa de juros que oscila entre
1,5% a 3,5% ao mês, podemos estimar que R$ 142,5 milhões foram ganhos pelas
instituições financeiras mensalmente tomando a taxa média de 2,5% a.m.
São 142,5 milhões de reais que saem da economia para os Bancos, em operações
com risco reduzido já que são cobradas por débito na própria aposentadoria.
Isso é extremamente preocupante já que sabemos que a grande parte desses empréstimos
é realizada com a finalidade de subsistência (alimentação, remédios,
sustentação familiar).
Como conseqüência dessa ausência de coerência na administração pública,
em recente pesquisa realizada pelo Instituto
Sensus entre os dias 24 e 27 de maio, em 195 municípios do país, a avaliação
positiva do governo apresentou uma variação negativa em maio, passando para
39,8% frente 41,9% em abril, apesar do
grande esforço e dispêndio financeiro com a propaganda governamental. Até o desempenho
pessoal de Lula oscilou de 60,1% para 57,4%.
No terceiro levantamento do ano sobre o governo, a avaliação negativa passou
de 16% para 18,8%, enquanto a regular variou de 39,8% para 38,3% neste mês.
Como sempre tenho afirmado em meus artigos, o bom Administrador precisa ter várias
qualidades. Além de conhecimento técnico, bom senso, racionalidade,
humanidade, oportunidade, coerência e atitude.
O Administrador Público precisa de visão sistêmica voltada aos interesses públicos, ou seja, aos interesses da população. Afinal, o poder público emana do povo e destina-se a servir o povo.
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