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16 / junho / 2005
TORRE DE BABEL
Por Antonio Carlos
Evangelista Ribeiro
Colunista-Titular do Portal Brasil
Todos já devem ter ouvido na “Torre de Babel”.
Esse episódio bíblico relata que os descendentes de Sem tentaram erguer uma
torre e que não pôde ser concluída em virtude da confusão de línguas que se
estabeleceu entre os trabalhadores dessa construção. DEUS, como castigo pela
descrença em sua palavra, fez com que cada pessoa entendesse e falasse outra língua
formando e dispersando-as em 70 nações. Sendo assim, quando um pedia um
tijolo, o outro lhe dava barro, e assim por diante, até que o desentendimento
geral fez com que todos se separassem.
Fazendo analogia a esse episódio, podemos utilizar esse termo, na derivação,
por metáfora, com auxílio do Dicionário Houaiss, para nos referirmos à reunião
e/ou assembléia onde todos falam e ninguém se entende ou não está de acordo.
E, em sentido figurado, a grande balbúrdia ou confusão.
Pois bem. Considerando os últimos episódios fartamente divulgados pela mídia,
quer me parecer que o Governo Federal se tornou uma legítima “Torre de Babel”.
Enquanto a Câmara dos Deputados se reúne, discute e nada de positivo conclui e
o Senado, em sua esfera de competência, mantém o padrão de nada se resolver
em prol da coletividade, o Executivo vai se descortinando.
Nessas duas semanas pudemos comprovar a total falta de rumo e de planejamento do
Poder Executivo. O Governo vem
provando
que não está apto o suficiente para gerir com competência o País.
Enquanto o sistema democrático está em xeque, o Governo Federal anuncia
distribuição de escovas e pastas de dentes para, aproximadamente, 16 milhões
de brasileiros (mais uma esmola pública).
Parece brincadeira mas não é. É a pura verdade. Veja mais um programa social o “Brasil Sorridente” .
Esse programa, de acordo informação contida no site
www.brasil.gov.br
já inaugurou 137 centros de especialidades odontológicas, espalhados em 86
municípios brasileiros, oferecendo tratamento dentário gratuito e de
qualidade. Desde os tratamentos mais simples, como aplicação de flúor,
restauração e extração de dentes, até os mais especializados, como
cirurgias, tratamento de canal, prótese e diagnóstico de câncer bucal.
Nos centros também são feitos tratamentos preventivos com a fluoretação da
água nos municípios com sistema de abastecimento e a distribuição de kits
com pasta e escova de dentes.
Proporcionar à população direito à saúde é uma obrigação governamental
estabelecida nos artigos 6º e 23º do Capítulo II – Dos
Direitos Sociais, da Constituição Federal. Entendo que esse direito
abrange o atendimento médico gratuito, incluindo-se o tratamento da saúde
bucal.
Já a distribuição de kits com pasta e escova de dentes
entendo ser mais uma esmola pública que me faz lembrar a atos tão combatidos
pelo atual Governo na campanha eleitoral.
Além disso, tomando como base as informações na mídia sobre a máquina
executiva, podemos e devemos perguntar: Quem? Quando? Como? Quanto? Isso em relação
às escovas e das pastas de dentes.
Lembram-se: coronelismo no nordeste (caminhões pipa distribuíam água),
candidatos a cargos eletivos distribuíam dentaduras, óculos, consultas médicas,
cestas básicas, alimentos, jogos de camisas para a prática de esportes,
canetas, réguas, bonés, etc).
Atitudes assim eram recriminadas e utilizadas para justificar a total falta de
um programa de desenvolvimento pelo poder governante.
Já que o atual governo continua com a prática da distribuição da esmola pública,
então, podemos concluir que o Executivo não possui um programa de
desenvolvimento efetivo.
Onde está o tão propalado desenvolvimento sustentável.
O que se observa é que o Poder Executivo pratica o continuísmo, que nada tem a
ver com a proposta de mudança que elegeu o Governo.
Fruto disso, a população está dando sinais de cansaço e intolerância. Os hábeis
discursos do executivo e os milhões gastos na mídia para passar uma imagem de
otimismo e esperança já não estão dando o resultado esperado.
Como afirmei no artigo anterior não há coerência no Governo. Prega uma coisa
e faz outra. O Governo tem que se definir. Ter atitude.
Essa grave falha é um dos principais erros administrativos.
Quem se propõe a administrar algo deve saber que os fatos, os atos e as omissões
praticadas, são um curto estopim que poderá ser aceso a qualquer momento.
E, em nosso caso, parece que acenderam!
Enquanto isso o Poder Judiciário acompanha impassível os acontecimentos,
aguardando o efeito do estopim.
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