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16 / abril / 2005
Grande parte do que chamamos de Sabedoria da Política diz respeito ao comportamento do líder político e do governante. Os pensadores que desenvolveram este corpo de conhecimentos - a escola realista da política - debruçaram-se sobre a história para descobrir, na vida dos grandes líderes, as regras do sucesso e do insucesso na política.
Este conhecimento é apresentado sob a forma de conselhos e advertências breves, claras e conclusivas. São breves porque eles supõem que seu mero enunciado impõe-se por si mesmo; são claras, a ponto de parecerem, em certas situações, cínicas, porque fogem do que seria à época o "politicamente correto", em troca da afirmação dura da verdade e da realidade; são conclusivas porque recomendam, sem nenhuma ambigüidade, o que se deve fazer e o que se deve evitar. As razões que oferecem para propor advertências e conselhos, de forma tão inequívoca e contundente, são escassas. Alguns poucos comentários que sumariamente explicitam o significado do conselho, ou exemplos históricos de governantes que agiram certo ou errado. São, na verdade, máximas que valem por si mesmas a medida em que são aceitas por quem as lê, e nelas identifica uma verdade, uma advertência oportuna e um conselho valioso. Maquiavel, Gracián, Guicciardini e Richelieu são alguns dos nomes mais ilustres desta galeria, que concentraram seus trabalhos neste tipo de obra política.
Como se poderia esperar, há um elevado grau de repetição entre eles, ao enunciarem seus conselhos. Não apenas repetição, mas o que é mais importante, coerência e sintonia na identificação dos erros e nas recomendações e conselhos. Por estas razões, salvo casos em que a fórmula foi apresentada pelo que hoje chamaríamos de soundbite, afirmar a autoria, decretar a precedência, é matéria de menor relevância. Este é o caso da máxima que dá título à coluna. Ela reúne três advertências numa só frase.
Nunca se queixe
Também não saia alardeando o que vai fazer como reação ao agravo sofrido. Você cria uma obrigação de fazer algo que, talvez, pensando melhor, decida não fazer. Quando decidir agir, faça com que seus atos falem por você. Perguntado, não comente o que fez. As pessoas vão temê-lo e respeitá-lo pela sua reação e mais ainda pelo seu comportamento discreto. O líder prudente nunca torna público qualquer agravo ou desonra que sofreu. Fala somente da estima de que foi alvo.
Não dê explicações que não lhe foram pedidas
A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DE SEU AUTOR
MATÉRIA
PUBLICADA ORIGINALMENTE NO SITE POLÍTICA PARA POLÍTICOS
FRANCISCO FERRAZ É O EDITOR-CHEFE DO SITE POLÍTICA PARA POLÍICOS
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