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- Administração de Empresas -
01 de junho de 2006

A FÁBULA CHINESA
Por Antonio Carlos Evangelista Ribeiro
Colunista-Titular do Portal Brasil


            Recentemente tive a oportunidade de participar do III Seminário Estadual de Negócios Internacionais realizado no Centro de Eventos CIETEP – FIEP, em Curitiba, Paraná.

            O evento foi promovido pelo Banco do Brasil, Federação das Indústrias do Estado do Paraná - FIEP e Governo do Estado do Paraná, com o apoio de suas subsidiárias e autarquias, como a Rede Brasileira Centros Internacionais de Negócios, no caso, o Centro de Negócios do Paraná.

            O objetivo central do Seminário, de acordo com a programação distribuída, era divulgar, promover e estimular o comércio exterior junto a empresários e profissionais da área.

            Foram dois dias de intensa programação, com palestras e exposições dirigidas. Algumas muito boas outras nem tanto.

            Como principal novidade foi enfatizada o e-commerce como sendo uma ferramenta muito útil e um dos principais avanços na operacionalização das transações internacionais (exportação e importação).

            A evolução dos sistemas informatizados e dos sistemas de comunicação vem proporcionando às empresas expor seus produtos ao mundo, de forma dirigida, a seus potenciais compradores a um baixo custo. Da mesma forma, as empresas brasileiras podem encontrar produtos de seu interesse pesquisando no cadastro disponibilizado.

            Realmente um avanço para incremento do comércio exterior.

            Como não poderia deixar de ser, a cotação o dólar americano foi um dos assuntos mais comentados durante o evento. Além disso, outro tema em evidencia e que foi a base de uma das palestras, foi o crescimento da economia chinesa.

            Ilustre palestrante expôs à platéia uma série de dados estatísticos e econômicos daquele País, mostrando o crescimento econômico e comparando-o com o desempenho brasileiro.

            Os números realmente são impressionantes. No primeiro trimestre de 2006, a China cresceu 10,2%. Somente no mês de março, o país exportou US$ 78 bilhões, gerando um superávit comercial de US$ 11,2 bilhões, bem acima das expectativas iniciais. As exportações dos produtos de alto valor agregado tiveram um aumento de 140% em relação a 2005. A taxa de juros é de 5,85% ao ano.

            Já o Brasil, no primeiro trimestre de 2006 teve queda em vários produtos que exporta para os asiáticos, o que ocasionou uma redução de US$ 62 milhões nas vendas, compensado pelo bom desempenho dos produtos primários, em especial soja e minério de ferro.

            Ora, não se pode negar a realidade. Realmente a economia chinesa vem apresentando uma pujança invejável, atingindo índices de crescimento fantástico, mas, comparar o modelo chinês com o modelo brasileiro é um absurdo. Principalmente quando os números mostrados refletem apenas a parte positiva e, por lapso, não se ponderam os números que mostram a fragilidade social da população. 

            O modelo chinês é avesso ao brasileiro. Uma economia fechada, que agora está se abrindo, um sistema político inflexível que rege a sociedade com mãos de ferro e a maioria da população à beira da miséria.

            Além disso, a remuneração ao trabalho não se aproxima a um mínimo aceitável para garantir razoáveis condições de sobrevivência. Esses fatores certamente baixam os custos de produção e tornam os produtos seus mais competitivos.

            Portanto, não podemos comparar os modelos econômicos sem que sejam ponderados todos os componentes da economia.

            A principal tarefa do Administrador é colher as informações de fontes capacitadas e confiáveis, e, ponderá-las em conjunto as demais, isento de preferências ou simpatias pessoais. Precisa formar uma visão sistêmica e, para isso precisa ponderar todos os fatores que influenciam e interagem na formação do processo.


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