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- Administração de Empresas -
16 de maio de 2006

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - O CAOS
Por Antonio Carlos Evangelista Ribeiro
Colunista-Titular do Portal Brasil

            O administrador tem, acima de tudo, o compromisso de exercer sua função com retidão e correção, administrando com bom senso os recursos disponíveis, de forma harmônica orientando-se por preceitos éticos, para o alcance dos objetivos.

            Como tenho defendido em meus artigos o bom senso é uma das principais qualidades de um Administrador. Nesse contexto, o bom senso representa a ponderação racional das informações, o fiel da balança e o equilíbrio entre os extremos. É esse bom senso que diferencia o Administrador.

            Essa diferenciação se mostra tanto na administração pública quanto na gestão de empresas privadas.

            Os acontecimentos ocorridos no Estado de São Paulo, as investidas criminosas, nesse mês de maio, nos remetem a um cenário caótico, por culpa da incompetência administrativa.

            Em meus artigos anteriores “Insurreição Social – fevereiro/2005” e “Administração Pública – maio/2005” enfatizava a importância da administração pública na condução dos interesses públicos e na pacificação social.

            A função de administrar órgãos públicos extrapola o compromisso político. Os administradores públicos, além de terem sob sua responsabilidade a utilização de recursos públicos têm a particularidade de que seus atos e a sua omissão em tomar atitudes, se refletem direta e indiretamente na população.

            Caos, na acepção da palavra significa uma mistura de coisas em total desequilíbrio, desarrumação, confusão. A completa ausência de bom senso pelos administradores públicos está contribuindo e impulsionando o País para um verdadeiro caos.

            Os recentes acontecimentos no cenário nacional (valerioduto, absolvições dos mensaleiros, liberdade de criminosos confessos), nos mostraram o deterioramento e o comprometimento dos poderes da república, a precariedade de nossas leis, a fragilidade dos ideais de uma república democrática séria.

            Esses fatos, aliados a situação desconfortável da maior parte da população brasileira põe em risco não só a credibilidade das instituições públicas, mas também, o aumento do questionamento de sua utilidade.

            Nesse cenário de desorganização político-social, vemos a insurgência de forças à margem da sociedade, afrontando diretamente às leis e suas instituições legalmente constituídas, mostrando toda a sua organização para alcançar seu objetivo.

            O Estado de São Paulo é um dos principais estados brasileiros, Sua pujança projeta-o como o principal centro financeiro nacional. O Estado possui população estimada de 40 milhões de pessoas. A cidade de São Paulo, a maior capital do País e a maior cidade da América do Sul tem uma população próxima a 11 milhões de habitantes. Sem dúvida alguma, também, um belo colégio eleitoral, capaz de influenciar os rumos de uma eleição nacional.

            Diante de tudo isso, o que está acontecendo no Estado, é um absurdo.

            Constata-se o início de uma insurreição social, onde forças contrárias ao Estado, legalmente constituído, atuam de forma à promover a desestabilização social. Por isso mesmo, nos deixa preocupados os recentes acontecimentos, típicos de guerrilhas.

            Em nosso artigo “São Paulo – 450”, de  fevereiro/2004 lembrávamos que mais do que festas, a cidade de São Paulo precisa de investimentos públicos para a melhoria da qualidade de vida de seus munícipes.

            A precariedade na administração pública alimentou durante anos o crescimento da criminalidade e da marginalidade social. Nesse processo houve contribuições dos poderes públicos: Executivo, Legislativo e Judiciário.

            Enquanto os poderes públicos concorriam entre si sobre as suas importâncias, autonomias e regalias, a força marginal (à margem da sociedade) se fortalecia.

            A população, ignorada em suas necessidades pelos poderes públicos, em face de sua extrema fragilidade, serviu como um meio de incubação dessas forças marginais que ora supriam essas necessidades.

            Assim, o próprio Estado, por incompetência, inoperância e omissão, alimentou direta e indiretamente essas forças marginais, que cresceram no meio social convenientemente “esquecido”.

            Essas forças marginais cresceram e foram alimentadas pela inoperância, omissão e conivência do próprio Estado.

            Estranhamente, apesar do conhecimento prévio do Estado da ameaça de ataques combinados e uma onda criminosa na cidade liderada pelas forças marginais, promoveu a libertação provisória de mais de 12.000 detentos através de indulto pelo “Dia das Mães”.

            O Administrador precisa além de conhecimento técnico, bom senso, racionalidade, humanidade, oportunidade, coerência, atitude e a visão sistêmica.

            Na melhor das hipóteses, esse ato administrativo, deve ser classificado como incompetência.

MATÉRIA AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELO SEU AUTOR
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