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- COLUNA DE CINEMA -
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ESPECIAL:
(Período de 26.02.2006 à 04.03.2006)

A invasão dos Multiplex - De uns tempos pra cá os grandes cinemas que encantavam as gerações - no caso a minha geração foi umas das últimas a visualizar um grande cinema - estão dando lugar para vários outros cinemas. Diferente do que ocorria no início dos anos 90 que vários grandes cinemas se transformavam e igrejas universais, carismáticas etc. Hoje a ordem é dividir os grandes cinemas em vários outros cinemas de pequeno porte. A razão é simples até demais: Uma maior diversificação de filmes em exibição e maior lucro para o patrão.

            As novas gerações terão apenas a idéia de que ir ao cinema é deparar-se com diversas salas de exibições com um variado cardápio de filmes a escolher. Na minha época saia-se de casa com o filme já escolhido. Hoje em dias as pessoas chegam no cinema e escolhem o que querem ver. Às vezes pelo horário mais cômodo, pela faixa etária ou pelo artista principal. A minha geração havia se acostumado a sair de casa em direção ao cinema que estava exibindo o filme que você queria ver.

            Antigamente, antes da minha geração e talvez antes da geração de meu pai, as pessoas iam ao cinema para ouvir o artista que tocava antes da sessão. Muitas vezes esse mesmo artista conseguia fazer com que pessoas que não queriam ir ao cinema naquele momento entrassem só pela música bem executada no hall de entrada do cinema. Grandes músicos passaram por esta experiência como Ernesto Nazareth, que escreveu o famoso choro Odeon em homenagem ao cinema Odeon no Rio de Janeiro, no qual ele costumava se apresentar.

            Hoje o ato de ir ao cinema está mais ligado ao consumo exagerado de guloseimas vendidas antes da sessão. Essas tais guloseimas são vendidas com recargas que fazem com que o espectador gaste mais na ilusão de que está se dando muito bem, mas é preciso abandonar o cinema no meio da projeção para reabastecer-se de pipoca, refrigerante, ou cachorro quente. Com perdão da palavra: O filme que se f... O diretor então... O estúdio... f.....!

            Hoje em dia não existe mais o ato de ir ao cinema ver aquele filme, mas simplesmente ir ao cinema e ver qualquer filme.


(*) Excepcionalmente, essa semana, por Bruno Freitas - Publicado originalmente no site www.anjosdeprata.com.br.


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