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- COLUNA DE ESPORTES -
"Panorama da semana"
15 / janeiro / 2006

AUTOMOBILISMO
1000 Milhas de Interlagos

            A prova mais tradicional do automobilismo nacional vai ultrapassar as fronteiras do Brasil a partir de 2007. Com a organização de Antonio Hermann e de Ricardo Pereira, as Mil Milhas passam a integrar o calendário da FIA GT. A entrevista coletiva teve as presenças do diretor da FIA GT, Stéphane Ratel, do delegado técnico da FIA, Jean Vinatier, do presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Paulo Scaglione, e do diretor da Rede Globo, Ciro José.

            "Desde o início do meu trabalho com a Mil Milhas a idéia era incluir a prova no campeonato da FIA GT. É com muita alegria que completamos 50 anos pensando no futuro", disse Hermann. Será a primeira vez que a FIA GT terá uma corrida na América Latina. A etapa de abertura da categoria será em Interlagos em fevereiro ou março. As demais provas serão na Europa, na Ásia e no Oriente Médio.

            "Estou satisfeito em reunir grandes carros e provas tão tradicionais como as 24 Horas de Spa, na Bélgica, o Tourism Thophy, na Inglaterra, e agora a Mil Milhas", completou Ratel.

            O campeonato, que reúne carros com mais de 600 cavalos de potência, tem a participação de máquinas como Ferrari, Corvette, Saleen, Maserati, Porsche entre outros. "A FIA GT está presente nos principais autódromos do mundo e Interlagos não poderia ficar de fora. Estamos muito felizes por fazer parte desta história", falou Pereira.

GP2 - Regulamento 2006

            Não é só na Fórmula 1 que a FIA lança seus pacotes de mudanças no regulamento. A Federação divulgou algumas alterações nas regras técnicas e esportivas da GP2. No âmbito técnico, a principal mudança do "pacotinho" diz respeito aos pneus. Já pensando em seu futuro na Fórmula 1, a Bridgestone será responsável pelo fornecimento dos pneus slicks sem frisos.

            Outra alteração importante acontece nas asas traseiras, que terão duas lâminas, em vez das três utilizadas em 2005. A exceção fica por conta do GP de Mônaco, no qual as equipes poderão optar pelo modelo do ano passado. Outra medida é o reforço dos braços de suspensão, por questões de segurança.

            Os motores também passarão por mudanças. O propulsor utilizado continua sendo fabricado pela Renault, com oito cilindros e supervisão da Mecachrome, mas terá novos sistemas de mapeamento e refrigeração. As alterações foram planejadas visando ao aumento da performance dos carros.

            Ainda no que se refere à refrigeração, os modelos 2006 terão um novo radiador e dutos de água e óleo remodelados. As novidades não param por ai: a Brembo - fabricante dos freios - e a GearTek, da caixa de câmbio, desenvolveram peças novas e exclusivas para esta temporada.

            No aspecto esportivo, apenas um artigo do regulamento foi modificado: a partir deste ano, o piloto que fizer a volta mais rápida durante a prova receberá um ponto de bonificação - em 2005, eram dois.

SURFE - Rodrigo Resende de olho nas ondas gigantes

 

            Acostumado a passar metade do ano em picos, principalmente, do Hawaii, EUA, o big rider Rodrigo Resende, mais conhecido como “The Monster” já perdeu a conta de quantas temporadas dropou na capital mundial do surf. Por lá desde novembro passado, o brasileiro pretende ficar até março, quando retorna ao Brasil. Enquanto isso, ele encara as morras havaianas e de localidades que enchem os olhos de qualquer surfista.

 

Rodrigo Resende - Créditos: Fama Assessoria            Até agora, ele alega que já teve muita onda boa, mas nada como a que procura. Para surfistas como The Monster, não basta ser grandes, as ondas têm que ser gigantes. “Todos os big riders estão no aguardo, já que há duas temporadas as ondas não rolam no tamanho ideal. Estou na expectativa de muitos tubos”, espera. Em seus planos também estão alguns picos no sul e norte da Califórnia.

 

            Destemido, Rodrigo Resende conta que não tem paradeiro certo. Como um farejador de ondas, ele ruma ao encontro de grandes swells. “Sempre fico viajando de Maui para Oahu ou então Califórnia, atrás das ondas grandes, um pouco em cada lugar, mas sempre dependendo das ondas”.

 

            Entre tantas idas ao Hawaii, o experiente surfista escolhe a que foi mais alucinante. “A melhor temporada foi a que surfei em Waimea Bay, antes do campeonato Eddie Aikau começar. Peguei uma onda fechando a baia que me deu o primeiro título do Big Trip, em 1999”. Tricampeão do evento e campeão mundial da Tow In World Cup, The Monster diz que pretende participar apenas de dois eventos neste inverno havaiano. “Só vou disputar o Billabong e um outro campeonato que rola aqui em Maui”.

 

            Parceiro de tow-in do baiano Danilo Couto desde 1999, Resende conta que a dupla está treinando bastante para as competições que se aproximam. Couto é um dos participantes do Mavericks Surf Contest 2006, que está em janela de espera até 31 de março, na Califórnia, por ter sido um dos cinco mais votadas pelo público para disputar do evento.

 

            Ele entra no terceiro confronto, bateria que conta com Matt Ambrose, Ryan Augenstein, Kenny Collins, Grant "Twiggy" Baker e o brasileiro Eraldo Gueiros. “No dia do campeonato, provavelmente, estarei em Mavericks para dar uma força para o Danilo e poder surfar com os amigos antes do campeonato”, planeja o companheiro Rodrigo Resende, que faz parte da lista de alternates.

 

            Neste ano, a dupla também pretende participar do primeiro grande evento de tow-in no Brasil. O campeonato acontecerá na Lage de Jaguaruna, em Santa Catarina, entre 15 de abril e 30 de maio, e é exclusivo para convidados. “O Zeca Scheffer está de parabéns. Achei a idéia muito boa e isto vai ajudar o esporte a crescer bastante. Espero que no dia o mar esteja grande e perfeito”.

VOLVO OCEAN RACE

            O Brasil 1 perdeu seu mastro às 4h30 (de Brasília) de quarta-feira nos mares do Sul, a 1300 milhas náuticas (2.418 km) da ilha Eclipse, oito dias depois de voltar à disputa da segunda perna da Volvo Ocean Race, entre Cidade do Cabo (África do Sul) e Melbourne (Austrália). No momento, a tripulação trabalha para montar um mastro de emergência que possa levar o barco até a costa australiana. O primeiro objetivo é chegar à ilha Eclipse e marcar o ponto pela passagem no segundo portão de pontuação.

            O mastro se partiu em três, após falha em um de seus componentes. Como a tripulação relatou, o problema ocorreu no principal cabo de sustentação do mastro. O esticador do estai vertical principal se rompeu. O estai é o cabo que suporta o mastro e o esticador, a estrutura que suporta o estai. A ruptura aconteceu na parte inferior do esticador, no sentido horizontal. Metade ficou no barco e o resto do esticador, preso ao estai. Nenhum outro dano foi encontrado.

           O navegador Marcel van Triest informou à organização que o Brasil 1 tem um bom estoque de comida e o tanque de combustível está quase cheio. Usando o mastro de emergência, o veleiro brasileiro deve gastar cerca de uma semana para chegar até a costa australiana.

            “Agora, temos que discutir o que iremos fazer quando chegarmos à terra. Até o momento, acho que nosso projeto teve sucesso e temos muitas pessoas torcendo por nós. Nossos patrocinadores estiveram sempre conosco e tenho certeza que apoiarão a decisão que tomarmos”, disse Alan Adler, diretor do projeto, que já está em Melbourne participando do Mundial de J-24. “Consideramos a decisão de continuar velejando nesta perna a mais correta. É claro que estamos desapontados com mais esse contratempo, mas este tipo de problema faz parte de regatas como essa e a filosofia do time é nunca desistir”, completou Adler.

            O dia não começou bem para os velejadores do Brasil 1, com a quebra do mastro, mas terminou um pouco melhor. Enquanto os velejadores mostraram coragem, recuperaram todas as peças que foram ao mar e estão velejando com um mastro de emergência, em terra, os demais membros da equipe já montam a estratégia para receber o veleiro brasileiro na Austrália.

            Mesmo na água gelada dos mares do Sul, o catarinense André Fonseca mergulhou para recolher tudo o que era possível. “Nosso mergulhador nadou bastante e foi essencial para que arrumássemos a o barco. Recuperamos tudo: velas, mastro e todos os equipamentos que foram ao mar”, elogiou o comandante Torben Grael.

            Depois, apesar do cansaço, toda a tripulação montou um mastro de emergência, com algumas partes do mastro quebrado. Em poucas horas, o Brasil 1 estava velejando novamente. “A velocidade não é das melhores, mas é o máximo que conseguimos na situação atual. O barco mexe bastante e se torna desconfortável. Todos estão cansados e desapontados, mas já pensando no futuro”, completa o comandante.

            Enquanto isso, em terra, o trabalho também já é intenso para preparar toda a estratégia para reparar o veleiro. O mastro reserva já estava no aeroporto de Heathrow, em Londres. “Em vez de tentarmos adivinhar onde teríamos problemas, optamos por deixar o mastro reserva em um aeroporto com rápidas conexões para qualquer lugar do mundo”, explica Enio Ribeiro, um dos diretores do projeto.

            O francês Herve le Quilliec, gerente de logística do Brasil 1 e chefe da equipe de terra, já tem uma pré-programação pronta. “Já está definido que o mastro chega à Austrália na próxima semana, mas ainda não temos a definição de onde faremos os reparos”, explicou. “A decisão do que fazer irá partir do barco, mas, atualmente, a opção mais forte é velejar até a costa oeste australiana, colocar o barco em um caminhão e fazer os reparos em Melbourne”, completou.

            Ainda não está definido também se o Brasil 1 irá velejar até a ilha Eclipse, o segundo portão de pontuação dessa etapa, para coletar um ponto. Às 18 horas, o veleiro ainda estava com as velas içadas. “No momento, velejar até Eclipse levaria cerca de 12 dias e nosso plano é que o barco aporte em menos de uma semana. Por isso, Torben deve optar por ligar o motor em algum momento”, avisa Le Quilliec. “É muito cedo para fazermos uma previsão, mas estamos fazendo de tudo para chegar a tempo para regata local”, completa Enio Ribeiro, lembrando da prova do dia 4 de fevereiro. A largada para a terceira etapa será no dia 12.

            Enquanto a equipe do Brasil 1 trabalhava, várias mensagens de apoio chegaram aos velejadores.

            Luiz Fernando Furlan, Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: “O que quebrou foi o mastro, mas a fibra da qual vocês, Torben e equipe, são feitos, tenho certeza, permanecem intactas, prontas para superar as adversidades e continuar a representar tão bem como tem feito nosso país pelos portos de todo o mundo.

            Lars Grael, irmão do comandante Torben, medalhista olímpico e Secretário da Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo: “A vida reserva-nos surpresas e nesta matéria posso opinar por própria experiência. Que o ocorrido sirva de desafio. Um desafio muito maior que vencer uma etapa. O desafio de provar a todo um Brasil, a tenacidade, garra, fibra e patriotismo de todos os membros desta exemplar tripulação”.

            Robert Scheidt, bicampeão olímpico e porta-voz da Volvo Ocean Race no Brasil: “Como porta-voz da prova, eu deveria ser imparcial. Mas neste momento, é impossível não torcer por estes bravos velejadores! Por isso mesmo, aqui vai a minha mensagem para toda a equipe do Brasil 1: muita força e energia positiva para superar mais este momento difícil. Tenham a certeza de que em nossos corações vocês são os primeiros sempre!

            Paul Cayard, comandante do Piratas do Caribe, quarto colocado nesta etapa da Volvo Ocean Race: “Sinto por Torben e toda a sua tripulação. Esse é um grande baque para um time que está somando tanto a esta regata, trazendo pela primeira vez seu país a esse evento e mostrando tanta competitividade”.

RAPIDINHAS...

- Patrick Carpentier defenderá a equipe canadense nas próximas duas etapas da A1 GP. O anúncio foi feito por Wade Cherwayko, proprietário do time. Carpentier, que fez a temporada de 2005 pela Cheever na IRL, está sem equipe para o campeonato deste ano. Correrá nas provas de Monterrey (México) e Laguna Seca (EUA).

- Alessandro Zanardi carregou a tocha dos Jogos Olímpicos de Inverno, que têm início no próximo dia 10 na cidade de Turim. Trata-se do terceiro piloto italiano a ter a honra de conduzir o símbolo — os outros foram Jarno Trulli (quando a tocha passou por Pescara) e Luca Badoer (em Maranello). Zanardi levou a tocha na rodovia entre as cidades de Pádua e Veneza. "Contribuir com Torino 2006 é um prazer, sempre fui apaixonado por esportes de inverno", contou Zanardi, que caminhou com auxílio de uma bengala. Alessandro perdeu as duas pernas em um acidente em Lausitz em 2001, quando corria pela F-Mundial

- O Campeonato Brasileiro da classe Finn terá início no dia 22 de Janeiro no Iate Clube do Rio de Janeiro e terminará no dia 25 de Janeiro. Além do titulo brasileiro, os participantes iniciam a contagem de pontos para a disputa da vaga na Equipe Permanente de Vela Olímpica – EPVO, da Federação Brasileira de Vela e Motor – FBVM. O primeiro colocado do Brasileiro garante também a vaga para o mundial da classe. O atual campeão brasileiro e número um do Brasil, João Signorini, o Joca, antes com presença confirmada no campeonato não irá participar da competição. Ele integra a tripulação do barco Brasil 1, que teve problemas técnicos durante a regata de volta ao mundo, atrasando o cronograma de Signorini. Com o acontecido, a briga pelo título nacional e a pontuação olímpica atrairá, segundo a organização, uma média de 12 barcos na raia.

Um abraço e até a semana que vem,     
Fernando Toscano                    

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