Brasileiros estão descobrindo Indianápolis, a capital do estado de Indiana, no Meio-Oeste americano. Os números não são oficiais, mas segundo a Quantum American Society (QAS), cerca de três mil brasileiros vivem na Grande Indianápolis.

            A capital do estado de Indiana é conhecida pelas corridas de Fórmula 1 and Indy 500.

            Segundo a QAS, os brasileiros não querem permanecer nos Estados Unidos, e Indianápolis é uma cidade que tem um razoável custo de vida, possibilitando que se economize a maior parte do salário. Larissa Dupont, diretora da Quantum American Society, destaca que a qualidade de vida é um fator determinante. “O preço do aluguel de um apartamento de dois quartos no centro da cidade é US$ 500 enquanto em Los Angeles, New York, San Francisco pela mesma quantia é impossível até mesmo achar uma vaga num apartamento na periferia”, ressalta ela.

            Os brasileiros que moram nos Estados Unidos não têm nenhum interesse pela vida cultural. O objetivo é economizar para voltar para o Brasil.

            A capital do estado de Indiana é feia, considerada uma das mais atrasadas nos Estados Unidos. A cidade não tem nenhuma atração turística. Um das opções é viajar para Chicago, a apenas 256 quilômetros.

            Para quem mora na região norte, as escolas públicas oferecem escolas excelentes, os restaurantes têm qualidade internacional. É a parte mais rica da cidade, lotada de mansões de judeus bilionários.

            Morar em Indianápolis é realizar um sonho para a maioria dos exilados econômicos da terra de Lula: residir no centro, dirigir carro novo, comprar alimentos a preços mais acessíveis do que nas demais grandes cidades americanas. O mercado Lee, na Lafayette Road, oferece a maioria dos produtos brasileiros na cidade: bombons Garoto, feijoada e goiabada em lata, farinha de mandioca, massa de pão de queijo, biscoito maizena, café, guaraná, etc.

            Os brasileiros promovem um dos tradicionais eventos da cidade: Carnaval em Indianapolis.

            A esposa do presidente do grupo farmacêutico Lilly, a brasileira Kathy Taurel, é uma das responsáveis pela “brasileirização” da cidade. O Brasil tem alta credibilidade em Indianápolis por causa dela.

            “É bom frisar que ela presta uma importante ajuda à comunidade brasileira na cidade, desenvolvendo um amplo trabalho social mais eficiente e eficaz do que o consulado do Brasil em Chicago.”, diz Larissa Dupont. “Se ela souber que há um brasileiro em necessidade em Indianápolis, a primeira dama da Lilly presta toda a assistência possível.”, ilustra a diretora da QAS.

*Freddy de Freitas, 46 anos, divorciado, é cidadão americano, nascido no Hospital de Base em Brasília;
ex-aluno dos colégios Marista e Objetivo; cursou jornalismo na Universidade de Brasília (UnB).