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03 / fevereiro / 2006
DESPEDIDA
Por Fernanda de Lima
Molina
Quando
estiveres lendo, amor meu...
Talvez eu já não esteja mais presente.
Talvez estes olhos, já cansados e inchados,
Por tantas lágrimas que por ti derramei, estarão fechados para sempre.
Não
estarei mais aqui,
Pois em vida, somente recebi desprezo.
Sentirás remorsos, talvez.
Sentirás por este alguém
Que
um dia, apenas te amou, suplicou um pouco da tua presença.
Desejando uma migalha do teu amor.
Talvez possa sentir saudades destes olhos,
Que procuravam numa busca interminável, os seus.
Tendo
fé que um dia, poderia ser amada.
Sentirás saudade dos carinhos, trocados em nosso paraíso,
Construído com toda a minha dedicação.
Será que sentirás saudade? Quem sabe...
Sentirás
saudade da Lua, que tantas noites,
Testemunhou nossas fantasias, sonhos.
Mas tudo foi destruído, pelo sopro da tua indiferença.
Sofri
muito mais do que possa imaginar.
Sofri com tua ausência, pela tua indiferença.
Você não pode imaginar.
Perde-me
por ter te amado demais.
Por ter invadido a tua vida, seu mundo.
Perdoe-me se puder. Não tive culpa.
Dói
saber que fui apenas uma página que você rabiscou.
Mas... se numa noite dessas, qualquer,
Estiveres olhando para o céu e avistar uma estrela apagada,
Esta estrela serei eu.
A
estrela feita da saudade
Saudade que você me fez sentir
Mesmo estando ao seu lado...
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