AS VEZES
Por Fernanda de Lima Molina

As vezes me pego olhando para o céu. Perco-me por entre as nuvens, em pensamentos distantes. Certa de que conquistarei um objetivo: a serenidade.
As vezes me pego olhando para o mar. Meditando diante de seu balanço, o vai e vem das ondas. O infinito de suas profundezas, sua cor, vibrante, o som, acalma.
As vezes me pego olhando crianças, brincando, em qualquer lugar que for, elas me transmitem a mesma coisa: paz.. Aquela paz, cuja intensidade é harmoniosa.
Sempre me pego observando alguma coisa. Gosto disto, de apreciar e observar as pessoas.
Seus hábitos, expressões, a maneira com a qual demonstram suas sensações.
Observo a pressa inesgotável, diante dos ponteiros de seus relógios, seus compromissos, a forma como conduzem o seu dia-a-dia.
Vejo pessoas de todos os tipos, credos, cores e raças. 
Modos, estilos diferentes, pensamentos distantes, idéias elaboradas minuto a minuto, risos, sorrisos, seriedade. Divirto-me.
É gratificante perceber e respeitar tais diferenças. As vezes eu imagino: "como será que as pessoas me olham?"
Peço-lhes, critiquem-me, elogiem-me, mas, por favor, não me deixem passar despercebida.
Não se deixem passar despercebidos. Destaquem-se.

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