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C R Í T I C A

16 / JULHO / 2007
ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS

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Pacto de Sangue (Double Indemnity), de Billy Wilder, 1944 - Um filme noir por excelência sobre uma apólice de seguros que altera a vida de vários personagens e a aparente certeza de impunidade não se revela possível.

            Walter Neff (Fred MacMurray) busca a renovação de seguro de carros do Sr. Dietrichson (Tom Powers) quando conhece sua bela esposa (Barbara Stanwyck) que lhe oferece a oportunidade de uma vida - muito dinheiro e o seu amor por um prêmio de seguros.

            Só que para atrapalhá-los, há o esperto Barton Keyes (Edward G. Robinson), um expert em descobrir fraudes que eram comuns na metade do século passado.

           Um clássico que permanece moderno, apesar de muitas características que foram inovadoras já tenham se repetido em filmes posteriores. Um trabalho primoroso de direção e roteiro, em que Billy Wilder divide com o grande escritor Raymond Chandler acabam por manter o suspense ainda que a narrativa em flashback já indique que algo não teria saído bem.

            O elenco é outro ponto alto do filme. Se MacMurray está mais correto do que de costume, Robinson esbanja sua persona cinematográfica e Stanwyck consegue um dos seus grandes desempenhos que ajudam e muito a eternizar a fita como um marco cinematográfico.

Cotação: *****

De Crápula a Herói (Il Generale Della Rovere), de Roberto Rossellini, 1959 - O filme que mostra a transformação de um trambiqueiro, Emanuele Bertone (Vittorio de Sica) que vive de explorar a credulidade de pessoas que tinham seus entes queridos entregues para o exército alemão e, após um acordo discutível, acaba revendo suas posições de vida.

            Provavelmente, o filme mais enxuto do mestre do neorealismo Roberto Rossellini. O diretor faz uso da simpatia de Vittorio de Sica que constrói um farsante que angaria a simpatia do público, apesar de seu nítido desvio de caráter.

            Apesar do grande mérito de De Sica, a trama é extremamente bem construída seja na primeira fase - os trambiques -, quando na segunda fase - o momento em que encarna o General della Rovere do título original busca informações dentro da prisão que servissem de passaporte para a Suíça.

            A redenção do protagonista é plenamente justificada com o desenrolar da história e o choque de realidade e sentimentos que ele encontra no cárcere.

            Um clássico que merece ser conhecido e que permanece atual quase meio século depois de sua realização.

Cotação: **** ½ 

Lourival Sobral              
Colunista de cinema           


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