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- E D I T O R I A L -
01 / JANEIRO / 2007


Prezados amigos,

    Resolvi começar 2007 de forma diferente. Irei apresentar abaixo um belo texto escrito pelo baiano Luís Nassif. Suas palavras inseridas de forma correta nos faz viajar no tempo. Tomara que todo brasileiro possa ler esse texto e refletir sobre nossa música, nossa cultura, nossos imortais...

Abraços, Fernando Toscano (Editor)



YES, NÓS TEMOS BANANA
Por Luís Nassif (*)

            Com a morte de João de Barro, o Braguinha, o Brasil perde a penúltima de suas referências musicais históricas. Dorival Caymmi resiste. A história de Braguinha está ligada a infância, adolescência e maturidade de gerações de brasileiros.

            Na minha infância, Poços de Caldas era cidade de pouco mais de 30 ou 40 mil habitantes, mas com especial apreço pelas artes. Na música, tivemos o maestro Guido Rocchi, violinista, que chegou ao Brasil na excursão histórica da orquestra italiana ao Rio de Janeiro, na qual Arturo Toscanini iniciou sua carreira de maestro, e decidiu ficar em Poços. Tinha também a professora Itália, que ensinava balé clássico, e o professor Fábio, que ensinava piano.

            A família sempre foi muito artística. Entre os primos, todo menino tinha que aprender piano. Toda menina, piano, balé e, se tivesse tempo, aulas de tricô com minha mãe. Mas houve dois episódios que, por assim dizer, mancharam um pouco nossa reputação. O primeiro episódio, digamos controverso, foi no recital de balé das alunas da professora Itália. Quando uma das primas entrou no palco, houve um certofrisson”. Ela tinha inúmeras virtudes, uma inteligência viva, mas faltava-lhe o tipo físico ideal para uma bailarina, para dizer o mínimo. Para sua apresentação, imprudentemente dona Itália ensaiou um trecho da “Morte do Cisne”, que terminava com um pas de deux seguido daquele outro passo, que consistia em cair com a perna aberta e as mãozinhas trançadas sobre a cabeça. Quando as pernocas da prima desabaram sobre o palco, parecia que o vulcão de Poços tinha entrado em erupção. Tia Matilde Monassa, uma turista que de tão amiga da família virou tia, soltou uma risada daquelas que ninguém resiste, e o público inteiro foi atrás.

            Meu vexame não foi menor. Na apresentação dos alunos do professor Fábio, no Cine Vogue, para umas quinhentas pessoas, fui tocar Musette. Tinha seis anos e era o caçula do elenco. Quando entrei no palco e vi aquele mundaréu de gente, fiquei tão nervoso que não achava o dó. Aí gritei um “professor Fábio, onde está o dó?”. O povo ficou rindo durante toda minha apresentação.

            Mas dei essa volta toda para falar do presente que ganhei pela apresentação de piano. Foi uma coleção de disquinhos coloridos, de histórias infantis, produzidos por João de Barro, o Braguinha. Aquelas musiquinhas iluminaram não só minha infância, mas de todas as crianças do meu tempo. Eu ficava triste com a história da dona Viúva (“dizei senhora viúva / com quem quereis se casar / se é com o filho do conde / se é com seu general, general, general”). Vibrava com as estripulias da banda do Cazuza, à medida que o moleque ia crescendo e incorporando mais instrumentos ao seu grupo.

            Sem falar no “Chapeuzinho Vermelho”, com duas músicas que entraram para a história da MPB. Uma, a do próprio Chapeuzinho (“pela estrada afora / eu vou bem sozinha / levar esses doces / para a vovozinha”). Outra, o hino dos caçadores, mais emocionante que a chegada da cavalaria americana (“nós somos os caçadores / e nada nos amedronta / damos mil tiros por dia / matamos feras sem conta”).

            Nos anos 70 essas historinhas atingiram cinco milhões de gravações – provavelmente o maior fenômeno da indústria fonográfica brasileira de todos os tempos. E o livro me ajuda a relembrar que os autores da maioria das músicas eram o próprio Braguinha e o maestro Radamés Gnatalli, um dos músicos brasileiros mais importantes do século.

            Foi nesse período, lá por 78 ou 79, que conheci o Braguinha, no bar do Alemão, ali no viaduto Antarctica, em São Paulo. Era um sábado. Nosso grupo estava no mezanino quando o vimos entrar, saindo de uma gravação na TV Cultura. Espontaneamente explodiu uma salva de palmas em sua homenagem. Braguinha subiu as escadas e sentou-se com a gente. Já septuagenário, não perdia uma oportunidade de jogar charme em cima das moças. Lá pelas tantas indaguei: “Mas o senhor é casado, não?”. E ele: “Muito bem casado, meu filho, adoro minha mulher, mas essas mocinhas são tão bonitinhas”.

            O papo evoluiu para a questão do purismo na MPB, uma discussão sobre as concessões de Waldir Azevedo, em relação ao rigor de Jacob. O velho mestre, um dos últimos pais vivos da MPB interrompeu o papo: “Parem com isso. A música popular tem que ir onde o ouvinte quiser, e viver o momento apenas”. E levantou-se para mostrar sua última composição: “A Marcha do Jegue”, que terminava com ele simulando o coito enquanto zurrava, para espanto do Dagô, o dono do bar. Quando ouço as críticas a esse autêntico samba de roda baiano do grupo Tchan e assemelhados, penso que os críticos deveriam ouvir um pouco mais mestre Braguinha

            Foi autor dos maiores clássicos da música popular mais rica do planeta. Compôs “As Pastorinhas”, com Noel Rosa, “Carinhoso”, com Pixinguinha. Com Alberto Ribeiro compôs “Touradas em Madri”, que propiciou o maior espetáculo de público que o país já conheceu, que foi a torcida da Seleção Brasileira cantando a música para caçoar dos espanhóis, que estavam sendo goleados na copa de 50. Sem falar de “Cadê Mimi” (“Cadê Mimi, cadê Mimi / Mimi que fugiu prá Shangai / Mimi que partiu me deixando assim / do meu pensamento não sai”), também com Alberto Ribeiro, com quem compôs “Yes, nós temos banana”, “Copacabana”  (“princesinha do mar”), “Tem Gato na Tuba:” (“todo domingo / havia banda /, no coreto do jardim”), “Chiquita Bacana”.

            Ao lado de Caymmi, era das derradeiras figuras reverenciais, de uma música que - ao contrário do país - aprendeu a amar e reconhecer os seus velhos.

(*) Luís Nassif tem colaborado eventualmente com o Portal Brasil com ótimas matérias. Seu site: www.luisnassif.com.br.

DIVERSÃO - Quiz Brasil - O Quiz se manteve estável durante toda última quinzena. Ele está ligado no servidor titular , com backup em outro endereço, de forma a garantir a estabilidade e disponibilidade 24 horas por dia. Diversos brindes estão sendo distribuídos - veja lista no Quiz em "Mensagem do dia". Também os jogadores que somarem acima de 5.000 pontos no mês e os que mais tempo permaneceram no jogo serão premiados com sorteios de brindes exclusivos. Estamos desenvolvendo parcerias de forma a tornar o Quiz ainda mais divertido e emocionante. O Quiz Brasil tem a maior base de dados de jogos de quiz do Brasil!!!

            Dando continuidade ao histórico do jogo segue abaixo um resumo com alguns dados do mesmo, lembrando que o forum continua firme e forte:

Forum: http://quizbrasil.6.forumer.com/index.php 

      Para participar desse divertido desafio o download e as informações são obtidas nesse endereço: http://www.portalbrasil.net/quizbrasil/http://www.portalbrasil.net/download.htm.  
Abaixo apresentamos uma tabela onde se demonstra o crescimento do QuizBrasil, lançado em 28.11.2004, no decorrer desse período:

Dia Perguntas disponíveis Crescimento (*) Jogadores cadastrados Crescimento (*)
01 / janeiro / 2007 73.652 + 0,46% 2.122 Revisado
16 / dezembro / 2006 73.309 + 10,83% 2.143 + 9,72%
01 / dezembro / 2006 66.145 + 1,85% 1.953 Revisado
16 / novembro / 2006 64.939 + 7,03% 1.970 + 10,36%
01 / novembro / 2006 60.669 + 8,07% 1.785 + 9,77%
16 / outubro / 2006 56.135 + 9,57% 1.626 Revisado
24 / setembro / 2006 51.231 + 0,36% 1.717 + 2,69%
17 / setembro / 2006 51.047 + 1,90% 1.672 + 2,45%
10 / setembro / 2006 50.094 + 2,50% 1.632 + 3,55%
03 / setembro / 2006 48.872 + 4,27% 1.576 Revisado
27 / agosto / 2006 46.868 + 1,38% 2.266 + 3,23%
20 / agosto / 2006 46.226 + 1,88% 2.195 + 1,76%
13 / agosto / 2006 45.372 + 4,84% 2.157 + 3,40%
06 / agosto / 2006 43.274 + 1,76% 2.086 + 1,16%
30 / julho / 2006 42.522 + 5,77% 2.062 + 3,87%
23 / julho / 2006 40.200 + 4,60% 1.985 + 2,47%
16 / julho / 2006 38.432 + 1,79% 1.937 + 0,78%
09 / julho / 2006 37.756 + 5,02% 1.922 + 4,17%
02 / julho / 2006 35.950 + 5,91% 1.845 + 3,65%
25 / junho / 2006 33.941 + 4,89% 1.780 + 2,06%
18 / junho / 2006 32.356 + 1,48% 1.744 + 0,81%
11 / junho / 2006 31.884 + 22,11% 1.730 + 4,46%
04 / junho / 2006 26.109 + 75,06% 1.656 + 4,08%
28 / maio / 2006 14.914 - 1.591 -
21 / maio / 2006 Em manutenção periódica
14 / maio / 2006 Em manutenção periódica
07 / maio/ 2006 Em manutenção periódica
30 / abril / 2006 49.162 + 3,05% 2.055 Revisado
23 / abril / 2006 47.704 + 5,06% 2.203 + 2,03%
16 / abril / 2006 45.404 + 3,59% 2.159 + 2,71%
09 / abril / 2006 43.827 + 6,56% 2.102 + 2,88%
02 / abril / 2006 41.129 + 117,77% 2.043 + 0,19%
26 / março / 2006 18.886 (*) (*) 2.039 + 3,50%
19 / março / 2006 191.648 + 0,41% 1.970 + 2,07%
12 / março / 2006 190.861 + 0,21% 1.930 + 5,75%
05 / março / 2006 190.461 + 0,24% 1.825 + 3,39%
26 / fevereiro / 2006 190.399 + 0,13% 1.765 + 1,84%
19 / fevereiro / 2006 190.138 + 0,34% 1.733 + 2,12%
12 / fevereiro / 2006 189.495 - 1.697 + 1,73%
05 / fevereiro / 2006 189.495 + 0,31% 1.668 Revisado
29 / janeiro / 2006 188.896 - 1.927 + 3,10%
22 / janeiro / 2006 188.896 + 0,05% 1.869 + 4,82%
15 / janeiro / 2006  188.802 - 1.783 + 2,64%
08 / janeiro / 2006 188.802 - 1.737 Revisado
01 / janeiro / 2006 188.802 - 2.020 + 1,10%
25 / dezembro / 2005 188.802 + 1,26% 1.998 + 5,10%
18 / dezembro / 2005 186.449 + 1,11% 1.901 + 4,10%
11 / dezembro / 2005 184.387 + 1,53% 1.826 + 1,84%
04 / dezembro / 2005 181.601 + 1,05% 1.793 Revisado
27 / novembro / 2005 179.708 + 1,46% 2.115 + 2,32%
20 / novembro / 2005 177.108 + 1,01% 2.067 + 1,17%
13 / novembro / 2005 175.335 + 0,74% 2.043 + 3,54%
06 / novembro / 2005 174.041 + 0,56% 1.973 Revisado
30 / outubro / 2005 173.069 + 0,73% 2.359 + 0,89%
23 / outubro / 2005 171.801 + 0,87% 2.338 + 2,05%
16 / outubro / 2005 170.311 + 0,92% 2.291 + 2,38%
09 / outubro / 2005 168.755 + 2,16% 2.238 Revisado
02 / outubro / 2005 165.172 Revisado 3.113 Revisado
07 / agosto / 2005 165.874 + 1,16% 3.568 + 1,65%
31 / julho / 2005 163.957 + 1,21% 3.510 + 1,12%
24 / julho / 2005 161.981 + 1,70% 3.471 + 2,14%
17 / julho / 2005 159.269 + 1,24% 3.398 + 1,94%
10 / julho / 2005 157.309 + 1,65% 3.332 - 10,74% (*)
03 / julho / 2005 154.744 + 1,51% 3.736 + 1,93%
26 / junho / 2005 152.437 + 0,76% 3.665 + 1,49%
19 / junho / 2005 151.283 + 0,80% 3.611 + 0,95%
12 / junho / 2005 150.072 +1,59% 3.577 + 1,53%
05 /junho / 2005 147.717 + 1,23% 3.523 - 6,37% (*)
29 / maio/ 2005 145.909 + 0,95% 3.763 + 1,51%
22 / maio / 2005 144.530 + 0,77% 3.707 + 1,36%
15 / maio / 2005 143.422 + 1,36% 3.657 + 1,21%
08 / maio / 2005 141.485 + 1,10% 3.613 + 2,90%
01 / maio / 2005 139.942 + 0,65% 3.511 + 1,82%
24 / abril / 2005 139.037 + 0,62% 3.448 + 3,69%
17 / abril / 2005 138.176 + 0,85% 3.325 + 2,11%
10 / abril / 2005 137.104 + 0,83% 3.256 + 1,90%
03 / abril / 2005 135.974 + 1,36% 3.195 + 5,02%
27 / março / 2005 134.145 + 1,15% 3.042 + 2,35%
20 / março / 2005 132.618 + 1,23% 2.972 + 3,33%
13 / março / 2005 131.004 + 1,77% 2.876 + 2,93%
06 / março / 2005 128.725 + 1,55% 2.794 + 3,82%
27 / fevereiro / 2005 126.749 + 1,98% 2.691 + 4,30%
20 / fevereiro / 2005 124.279 + 4,25% 2.580 + 3,78%
13 fevereiro / 2005 119.183 + 3,36% 2.486 + 5,60%
06 fevereiro / 2005 115.303 + 2,88% 2.354 + 5,41%
30 / janeiro / 2005 112.073 + 3,91% 2.223 + 7,30%
23 / janeiro / 2005 107.848 + 2,04% 2.081 + 6,82%
16 / janeiro / 2005 105.690 + 3,26% 1.948 + 5,48%
09 / janeiro / 2005 102.352 + 2,02% 1.838 + 8,50%
01 / janeiro / 2005 100.319 + 34,47% 1.694 + 7,69%
26 / dezembro / 2004 74.601 + 14,44% 1.573 + 11,24%
19 / dezembro / 2004 65.185 + 14,13% 1.414 + 15,71%
12 / dezembro / 2004 57.112 + 18,41% 1.222 + 13,78%
05 / dezembro / 2004 48.229 + 26,98% 1.074 + 25,02
28 / novembro / 2004 37.980 + 4,87% 859 + 46,83%
21 / novembro / 2004 36.225 - 585 -

Semana que vem tem mais....

Abraços,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

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