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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS
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INDICAÇÕES DA QUINZENA:
High Art, de Lisa Cholodenko, 1998 - Um romance entre uma jovem editora (Radha Mitchell) e uma fotógrafa conceituada que já se retirara do convívio público (Ally Sheedy) é o tema central desse filme que fez muito sucesso no circuito alternativo americano no ano de 1998.
O roteiro é simples que carrega demais em diálogos longos e que incomoda bastante, já que todos os personagens centrais flertam com a marginalidade, mas que tem nas relações humanas e em discuti-las seu principal valor.
Além disso, temos duas atrizes em momentos sublimes: a musa da brat pack Ally Sheedy (“O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas” e “Maid in Order”) que vive o ápice de sua carreira e que dividiu com a nossa Fernanda Montenegro o prêmio da Associação dos Críticos de Los Angeles; e Patrícia Clarkson, que depois se consolidaria como uma das melhores atrizes do cinema americano.
Cotação: B+
Julia,
de Fred Zinnemann, 1977
- A busca da escritora Lílian Hellman (Jane Fonda) por sua
amiga de infância Julia (Vanessa Redgrave), médica que se muda para a Europa
e acaba por se envolver em movimentos comunistas e se torna ativista na luta
contra o nazismo na Alemanha.
Um filme elegante dirigido pelo mestre Zinnemann e que conta com elenco afinado e em grande forma. Os trabalhos de Jason Robards (Dashiell Hammett), Vanessa Redgrave, Jane Fonda e Maximillian Schell são dignos dos melhores elogios.
Um trabalho de narrativa clássica em que a história é contada de modo claro, apenas com alguns flashbacks que explicam o grau de amizade entre as personagens centrais e justificam os riscos e a luta de Lílian para resgatar sua amiga.
Cotação: A
A Noite dos Desesperados (They Shoot Horses, Don’t They?), de Sydney Pollack, 1969 - A adaptação do romance de Horace McCoy que descreve uma competição de dança durante os anos da Grande Depressão americana em que casais dançavam dias a fio e, ainda se submetiam a toda uma sorte de humilhações para ganhar um prêmio em dinheiro.
O elenco recheado de bons atores (Red Buttons, Bonnie Bedelia, Bruce Dern) conseguem dar cor a tragédia humana conduzida pelo animador/produtor Rocky (Gig Young) que cuida de dar um tom de espetáculo a miséria dos concorrentes como forma de compensar a audiência por suas vidas difíceis.
Um filme dolorido e que incomoda, em que a cada momento somos submetidos a mais um detalhe que nos leva a dúvida do limite da capacidade humana de submeter seus semelhantes a seus caprichos.
Um filme essencial da obra do diretor Pollack, recentemente falecido, e que conta com Jane Fonda em seu primeiro grande desempenho e uma magistral presença do Gig Young que, inclusive, foi o maior vencedor de prêmios daquela temporada.
Cotação: A
Por Lourival Sobral, colunista de cinema
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