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- C  I  N  E  M  A  -
C R Í T I C A

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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS

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O Garoto Selvagem (L’Enfant Sauvage), de François Truffaut, 1970 - Um menino é encontrado numa floresta em 1798 após anos vivendo como selvagem e muitos põem em dúvida sua capacidade cognitiva, exceto o Doutor Itard (François Truffaut) que busca trazer á tona a natureza humana do rapaz.

            Um interessante trabalho do diretor Truffaut que traça um paralelo entre a ciência do século XIX e a capacidade de relacionamento do garoto com reações instintivas e o sisudo cientista que busca relativizar seus próprios sentimentos.

            Um filme menor na cinematografia do grande diretor, mas que ganha ares de atualidade após a realização da superprodução francesa “O Elo Perdido” da diretora Régis Wargnier em que a natureza selvagem de um ser humano também é sopesada pela ciência, mas sem a qualidade dramática do mestre Truffaut.

Cotação: ****

ALEKSANDR SOKUROVAleksandra, de Aleksandr Sokurov, 2007, Rússia - Uma senhora vai visitar seu neto num campo militar russo na Tchechênia e observa, com seu olhar de mulher do povo, a mudança do país desde o final da União Soviética, o choque de gerações e a encruzilhada que tanto os jovens soldados quanto àquela população submetida ao controle russo vivem.

            A atriz central, Galina Vishnevskaya, vivencia cada seqüência com uma simpatia que justifica o envolvimento que todos os personagens da trama acabam tendo com ela. Sua figura singela conquista e incomoda num ambiente de conflito, seja o social e bélico claramente identificável, seja o conflito familiar que vive com seu neto.

            Um filme simpático com personagens que passam longe da realidade brasileira, mas que demonstram as mais diversas emoções humanas universais e que merece ser conferido para quem busca tramas que escapem do óbvio.

Cotação: *** ½

Persépolis, de Vincent Parranaud e Marjane Satrapi, França, 2007 - Marjane (Chiara Mastroiani) está no aeroporto de Orly quando começa a rememorar sua trajetória desde criança quando sua família sofreu com todas as transformações políticas trazidas pela revolução iraniana de finais da década de oitenta do século passado.

            Um desenho animado para adultos extremamente bem realizado que foi o nome escolhido pela França para representá-lo na disputa pelo Oscar de filme de língua não inglesa e que, conseguiu ser indicada como melhor animação - perdeu para Ratatouille -.

            Um filme dramaticamente forte e inteligente que relatam com minúcias e bom humor as diversas situações que ocorreram no Irã quando o Xá Reza Pahlevi foi deposto pela revolução islâmica chefiada pelo Ayatollah Khomeini em 1979, sempre mostrando facetas nem sempre confortáveis de todos os lados que se puseram em conflito.

            Um filme contemporâneo que faz uso da linguagem do cartoon para amenizar a dureza do tema que trata, mas que agrada num entretenimento de qualidade.

Cotação: ****

Lourival Sobral              
Colunista de cinema           


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