MEIO AMBIENTE - Desmatamento da Amazônia diminui 22% em setembro - O índice de desmatamento registrado na Amazônia em setembro foi 22% menor do que em agosto, segundo dados do sistema Deter - Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados na última quarta-feira (29). A média de junho a setembro também foi 22% menor em relação ao mesmo período no ano passado. “Houve uma queda em razão da maior fiscalização, monitoramento e operações diretas”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em coletiva no Ministério.
Segundo avaliação do Deter, entre os fatores que contribuíram para a queda nos índices estão o foco prioritário na origem do desmatamento, a disciplina na fiscalização dos polígonos, o maior rigor e regularidade e a presença da direção nacional nas operações.
Alertas - A área desmatada no mês de setembro foi de 587 km². Em setembro do ano passado, foi de 603 km². A média de área desmatada de junho a setembro deste ano foi 634,75 km², no ano anterior tinha sido de 814 km². “Sempre é melhor diminuir, mas 587 km² ainda é inadmissível”, disse Minc. Os alertas indicaram principalmente desmatamentos por corte raso (53%) e por degradação florestal de intensidade alta (31%).
“Estamos avançando. Antes não tínhamos Fundo Amazônia, Plano Nacional sobre Mudança do Clima, Planos de Manejo, e agora temos”, destacou o ministro. A crise financeira internacional, de acordo com Minc, não provocou refluxo nas doações. Ele afirmou que, a exemplo da Noruega, outros países demonstraram interesse em fazer doações, assim como empresas privadas da área de energia e logística.
Ainda de acordo com Minc, no próximo dia 4 de novembro ele se reunirá com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para aumentar de dois para oito o número de portais de controle de entroncamentos e para fiscalizar o transporte de madeira ilegal. Minc disse também que espera que, em até cinco anos, o governo possa resolver a situação fundiária na Amazônia. Ele também afirmou que 36 municípios estão sendo mapeados para facilitar o levantamento geográfico dessas áreas.
Deter - Em operação desde 2004, o Deter foi concebido pelo Inpe como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o Deter utiliza dados do sensor Modis do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros).
JOGO DE INTERESSES? - ONGs se esforçam onde têm interesses - Analisemos a questão abaixo:
Quesitos |
Vítimas da seca |
Índios da Amazônia |
Quantos? |
10 milhões |
230 mil |
Sujeitos à fome? |
Sim |
Não |
Passam sede? |
Sim |
Não |
Subnutrição? |
Sim |
Não |
Total de ONGs internacionais |
Nenhuma |
350 |
Provável explicação:
A Amazônia tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas que somam, numa avaliação prévia, 14 trilhões de dólares.
Já o nordeste não tem tanta riqueza. Será por isso que lá não há ONGs estrangeiras ajudando os famintos?
Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres. Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?
É uma reflexão interessante... É por amor ao próximo ou por amor à riqueza da terra? Você pensa e decide.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Votação pode ser via celular em futuro próximo - Em todas as áreas que atendem à sociedade civil as inovações tecnológicas estão presentes em maior ou menor grau, dependendo, claro, de recursos financeiros disponíveis e da região. Saúde, segurança pública, emissão de documentos oficiais como carteira de identidade e passaporte e educação são alguns exemplos.
Há projetos em andamento como a automação para controlar passagem nas fronteiras via biometria, que promete maior segurança e menos fila. O processo eleitoral com a urna eletrônica, que já é moderno, está em processo evolutivo. Já se estuda a possibilidade de que o voto seja transmitido via celular. “Com esse projeto que supera problemas temporais e geográficos, o cidadão vota de casa ou de qualquer lugar do mundo”, defende Hugo Hoeschl, da Abep.
Avanços já foram conquistados – a exemplo do controle de fronteiras-, porém, há muito por fazer. É preciso construir um banco de dados único, com rápida extração de informações do governo que estão espalhadas pelas autarquias e instituições. “Com um banco de dados civil único, é possível tirar todos os documentos via Internet ou telefone, com assinatura digital”, propõe do deputado Federal Julio Semeghini.
A troca de informações entre os órgãos será fundamental para ofertas de serviços. O projeto Democracia Direta Digital, ou Super Democracia, engloba um conjunto de tecnologias como Internet, caixa eletrônico. “Os sistemas devem se adequar ao indivíduo e não o contrário”, diz Nivaldo Cunha, do Serpro, que citou como referência o Portal Cidadão, implementado na França.
Outra área que pode agilizar a vida das pessoas é a informatização e colaboração das informações que compõem as declarações do imposto de renda. Com todas as informações cruzadas, a Receita Federal saberá quanto cada um recebe, quanto foi deduzido e quanto cada um gasta. A busca é por um novo modelo do Estado, com base tecnológica.
O estado do Maranhão se beneficia da colaboração com seus pares para vencer lacunas. “Criamos um modelo de governança e hoje temos um pacote integrado de serviços para a população”, conta Marcelo Silva, da Seati. Há soluções de infra-estrutura até projeto de telemedicina, em cooperação com a Universidade Federal do Maranhão. “Estamos treinando os professores em novas pedagogias e na inclusão digital."
“Usar o cartão do cidadão para saques parcelados (antes somente era possível retirar todo benefício de uma só vez) já é utilizado por 20% dos usuários de baixa renda”, conta Clarice Coppetti, da CEF, que realiza 330 milhões de transações ao mês, sendo 120 milhões de serviços bancários.
Participaram do painel da Futurecom 2008 intitulado Governo digital: inovando serviços públicos para as redes de cidadania, Alberto Lemos Araújo, da Bull; Clarice Coppetti, da CEF; Hugo Hoeschl, da Abep; Nivaldo Cunha, do Serpro; Leão Carvalho, da Prodesp; Marcelo Silva, da Seati (MA); Paulo Cesar Coelho, da Proderj, Renato Guerreiro, da Guerreiro Consulting e do deputado federal Julio Semeghini, com mediação foi do jornalista Gilberto Dimenstein.
FONTE: Decision Report, Irene Barella, 30 de outubro de 2008