Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
0 1  /  A  B  R  I  L  /  2 0 0 8

ÁGUIA OU BURRO: QUESTÃO DE IDENTIDADE...
Por Sérgio Dal Sasso (*)

            Dizem que a águia tem a capacidade da renovação, que quando atinge a idade de 40 anos passa por um processo de substituição da penagem, do bico, das unhas e assim consegue manter-se eficiente por mais longos anos.

 

            Isso tudo, se fosse verdadeiro, seria fantástico como exemplo a ser seguido, afinal quem não gostaria de estar no corpo de uma águia, soberana, dominante no seu meio, auto-suficiente e ser referência entre as aves de rapina.

         

            Nós não queremos ser a águia, mas o que ela representa através da sua forte identificação com o sucesso, nunca se esquecendo que sua figura está intimamente ligada ao símbolo da nação dos “irmãos” do norte. Sim, os do norte, que tanto conhecemos pelo nacionalismo e poder, pois por décadas foram exímios administradores do destino e sustentabilidade do mundo global. Cabe aqui apenas um breve comentário de que mudanças, como a unificação e formação de blocos econômicos e releituras históricas, nos mostram que nenhum sucesso se perpetua, pelo contrário, são tão mutantes como a própria vida.

 

            Entre tantos movimentos pela competitividade verificamos, apenas com base nas primeiras paginas dos jornais, que o esforço pelo vencer, esbarra nos aumentos dos riscos. O resultado disso é que o mundo vem sendo movimentado muito mais pelo capital especulativo, do que o ideal de um fluxo dirigido a produção e geração de oportunidades de trabalho real.

 

            Cabe aqui ressaltar uma exceção, a China (que não é águia), vem estabelecendo uma liderança, não tanto pela tecnologia, mas pelo uso pleno do principal valor de uma nação, o seu povo. Não sou comunista, e nem estou em concordância com a forma ainda exploratória desse modelo social. Mas é inegável que aqueles que antes não tinham nada, hoje se orgulham pelo fato de produzirem e terem uma remuneração por isso (em média 30% dos valores do nosso mercado), e que mesmo distante das garantias e direitos trabalhistas (CLT), não estão necessitando de bolsas "auxilio-humilhação".

 

            Está chegando a hora de sermos “burros”, sim “burros”! Um cruzamento nacional da nossa égua com o jumento, que pode nós transformar em um animal resistente, teimoso, com potencial para carregar pedras muito superiores ao seu peso, e assim estabelecer a construção de uma nação “MADE IN BRASIL”, que precisa acelerar pela busca de nichos próprios e em acordo com que realmente identificamos como necessário para um crescimento sustentável e distante de tanta demagogia.

 

            É pelo fato de estarmos no mundo globalizado, que devemos aprender a tirar resultados objetivos sobre as vantagens do que isso representa. Não devemos aceitar medalhas de bronze quando já demonstramos que podemos ser ouro, apenas precisamos criar estratégias para vencer o que nos impede, sem tanta intermediação de “terceiros dominantes”, que não produzem, mas agregam o grosso do lucro. Alguns dos respeitados grupos nacionais, já despertaram que a formula não é vender para fora, mas estar lá fora.

 

            Nasci em 1960, na minha adolescência escutava quase que diariamente a frase: “Este é um País que vai pra frente”. Por aqui perdemos o trilho, às vezes voltamos, mas ainda hoje, muito mais pelas riquezas abençoadas pela terra, como o extrativismo e grãos, e em meios aos ventos favoráveis que chegam de fora para dentro.

 

            O nosso problema não está na ausência da criatividade, mas na distancia da unidade, do sentido de nacionalidade e no desrespeito a nós mesmo por aceitarmos a venda em troca de promessas e quase nunca cobrar, acompanhar e exigir pelas suas realizações.

 

“UM BRASIL SUSTENTÁVEL DEPENDE DE BRASILEIROS QUE SE SUSTENTEM”


(*)
Sérgio Dal Sasso,
Palestras, Consultoria, Administração, Gestão de Negócios, Empreendedorismo
Contato para Palestra: www.sergiodalsasso.com.br e www.educacaoprofissional.com.br

A PROPRIEDADE INTELECTUAL DOS TEXTOS É DE SEU AUTOR
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS©

Leia aqui mais colunas sobre Motivação & Empreendedorismo


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI