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C R Í T I C A

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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS


TÚLIO SOUSA BORGES, Colunista de cinema do Portal Brasil - www.portalbrasil.netEm privilegiadas salas de cinema: Andrzej Wajda (1926-    ) pode muito bem ser chamado de ‘o John Ford polonês’, pois sua obra constitui a melhor reflexão cinematográfica a respeito da experiência histórica polonesa – nacionalidade, a propósito, de outros gigantes da sétima arte, como Krzysztof Kieslowski, Roman Polanski e Krzysztof Zanussi.

            No premiado Katyn (2007) – quarto trabalho de Wajda indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira – o cineasta trata de um crime bárbaro: em 1940, milhares de oficiais poloneses, prisioneiros de guerra, foram assassinados pelos soviéticos na localidade que dá nome ao filme. Os carrascos encobriram a verdade durante décadas, atribuindo a autoria do massacre aos nazistas.

            Logo nos créditos iniciais, envoltos por nuvens (a fumaça negra da guerra; a névoa que esconde a verdade), percebe-se que Katyn não é um filme qualquer. Trata-se, aliás, de uma obra muito pessoal, já que o pai de Wajda foi uma das vítimas do massacre. Ao mesmo tempo, o diretor – consciente de seu dever moral para com a nação polonesa – busca a objetividade, adotando um estilo seco. O clima é de luto; e o filme, grave e brutal do início ao fim – sem comic relief.

            Se Wajda ajuda a resgatar a história, também demonstra com notável sensibilidade que o massacre de Katyn é mais do que um acontecimento pontual; é uma ferida aberta, um símbolo permanente da opressão imposta pela União Soviética à Polônia.

Saiba onde o filme está passando em http://www.moviemobz.com/katyn

         

Em tempo: Parabéns ao grande ator sueco Max von Sydow, que completou 80 anos no último dia 10! Obteve seu primeiro grande papel no cinema – e provavelmente o mais memorável – em 1957, em O Sétimo selo, obra-prima de Ingmar Bergman, que o utilizaria em vários filmes. Nos anos setenta, interpretaria o Padre Merrin em O Exorcista. Ainda ativo, foi coadjuvante de O Escafandro e a borboleta e estará em Shutter Island (2009), próximo filme de Martin Scorsese, que deve estrear por aqui em outubro.

         

Por Túlio Sousa Borges, [email protected].

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