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TALENTO E A CRISE
Por
Paulo Araújo (*)
Conta a história que no ápice da crise de 1929, a quinta pessoa mais rica
da Alemanha cometeu suicídio ao se jogar na frente de um trem porque perdeu mais
de 1 bilhão de dólares com o crash. O fato que interessa é que o suicida alemão
tinha uma fortuna avaliada em mais de 9 bilhões de dólares.
Na verdade em toda e qualquer tipo de crise existem os alarmistas
que se gabam por ter previsto que uma hora a bolha iria estourar, os
otimistas que dizem: - calma, que logo tudo passará!, os
prático-realistas que se preocupam em como sobreviver e quem sabe tirar
uma casquinha dessa confusão toda e os loucos por notícias que
ficam desesperados e perdem a noção da realidade tamanha a enchente de péssimas
informações. Esses são os primeiros a sucumbir.
O talento sabe que em toda crise há a oportunidade, mas não estou só
falando da oportunidade de novos negócios ou geração de receita, quero discutir
com você a oportunidade de se transformar e amadurecer como pessoa, de ter uma
visão mais sistêmica do seu negócio e do mundo. Oportunidade para fortalecer
parcerias e relacionamentos com clientes, fornecedores e principalmente com os
seus funcionários. Agora, mais do que nunca, essa história de "nossa empresa é
uma grande família" irá ser testada.
Em caso dos negócios diminuírem fica a oportunidade para rever processos,
fazer mais com menos, reviver e fortalecer os grupos de melhorias que estavam lá
escondidinhos durante a bonança, de ouvir mais e melhor o cliente ou quem sabe
criar algo inesperado que encante o mercado. E não perder a maior de todas as
oportunidades: a de reflexão e ação para mudança de postura profissional, de
aprender e reaprender com o que foi feito de errado e quem sabe uma forte
mudança no modelo de negócios da empresa.
Foi no ano da crise de 1929 que a Unilever chegou ao Brasil e começou sua
tão bonita história e que dia após dia continua a fabricar produtos como o Omo,
Rexona, Maizena, ou ainda, produtos da marca Knorr e Kibon, entre tantas outras.
Outro exemplo? Nesse ano a Lojas Americanas completam 80 anos de história. E que
história! De quase falida para um dos ícones do comércio eletrônico brasileiro.
Para finalizar temos a fábrica de tecidos Tatuapé que hoje é conhecida como
Santista Têxtil. Todas viveram suas crises, todas se transformaram e todas
saíram mais fortes.
Mas o que espero de verdade é que o Mundo e seus grandes líderes não
percam a oportunidade de mudar o que precisa ser mudado, que cooperem entre si,
que evitem um protecionismo infundado, que deixem de acreditar que existe
prosperidade ad eternum e que entendam de uma vez por todas que será só
unindo forças que tudo irá melhorar.
É exatamente assim que a sua empresa deve fazer para sofrer menos em
épocas de crise.
(*) Paulo Araújo,
palestrante
e escritor. Autor de “Seja Dono de Sua Própria Vida” (Editora Qualitymark),
entre outros livros.
Site:
www.pauloaraujo.com.br;
Tel (11) 4153 6008 – Alphaville – SP;
Tel (41)
3267 6761 / 9124 2873 – Curitiba - PR.
PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELO
AUTOR
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