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C  I  N  E  M  A
C R Í T I C A

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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS


TÚLIO SOUSA BORGES, Colunista de cinema do Portal Brasil - www.portalbrasil.net

UMA INTERESSANTE DECEPÇÃO - Bal (2010) não é um grande filme, nem sequer um bom filme. Não merece o Urso de Ouro que recebeu em Berlim no início do ano. Por outro lado, não é de todo ruim.

            Bal, chamado no Brasil de Um doce olhar, é ‘mel’ em turco e a parte final de uma trilogia de aparente significado religioso iniciada com Yumurta (Ovos, 2007) e Süt (Leite, 2008). Nos três filmes, dirigidos por Semih Kaplanoglu, o protagonista se chama Yusuf. Em Süt, Yusuf é um homem; em Yumurta, um adolescente; e uma criança em Bal. Seriam todos a mesma pessoa?

            O novo filme se passa numa região montanhosa e centra-se na relação entre o menino e seu pai, um humilde apicultor. Yusuf é uma criança solitária, esquisita. Não tem outros amigos além do pai. Além disso, tem dificuldade com as palavras, expressando-se de outras maneiras. A verdade é que ele parece dotado de uma sensibilidade incomum, quase mística. Seus sonhos, por exemplo, dizem muita coisa.

            A forma do filme está intimamente ligada à personagem. O cinema de Kapanoglou não é feito de palavras, mas de imagens – e belas imagens. Aproxima-se da pintura e combina composições estáticas com longos planos. A fotografia, essa sim, mereceria um prêmio.

            Infelizmente, Bal parece banal e um tanto quanto despropositado no fim das contas. Talvez adquira mais sentido junto ao restante da trilogia. É enigmático e obviamente pessoal, até mesmo privado. O diretor comete alguns equívocos, mas mostra ambição, integridade artística e sensibilidade poética. Acho que vale a pena procurar seus filmes anteriores e esperar os que ainda virão.

Por Túlio Sousa Borges, [email protected].

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