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E D I T O R I A L
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FERNANDO TOSCANO

Embraer 195AR, fotografada em Recife, em 26.03.2010 (Foto/crédito: Wagner Damásio)AVIAÇÃO - Azul tem feito a diferença na "hora de voar" - A mais nova empresa aérea brasileira - "Azul Linhas Aéreas Brasileiras" - capitaneada pelo mega executivo brasileiro (filho de americanos) David Neeleman vem surpreendendo o mercado por diversos diferenciais. Viajei recentemente no Embraer 195AR, prefixo PR-AYK, "Diamante Azul", numa rota de Brasília para Campinas, em pouco mais de 1h30m de voo e me surpreendi positivamente. São vários os diferenciais. Para começar que ela opera no terminal 2 do Aeroporto de Brasília, junto à Passaredo, Trip e empresas de táxi aéreo. É tudo menos tumultuado e funciona bem; os funcionários procuram sorrir e fazer um atendimento diferenciado; o voo saiu no horário e me surpreendeu o espaço interno das poltronas onde consegui, inclusive, cruzar as pernas. E olha que tenho 1,84m de altura. O serviço de bordo é interessante, sem aqueles carrinhos ultrapassados dos anos 50; cada um escolhe a bebida que é trazida por um comissário (a latinha ou caixa de suco com um copo com gelo) e as comissárias seguram uma cesta com várias opções de salgados e doces - o passageiro escolhe. A aeronave é clara, bancos em couro e bem funcional, com telas para entretenimento à bordo (por enquanto estão desligadas). A trepidação é baixa - mesmo nível de um Boeing 737.800 ou um Airbus A320 (perde para o Fokker 100 da Avianca, embora bem mais antigo, possui turbinas bem menos potentes e localizadas na cauda). Comercialmente falando observa-se grande futuro para a empresa, que deteve os melhores índices de pontualidade e taxa de ocupação da aviação comercial brasileira em 2009 e bateu alguns recordes mundiais como a que mais rapidamente transportou um milhão de passageiros, a mais capitalizada, crescimento mais vertiginoso, etc. Em 28 de março de 2008 anunciou a encomenda de 76 aviões a jato da Embraer (hoje ampliada para 86), numa compra de US$ 3 bilhões, para entrega até 2013, e mais 40 ATR-42-600 (20 são opções) para rotas menores no interior (US$ 850 milhões), que serão entregues a partir do final de 2011. A Azul é ainda a única empresa brasileira que possui um avião 24 horas parado para dar suporte em eventuais emergências e a única que possui um simulador de voo próprio (US$ 11 milhões). Em 28 de julho de 2010 comemorou seu 4.000.000º passageiro transportado. Outro detalhe: no ato da reserva, por uma pequena taxa (hoje R$ 20,00), você poderá ficar no chamado "Espaço Azul" - as cinco primeira fileiras tem 86cm de espaço entre as poltronas (contra 79cm das demais). A Azul vem procurando e estudando diferenciais em benefício do passageiro sem que isso prejudique economicamente o seu negócio. A tendência é mesmo de crescimento acelerado...
POR FERNANDO TOSCANO.

POLÍTICA - Guido Mantega fica com incumbência de reduzir a dívida interna líquida - Confirmado no Ministério da Fazenda, Guido Mantega terá sua atuação delimitada por dois preceitos básicos da política econômica do novo governo: reduzir a dívida interna líquida para 30% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014 para permitir juros reais de 2% ao ano no fim do mandato da presidente eleita, Dilma Rousseff. Nessa moldura predefinida pela presidente, o esforço fiscal será o necessário para abater a dívida em 11 pontos percentuais do produto, considerando que em 12 meses até setembro ela correspondia a 41% do PIB. Nas contas da área técnica da Fazenda, com crescimento da ordem de 5% ao ano e superávit fiscal de 3,3% do PIB é possível cumprir essa determinação.

A intenção do ministro é, simultaneamente, mudar a metodologia de medição das contas públicas para o conceito mais abrangente - o nominal, que leva em conta os juros que o Tesouro Nacional paga pela dívida pública. Hoje, apesar de acumular um superávit primário consolidado de todo o setor público (receitas menos despesas correntes) de 2,96% do PIB, há um déficit nominal (medido pela necessidade de financiamento inclusive dos juros da dívida) de 2,36% do PIB. Mantega acha que pode, com juros em queda, zerar o déficit nominal antes de 2014. Esse conjunto de intenções do novo governo, para ter coerência, deverá implicar, também, a retomada do processo de redução da meta de inflação que permaneceu inalterada em 4,5% durante os oito anos da gestão de Lula.

O atual governo já definiu a meta de inflação em 4,5% para até 2012. Em junho de 2011, Dilma terá que decidir sobre a meta de 2013 e nesse momento poderá fixar para o IPCA uma variação de 4%, introduzindo de forma gradual a trajetória de desinflação na pauta da política econômica até chegar a uma taxa que, do ponto de vista das decisões dos agentes econômicos, seja neutra. O Banco Central quis fixar a meta de 4% para o IPCA de 2012, mas não teve o apoio do ministro da Fazenda.

Se conseguir implementar como meta fiscal o desempenho nominal das contas públicas, Mantega estará promovendo uma mudança significativa na forma de enxergar o gastos público. É o déficit nominal que realmente traduz a exata situação financeira do setor público.

Nos anos 80, quando o país vivia sob acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a inflação era estratosférica, inventou-se o conceito operacional que subtraía da meta fiscal os efeitos da inflação sobre as contas governamentais. Nos anos 90, foram os juros - em patamares jamais vistos - que passaram a ser desconsiderados do esforço fiscal com a adoção do conceito primário.

Com inflação sob controle e a perspectiva de, quem sabe, juros mais normais ao longo do tempo, não há razão para continuar a perseguir metas que revelam apenas uma parte do problema e até enganam os desavisados.

Por sugestão do presidente Lula, Mantega foi convidado por Dilma a permanecer no cargo antes da viagem a Seul (Coreia do Sul), para a reunião do G-20. Dilma, contudo, já deixou claro a todos que "não importa o nome, a responsável pela política econômica sou eu". Ela pretende anunciar os nomes que vão comandar a economia em seu governo até a próxima semana.

Permanece incerto o destino do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Lula sugeriu a Dilma que em time que está ganhando não se mexe e até ponderou que em meio à crise que se instalou no mundo desenvolvido, não seria o momento para grandes mudanças.

Ao mesmo tempo, há um outro argumento forte que surge no debate da transição: ao contrário do atual presidente da República, Dilma não tem simpatia pelo modelo conflituoso de convivência entre Fazenda e BC que se estabeleceu entre Mantega e Meirelles. Ela gostaria de algo mais apaziguado que conduza a uma redução dos juros para padrões internacionais durante seu mandato. Manter Meirelles apenas por alguns meses não faz sentido, assim como não é recomendável começar um governo novo com cara de governo velho.

Nessa conformação, subsiste a ideia de alçar o diretor de Normas do BC, Alexandre Tombini, para a presidência da autoridade monetária. Tombini conversa bem com o ministro da Fazenda e sua equipe. É um economista bem preparado e, como membro do Comitê de Política Monetária (Copom), sempre teve opiniões próprias e equilibradas sobre os rumos da taxa de juros. PhD em economia pela Universidade de Illinois, é especialista em política monetária. Não é, porém, o único nome cogitado para substituir Meirelles, caso ele venha a ocupar um outro cargo. Existem outros cotados, como Fabio Barbosa, da Febraban.

Tão logo seja oficializado no posto, Mantega deverá encaminhar para decisão da presidente eleita as primeiras providências para 2011: arrumar dinheiro para reforçar o caixa do BNDES e enviar ao Congresso o pacote de medidas de incentivo à captação e financiamento de longo prazo. Depois de receber aporte de mais de R$ 200 bilhões do Tesouro Nacional nos últimos dois anos, o BNDES não pode diminuir de tamanho abruptamente e reivindica mais R$ 60 bilhões do Tesouro para o próximo ano. Esses são temas que podem ser decididos já e enviados para aprovação do atual Parlamento. Questões mais complexas, como por exemplo a desoneração da folha de pagamento das empresas com a redução da contribuição patronal, vão esperar a nova composição do Congresso, que toma posse em fevereiro.
POR CLÁUDIA SAFATLE (DIRETORA DE REDAÇÃO ADJUNTA DO VALOR ECONÔMICO).

Rapidinhas...

- Enquanto boa parte dos bancos de varejo direciona esforços para crescer nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, o Banco do Brasil (BB) faz o caminho inverso e tenta expandir a atuação em São Paulo, centro financeiro do país, onde sua presença sempre foi tímida comparada à força exibida pelos concorrentes. Um ano após a incorporação da Nossa Caixa e a realização de investimentos de R$ 816 milhões em expansão e modernização da rede de agências, o BB confere novos contornos à disputa bancária no Estado mais rico do Brasil.

- A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) vai começar a monitorar mais de perto a exposição dos fundos de pensão a títulos de bancos de pequeno e médio porte depois do episódio do PanAmericano. Apesar de até agora as fundações não estarem enfrentando problemas por causa dos papéis do banco do empresário Silvio Santos, o objetivo do reforço no controle das carteiras é verificar se as fundações não estão concentrando sua exposição a esse tipo de emissor de diversos tipos de papéis, como Certificados de Depósitos Bancários (CDB), fundos de direitos creditórios (FIDCs) e Recibos de Depósito Bancários (RDB).

- Os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef - dos funcionários do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal, respectivamente - vão participar do projeto do trem-bala, que ligará as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. O aporte, que pode chegar a R$ 1,5 bilhão por uma fatia de até 20% do trem-bala, será feito por meio da Invepar, holding de infraestrutura e logística com tem como acionistas as três fundações, além da construtora OAS. Contudo, a Invepar não participará do processo de concorrência para a construção do trem de alta velocidade (TAV). De acordo com Wagner Pinheiro, presidente da Petros, a holding oferecerá seus recursos apenas no fim da disputa, depois que for anunciado o consórcio vencedor. Na ocasião, os ganhadores definirão se precisam dos recursos e em qual montante.

- Agências reguladoras dos EUA e funcionários do governo receberão novos poderes para perseguirem os sites estrangeiros da internet que vendem produtos e música piratas, além de filmes e livros, sob um projeto de lei aprovado pelo Comitê Judiciário do Senado. O projeto de lei, que segundo esperam seus defensores preparará o caminho para medidas práticas no ano que vem, mira os "sites desonestos da internet" em países como a China, que estão fora do alcance das leis americanas. A medida, aprovada pelo comitê do Senado em uma votação de 19 a 0, tem o apoio de companhias como a Disney, Nike, Merck e Time Warner, além de grupos como o Screen Actors Guild. A Motion Picture Association of America e a Câmara do Comércio dos EUA.

Quinzena que vem tem mais....

Abraços,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

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