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E D I T O R I A L
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FERNANDO TOSCANOREFLEXÃO - O Brasil está melhor, mas também está mais caro - A passagem do governo do PT pelo Brasil nestes últimos oito anos foi, no meu entendimento, bastante positiva, mas, também, trouxe muitos problemas novos. Sou apartidário porque partido político é igual à religião: em todos eles há bons e ruins; honestos e desonestos, principalmente porque todos são serem humanos cheios de defeitos e falhas. Neste último final de semana estive conversando demoradamente com um irmão que é executivo de um banco canadense, em Toronto, mora ali há dez anos, pude comparar muitas questões e me surpreendeu o fato de que, para a classe média e acima, viver no Brasil está mais caro do que num país de primeiro mundo como o Canadá. Citarei alguns exemplos: ele possui esposa e duas filhas pequenas; paga 40% de imposto de renda retido na fonte, mas tem escolas em tempo semi-integral para as filhas (das 08h às 15h), com lanche e almoço inclusos, de graça; possui tratamento médico e odontológico gratuito (médico pago pelo Estado e odontológico pela iniciativa privada); gasta mensalmente cerca de CA$ 500.00 (em torno de R$ 850,00) com supermercados - menos do que eu que não tenho mais filhas para criar; trocou os quatro pneus do seu veículo, que por coincidência é igual ao meu (Bridgestone 235/16) por CA$ 500.00 (R$ 850,00) incluindo aí alinhamento e balanceamento (no Brasil o custo é de aproximadamente R$ 2.800,00), IPVA, IPTU, seguro, combustíveis, tudo mais barato. Além desses fatores ainda há algo importante a ser avaliado: ele adquiriu uma residência de alto padrão, sequer conheceu o vendedor, pagou CA$ 500.00 (por coincidência tudo foi CAD$ 500.00) a um advogado que contatou o advogado da outra parte e ambos assinaram a documentação e arquivaram no registro público. Em 4 horas ele estava com a escritura e as chaves da sua nova residência, financiada pelo banco sem qualquer burocracia, sem registro (nem ITBIs), nem taxas, nem cartórios.

O Brasil precisa evoluir. Primeira questão: O Imposto Único, defendido pelo brilhante economista Dr. Marcos Cintra, tem o meu apoio incondicional; o Brasil complica e isso gera desorganização fiscal, sonegação e prejuízo ao Estado com tantos controles, tantos servidores especialistas que são necessários e ainda com a perda de recursos que deveriam estar nos cofres da União. Outra questão: Transportes. O Canadá possui trens de alta velocidade e segurança, em horários rígidos, são limpos e seguros. Citando ainda o exemplo do meu irmão, ele possui um veículo com seis anos de uso com 30.000km rodados - por que? Não precisa: jamais, em dez anos, foi um dia sequer de carro para o trabalho. Utiliza apenas trens e metrôs (detalhe: com redes wireless). Terceira questão: crédito. Os bancos concedem crédito fácil para aquisição de veículos e bens móveis e imóveis sem burocracia. Os juros? 2% ao ano; o limite? No caso do meu irmão cerca de quatro vezes o salário bruto dele. Inadimplência: próxima de zero. Quarta: Educação. Professores bem remunerados, escolas de alto nível de ensino, segurança e limpeza, analfabetismo próximo a zero. Se um aluno faltar sem motivo médico os pais podem ir presos se a culpa for deles ou estes derem causa à falta. Por aí vai...

A questão do bolsa família tem a sua importância no Brasil ("lá eles não precisam disso porque a pobreza de lá é diferente da de cá"). O dinheiro depositado pelo governo federal beneficiando famílias de baixa renda trouxe, por exemplo, dinheiro para o interior do país (principalmente norte e nordeste), movimentando a economia local e, indiretamente, a economia dos grandes centros também, senão vejamos: a família recebe o bolsa família, adquire alimentos no mercadinho, que compra de um atacadista ou varejista maior, que compra de um grande atacadista ou diretamente do fabricante. O grande atacadista e as fábricas, geralmente, estão nos grandes centros. Por esse lado trouxe mais renda e dignidade à população carente, mas e escolas, transportes, saúde, segurança? Nesse aspecto o Brasil se iguala aos países pobres do continente americano. Como dizia Jesus: "Não dê o peixe, ensine a pescar". Essa bolsa família também trouxe gente preguiçosa para o mercado. Recentemente li num jornal de grande circulação: "O bolsa família trouxe um problema adicional. As pessoas preferem ficar em casa à espera do dinheiro público do que trabalhar, produzir e trazer riqueza e prosperidade para ela e para o país". É um fato inquestionável e tenho exemplos disso diariamente.

Um outro fato que o nosso governo deve se preocupar. A segurança pública é lastimável e o custo prisional elevadíssimo. Os presos deveriam, obrigatoriamente, trabalhar para se sustentar. Como pode o governo pagar tudo para um preso, que trouxe danos à sociedade, e não dar comida, banheiro, saúde e moradia aos demais? Quantos brasileiros estão nas ruas sem local para dormir, sem banheiro, sem um chuveiro e, principalmente, sem comida e tratamento médico? Só porque são honestos estão nessa situação... a prisão agrícola é uma das saídas; fábricas prisionais deveriam ser criadas. Os presos têm que pagar o seu custo.

Numa outra oportunidade sigo com matérias semelhantes. Há muito o que falar...

Rapidinhas...

- A Câmara Americana de Comércio promoverá o IFRS – International Financial Reporting Standard, que acontecerá em 08 de novembro e que tem como objetivo apresentar o IFRS aos sócios da Amcham, pois especialistas do mercado alertam que a maioria dos 5 milhões de empresários que serão obrigados a usar o novo padrão nos seus negócios não faz a menor idéia do que seja IFRS nem nunca viu o balanço da sua própria empresa. Mais detalhes no www.amcham.com.br. O evento tem o apoio do Portal Brasil e da Associação Brasileira de Previdência - ABRAPREV.

- Os impostos e contribuições atingiram o total recorde de R$ 63,4 bilhões em setembro, com aumento real de 17,7% frente a igual mês do ano passado. Esse desempenho elevou o resultado acumulado em 2010 para R$ 579,5 bilhões, com expansão real de 13%. Em termos nominais, o acréscimo foi de R$ 67 bilhões no caixa do governo. A comparação com uma base elevada de arrecadação no último trimestre de 2009 fará a receita com tributos federais registrar taxas de crescimento menores em outubro, novembro e dezembro em comparação às altas variações verificadas nos nove primeiros meses do ano.

- Com um orçamento anual de R$ 2,7 bilhões para a concessão de bolsas de estudo para mestrado e doutorado e financiamentos na área de pós-graduação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) agora volta suas ações para a educação básica brasileira. O presidente da agência federal de fomento à pesquisa, Jorge Almeida Guimarães, explica que a baixa qualidade nos níveis fundamental e secundário e a formação precária dos professores das escolas públicas já comprometem o desempenho nos ciclos superiores e, consequentemente, o "crescimento chinês" da produção científica no país e da titulação de mestres e doutores.

- O Senado Federal passará por uma mudança quantitativa, como todo mundo já sabe, reduzindo-se a representação dos partidos que são oposição e ampliando-se a bancada do governo Lula, resultado de uma tarefa a que o presidente se dedicou com obsessão, declaradamente para vingar a derrubada do imposto do cheque pelos parlamentares de oposição da Legislatura em vigor. Esse é um dos fatos de maior destaque produzidos nas urnas de 3 de outubro, embora, isto só se saberá nas urnas de 31 de outubro, não seja possível ainda dizer quais partidos serão governo e quais ficarão na oposição na próxima Legislatura.

- O Brasil deve terminar este ano com 196 milhões de assinantes de celulares, numa alta de 12,6% em relação a 2009, se consolidando como o quinto maior mercado do mundo para telefonia celular, somente atrás da China, Índia, Estados Unidos e Rússia, de acordo com estimativas. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) anunciou ontem, por outro lado, que o número de internautas no mundo dobrou nos últimos cinco anos e ultrapassará a marca de 2 bilhões ao final do ano. Ou seja, um terço da população mundial tem acesso a web. Nos países em desenvolvimento, são 1,2 bilhão de pessoas.

Quinzena que vem tem mais....

Abraço,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

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