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A DECISÃO DE DANIEL E SEUS AMIGOS - Parte II
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
        

            Israel foi nação de ânimo doble, instável, caso único de um povo que trocou seu DEUS, o DEUS verdadeiro, por deuses das nações circunvizinhas que não andam, não ouvem e não falam, até que a profecia de Moisés se cumpriu com a queda de Jerusalém nas mãos de seus inimigos babilônicos.

            Quem viveu em exílio, não viveu, sangrou a alma no exterior na dor mais lancinante das que se pode experimentar, como a perda de um ente querido por exemplo. Quando se sofre há amigos, familiares, a língua, a pátria, a cultura a consolar. No exílio se esvai tudo, menos a vida como último sopro existencial.

            Daniel, Misael, Azarias e Hananias foram levados cativos por Nabucodonosor à Babilônia, o qual os pôs nas mãos de Aspenaz, eunuco responsável pela formação intelectual de jovens candidatos a servirem o rei como conselheiro, lhes dispondo que comessem de suas iguarias, noutra dicção que comessem da mesma comida servida na mesa do rei.

            Ocorre que eram comidas finíssimas mas oferendas aos deuses babilônicos, portanto abominação aos judeus que serviam e adoravam ao DEUS único e verdadeiro, criador dos céus e da terra.

            DEUS retirou Israel do Egito, um povo escravo sem exército, organização, armas, significância e poderio, e o fez por amor ao seu amigo Abraão, usando um ancião e seu cajado: Moisés.

            Anos depois por meio de Davi, o grande rei Davi, Israel experimentou o apogeu político e espiritual, dominou e subjugou nações inimigas de DEUS pelo pecado, assim como acolheu estrangeiros que vinha a Jerusalém adorar e conhecer o DEUS verdadeiro e vivo.

            Mas o pecado renhido de Israel lhe atraiu as maldições prescritas por Moisés no capítulo 28 de Deuteronômio.

            Daniel e seus amigos sucumbiram ao abismo cavado pelos pecados de seus antepassados, à voragem furiosa do império babilônico. Poderiam questionar a existência de DEUS, o DEUS que retirou seus antepassados da casa da escravidão egípcia.

            Nesse viés, comer das iguarias do rei conquistador seria um bônus, um oásis em meio àquele deserto de dor e revés, o que muitos fariam, mas não Daniel e seus amigos. Resolutamente resolveram não se contaminar.

            Tiago, irmão de JESUS, em seu livro homônimo capítulo 4, versículo, adverte aos que servem a DEUS que rejeitem o ânimo doble, instável, defecção estranha a essa pequena plêiade israelita, a esses jovens - Daniel, capítulo 1: 

“1  No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.

2  E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.

3  E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes,

4  jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.

5  E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei.

6  E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias;

7  E o chefe dos eunucos lhes pós outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego.

8  E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.

9  Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

10  E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.

11  Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:

12  Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.

13  Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.

14  E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.

15  E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.

16  Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava legumes.

17  Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.

18  E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor.

19  E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram (assistindo) diante do rei.

20  E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.

21  E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.” 

            O texto desvela que DEUS e sua poderosa mão invisível guindou Daniel em graça diante do despenseiro que lhe atendeu o pedido e, o maravilhoso, findo os dez dias de prova derramou sabedoria e conhecimento e os tornou dez vezes mais sábios que os sábios babilônicos, para cada dia de prova um fator diferencial multiplicador.

            Dez dias de sacrifício a favor do DEUS verdadeiro a que temiam foi a escolha de Daniel e seus amigos a despeito da adversidade; dez vezes mais sabedoria foi a resposta de DEUS.

            Paz.

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