Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

R E L I G I Ã O
3 0
 /  M A I O  /  2 0 1 0

O BEIJO DO NOIVO
Por Bruno Aníball Peixoto de Souza, colunista do Portal Brasil
           

            Todo o pecado é contra DEUS ainda que seu efeito atinja crianças, velhos, adultos, famílias e, mais, todo o pecado apresenta plexos, relações de causa e efeito destrutivas maiores que a capacidade humana de compreensão, conquanto se creia no seu âmbito interno, individual e estanque, ou seja, que um pecado se restringe ao âmbito a quem o pratica, assim como, noutro giro, uma vida de santidade abençoa gerações.

            Um esposo que resolve deixar a esposa pelo desejo sexual desenfreado por outras mulheres destrói o referencial de esposo e marido de seus filhos e, se não os houver, destroça a estrutura emocional da esposa, inflige sofrimentos à família dela, enfim, o poder destruidor do pecado desborda o viés individual estanque.

            É comum que casais separados sejam filhos de pais separados e, que as meninas inconscientemente busquem amantes com os mesmos defeitos dos pais – vícios, infidelidade, violência. Com o pecado o homem perdeu o referencial da primeira família – DEUS PAI, DEUS FILHO e DEUS ESPÍRITO SANTO -  e vive como na canção do U2 “Wake Up Dead Man”: 

Jesus, Jesus help me
I'm alone in this world
And a fucked-up world it is too.”
 

            Esse é o refrão de um mundo sem pai, de órfãos gerados dentro e fora de uma estrutura familiar, porque uma família pode apresentar aparência sem a essência. Na canção “Raoul and the kings of Spain” do Tears for Fears se encontra esta frase:

“Did you know your father was an island
Did you know your mother was the sea
Can we ever hope to seek asylum
From the bounds of fate and family”

            A despeito da degeneração familiar desfigurar pais e mães, os pais usualmente são “ilhas” – islands – isolados em seus próprios interesses e as mães “mares” – seas - , com uma capacidade quase infinita de tirar de onde não se tem para suprir seus filhos.

            Mantida as devidas proporções, essa é a realidade, há mais falha no papel da paternidade que na de maternidade, daí a dificuldade de se entender o amor do DEUS PAI pela falha no referencial humano e, de se compreender JESUS como o noivo espiritual cheio de amor.

            A palavra sexo assumiu conotação negativa, deturpada, de depravação desenfreada. Mas o sexo é uma “pale copy” , uma cópia pálida de uma dimensão maior, a união espiritual do noivo JESUS com a noiva igreja. Isso soa loucura pelo desconhecimento da Escritura e da própria dimensão em que o homem foi criado. Porém insanidade é viver longe da compreensão daquele que chamou todas as coisas à existência, as quais, por sua vontade vieram a existir.

            Quando JESUS andou pelo território de Israel o ESPÍRITO DE DEUS o conduziu por uma rota diferente, levando a um poço usado por samaritanos, povo inimigo de judeus a ponto de não conversarem. Sentado observou chegar uma samaritana para retirar água e irrompe num diálogo improvável. Usando a necessidade dela – tirar água – lhe oferece uma manancial de águas espirituais.

            Orbitando o tema água, ELE trata de coisas espirituais; ela, terrena. E o diálogo insólito segue até que JESUS toque em seu ponto sensível, momento em que reconheceu que ELE, JESUS, era o MESSIAS – João, capítulo 4, versículos 4 a 45:

            “E era-lhe necessário passar por Samaria. Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos). Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede. Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la. Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido. Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer? Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo. E dois dias depois partiu dali, e foi para a Galiléia.”

            O texto inicia com “era lhe necessário passar por Samaria”, necessário por quê? Porque JESUS queria encontrá-la e iniciou pedindo água para, em aparente contradição, lhe oferecer água viva que fluiu para vida eterna.

            Da necessidade física – a água – JESUS suscita a espiritual, a sede da alma, e lhe pede que chame seu marido, ao que ela redargüiu que não o tinha. JESUS a elogia porque sabia que aquele com quem ela vivia não lhe era marido, tanto quanto não o foram os cinco anteriores.

            E quem tem autoridade para saber se eram ou não maridos? ELE, JESUS o noivo – Lucas 5:35, Apocalipse 22:17. JESUS lhe sai ao encontro, desvia sua rota, lhe manda chamar o marido, uma forma suave de indicar seu ponto espiritual aberto à atuação maligna, porque ELE, JESUS, queria ser o seu NOIVO.

            A partir dali aquela samaritana casaria, teria seu marido, seus filhos, sua casa, e não mais a ilusão e o engano que o diabo propicia usando pessoas escravas do pecado e circunstâncias, pois se casara com JESUS, a fonte de águas vivas.

            No capítulo 17 de João JESUS ora ao PAI e atesta que o mundo não o conheceu, nem a ELE nem ao PAI, e assim segue até hoje vendo o JESUS histórico, não o real.

            Se não o conhece, menos ainda experimentará a doçura do beijo do NOIVO, o beijo de JESUS. Marido é todo aquele que além da fidelidade se dispõe a dar a vida pela esposa, num comprometimento maior que dizer não a outras mulheres, é algo que envolve sangue.

            Foi assim que JESUS amou a noiva, a igreja formada por todas as pessoas que o amam acima de tudo e de todos e é esse o tipo de casamento que JESUS proporciona, quando convidado às bodas.

            E é assim que os filhos da nova geração são abençoados, vendo o papai beijar a mamãe com o carinho que absorveu do noivo JESUS.

            A todos os que quiserem, homens e mulheres, o beijo do NOIVO.

            Paz.

Leia outras colunas sobre Religião ==> CLIQUE AQUI

A PROPRIEDADE INTELECTUAL É DO COLUNISTA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS A SEU AUTOR E AO PORTAL BRASIL


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI