Livro de Tiago, o apóstolo irmão de JESUS, capítulo 2, versículos 19 a 25: 

            “Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus. Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas. E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural. Porque se contempla a ­­­si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” 

            O que Tiago quis dizer com a figura de alguém que se olha no espelho, se vai e esquece de como era o rosto natural? A resposta perpassa pela lei perfeita da liberdade, a Bíblia, na dicção do grande rei Davi – Salmo 19, versículos 7 a 14:

            “A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa. Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhorie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!”

            Adiante, a resposta também requer percepção de outra dimensão da Bíblia como palavra de DEUS que é, a saber, que JESUS é o verbo que se fez carne e habitou entre nós, que se fez palavra conforme outra versão, enfim JESUS é a palavra e o verbo de DEUS – evangelho de João, capítulo 1, versículos 1 a 3, versão NVI:

            “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens.” 

            A identificação de JESUS com a Palavra de DEUS se observa também em Apocalipse, capítulo 10, versículo 19, porque a Bíblia é a coletânea de livros interligados pela dimensão profética que dimana do ESPÍRITO SANTO DE DEUS, ou seja, foi o ESPÍRITO SANTO DE DEUS quem a escreveu por meio de diferentes escritores, diferentes línguas e diferentes épocas; e o testemunho de JESUS é o cumprimento da profecia:

            “Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.” 

            Eis a primeira premissa, a lei perfeita da liberdade repousa plenamente em JESUS, a essência do Novo Testamento e do Velho Testamento. A segunda está em Gênesis, capítulo 1, versículos 26 e 27:

            “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” 

            Dado a primeira e a segunda premissa, eis o silogismo, a conclusão, o homem foi feito a imagem e semelhança de DEUS, portanto sua imagem reside em DEUS, o rosto natural descrito por Tiago, e a Bíblia é o espelho de DEUS.

            Mas quando o homem houve a Palavra de DEUS, que é JESUS, e não guarda nem obedece, deixa de observar a lei perfeita da liberdade e esquece sua imagem, a original delineada por quem o fez, DEUS, e segue um ser distorcido, denegrido, desconexo, que mal se entende porque escravo do pecado pela queda no jardim do Éden ao desprezar a lei da liberdade.

            Esse é o espelho de Tiago.

            Paz.

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