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EXPANSÃO DA GM CONTA COM APOIO DE FÁBRICA EM MOGI DAS CRUZES
Por Marli Olmos (*)

No fim de 1999, a General Motors inaugurou em Mogi das Cruzes (SP), na região do Alto Tietê, uma fábrica dedicada exclusivamente à produção de peças estampadas de reposição para carros que saíam de linha. Servia para socorrer proprietários de velhos Monzas e Chevettes que precisavam consertar os veículos. Com a expansão do mercado de carros novos, as linhas de Mogi desenvolveram uma nova vocação: passaram a produzir estampados, como portas, capôs e paralamas, também para veículos em produção. Foi uma forma encontrada para desafogar as fábricas irmãs, sufocadas pelo crescimento da demanda.

A operação de Mogi é um exemplo de onde pode chegar a criatividade da manufatura automotiva quando as vendas crescem. Várias montadoras desenvolveram métodos para elevar o ritmo de produção antes de investir em ampliação industrial. A própria GMcostuma transportar carros de uma fábrica para outra para a finalização da pintura.

A solução encontrada em Mogi das Cruzes é única no mapa mundial de manufatura da General Motors. Quando foi inaugurada, a operação parecia fadada a ser uma eterna produtora de peças para os modelos velhinhos, fora de linha. E, de fato, foi assim há até três anos.

"Em 2008 percebemos que essa unidade se mostrava altamente produtiva", afirma Francisco Torrez, superintendente de manufatura. Ele próprio, aliás, foi transferido da fábrica de Gravataí (RS) para Mogi para comandar a nova fase. A partir daí, além de abastecer o mercado de reposição de modelos que já saíram de linha, a operação passou a fornecer peças estampadas dos carros em produção.

A maior vantagem de usar as instalações de Mogi para ajudar no processo de montagem de outras fábricas é a localização. O prédio industrial fica entre duas importantes fábricas da GM - São José dos Campos, no Vale do Paraíba, e São Caetano do Sul, no ABC - e ainda é vizinho do Rodoanel: 10 quilômetros o separam da estrada que chega para aliviar o tráfego de caminhões que cruzam os centros urbanos de São Paulo.

Dali saem peças que irão se juntar a outras para montar carros em São José dos Campos, distante 58 quilômetros de Mogi, e também em São Caetano do Sul, que fica a 50 quilômetros. Esse deslocamento de componentes vem crescendo. Segundo Torrez, o volume de viagens aumentou quatro vezes desde 2008. "São 1,8 mil saídas de carretas por mês só para a fábrica de São Caetano", destaca o executivo. Nessas viagens seguem, por exemplo, assoalhos do modelo Classic, produzido em São Caetano.

Segundo Torrez, essa operação de manufatura funciona com limite de estoque de oito horas. Ou seja, esse é o tempo máximo para que o estoque da linha do ABC seja reabastecido com peças produzidas em Mogi. A fábrica que mudou de vocação também serve como base para a pintura de componentes. E ainda abastece Gravataí, no Rio Grande do Sul. São 40 viagens por mês para a unidade gaúcha, segundo Torrez. Há mudanças visíveis no prédio que ocupa 101 mil dos 427 mil metros quadrados do terreno às margens da Via Dutra , doado pela Prefeitura de Mogi à época da construção. Para abrir espaço, antigas áreas de armazenamento de componentes deram lugar a linhas de produção. O estoque de peças passou para um centro de distribuição em Sorocaba, a 100 quilômetros de São Paulo. Durante esse processo, já praticamente concluído, a GM montou uma espécie de tenda provisória no próprio terreno da fábrica de Mogi, que serviu para abrigar as peças durante o período de transferência.

De qualquer forma, o projeto de expansão ali é ousado. Em 2010, saíram dessa fábrica 10,1 milhões de peças, o que correspondeu a um crescimento de quase 19% na comparação com 2009. A meta para 2011 é avançar para 10,6 milhões de itens. Trata-se de um grande salto para uma empresa que nasceu com a produção anual de 1,5 milhão de peças.

Os 837 operários da produção se revezam em dois a três turnos, dependendo da área. A GM tem aberto mais vagas na unidade e pretende chegar ter em 2011 total de 1,2 mil trabalhadores incluindo mensalistas e terceirizados. Falta, ainda, um complemento: Como em todas as fábricas da montadora no país, os funcionários de Mogi vão ganhar um clube. A área de recreação, de 7,5 mil metros, com direito a churrasqueira, ao lado da fábrica, já está quase pronta.
TÍTULO E MATÉRIA EDITADOS PELO PORTAL BRASIL - TODOS OS DIREITOS PRESERVADOS AO SEU AUTOR.

(*) Marli Olmos é jornalista do Valor Econômico onde a matéria foi publicada originalmente.

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