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C  I  N  E  M  A
C R Í T I C A

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ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS


Estamos juntos - Grande vencedor do 15º Cine PE, de onde saiu com os prêmios de melhor filme, direção, atriz, roteiro, fotografia, montagem e prêmio da crítica, Estamos Juntos chega aos cinemas brasileiros tendo como maiores méritos as atuações de Leandra Leal e Cauã Reymond.

O filme conta a história de Carmem (Leal), uma jovem médica na cidade de São Paulo. Com poucas e frágeis amizades, além de seu amigo de infância Murilo (Reymond), conhecido DJ e gay assumido, Carmem vive uma sedutora aventura amorosa com Juan, um músico argentino (Nazareno Casero), ao mesmo tempo em que divide sua intimidade com um enigmático homem (Lee Taylor). Inesperados sintomas de uma doença fazem sua vida resguardada virar de cabeça para baixo.

Apesar do brilho maior de Leandra Leal, o elenco como um todo se sai bem. Cauã Reymond surpreende ao adotar trejeitos e um tom de voz afeminado, se destacando especialmente quando seu personagem, Murilo, briga com Carmem. Nazareno Casero, o objeto de desejo dos amigos, explora o charme latino ao flertar e usa cantadas que beiram a cafajestagem. Contra si há o fato de seu personagem ser dono de alguns diálogos frágeis, que soam estranho diante da situação em que está envolvido. Há ainda Lee Taylor, responsável pelo suspense da história. Sua identidade é uma incógnita, plantada com habilidade pelo diretor Toni Venturi de forma a incitar a dúvida no espectador.

Com um bela fotografia, explorando imagens panorâmicas de São Paulo e ainda ângulos inusitados dos personagens, Estamos Juntos também aborda o lado social da cidade ao usar o Movimento dos Sem-Teto em uma das subtramas. Um meio de situar a história fisicamente e também de fazer a ligação entre a autosuficiência de Carmem e a necessidade de viver em coletivo do movimento retratado. Bom filme, que usa a solidão para falar do difícil momento em que a vida é tirada de si, resultando na morte psicológica antes dela se tornar física.

X-Men: Primeira Classe - A vida é feita de escolhas e você deve ser responsável por elas. Este filme é um caso evidente da escolha acertada em começar tudo de novo e apresentar para o espectador a origem dos mutantes da Marvel. Para quem pensa em parar de ler o texto porque quadrinhos é coisa de nerd, a opção pode ser um erro porque trata-se de uma obra-prima do entretenimento, com conflitos consistentes e envolventes.

Na trama, Charles Xavier (James McAvoy) tem poderes telepáticos, é um estudioso sobre a raça humana e segue a tese darwiniana da extinção dos menos evoluídos, enquanto Erik (Michael Fassbender), através de campos magnéticos, consegue manipular qualquer metal. A diferença é que o primeiro vê nos super poderes uma chance de ajudar no futuro da humanidade e o segundo enxerga neles um caminho para reviver um fantasma do passado: a segregação.

Do outro lado, Sebastian Shaw (Kevin Bacon) é um ex-cientista do nazismo interessado em provocar um confronto entre Estados Unidos e a (agora extinta) União Soviética. O roteiro, malandramente, insere cenas verdadeiras (em preto e branco) do presidente Kennedy na televisão e o objetivo, claro, é situar você no cenário da histórica rixa entre as duas potências, mas dentro deste universo fantástico. A ideia funcionou e não ficou datada.

Assim, durante as mais de duas horas de projeção, o espectador livre de preconceitos será envolvido por uma aventura bem amarrada, com ritmo, ótimos efeitos especiais, humor nos diálogos (mais ainda para iniciados) e, acima de tudo, um climão daqueles que deixam você ligado no próximo acontecimento. A trilha sonora incidental é marcante e digna de destaque, assim como Erik/Fassbender, que rouba a cena, apesar de outros personagens interessantes. (Por Roberto Cunha).

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