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E D I T O R I A L
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FERNANDO TOSCANO

OPINIÃO - Diferenças na gestão de empresas privadas e públicas - Há algumas diferenças fundamentais entre a área privada e a pública. Enquanto na primeira o gestor pode fazer tudo aquilo que não for proibido, na outra é necessário seguir o que a lei manda, dentro dos rigores dos ritos administrativos.

Não é raro que líderes egressos da área privada queiram impor o seu modo de proceder no setor público e fiquem impacientes com a resistência dos subordinados. Além disso, a avaliação de desempenho é algo complexo de se realizar na prática. Sem um mapeamento adequado de competências, atrelado a metas estratégicas factíveis, complementado por definições de habilidades e atitudes requeridas para atingir aquele objetivo, ela fica crivada de subjetividade. E isso quase sempre é um julgamento do do outro, construído sob bases inadequadas, causando irritação e sentimento de injustiça.

Diz a boa técnica que o feedback é um acompanhamento do indivíduo, voltado para o desenvolvimento das suas competências, habilidades e atitudes. Dado que na área pública há uma grande cobrança pelos processos e pelos ritos, é difícil afirmar, sem ter feito um trabalho anterior cuidadoso, se o que você chama de desempenho inferior realmente o seja.

Sabemos que, infelizmente, a nossa querida República sofre, desde a sua origem, do sequestro das suas estruturas para fins privados. Com frequência, os profissionais da área se sentem subaproveitados e, às vezes, são atropelados em sua carreira por aqueles que recebem cargos de confiança e entram no comando sem conhecer o que já foi feito.

Muitos afirmam que, a cada eleição e troca de chefia, chegam pessoas trazendo projetos que ignoram todos os esforços anteriores, como se ali só houvesse gente preguiçosa e incapaz. Há uma ruptura das relações de confiança entre chefes e subordinados que desestimula a cooperação, reduzindo a motivação e o engajamento. Culpar indivíduos por isso não vai ajudar. É necessário aprimorar os modelos de administrar e as estratégias de gestão de ativos intangíveis, sendo confiança, nesse caso, o principal deles.

Antes de tudo, é importante ouvir. Depois, buscar equacionar os problemas que surgem e definir metas de acordo com as possibilidades concretas de solução. Se, nesse processo, as pessoas tiverem dificuldades, aí sim o feedback deve entrar. Se feito adequadamente, ele gera vínculos positivos, melhora o relacionamento e o grau de interdependência entre os membros da equipe, com considerável impacto sobre os resultados. Nesse caso, não há porque temer retaliações.
POR: Marco Tulio Zanini, Professor de Mestrado da FGV

TAV - LICITAÇÃO - Governo adia novamente edital do TAV - A pressão por redução de impostos ligados à importação de equipamentos pesados vai centralizar os debates nas próximas semanas entre o governo e os consórcios interessados em assumir o projeto do trem-bala que vai ligar Campinas ao Rio. O governo oficializou o adiamento do leilão do trem de alta velocidade por 90 dias. O recebimento de documentação e a abertura de propostas - que ocorreriam nos dias 11 e 29 de abril - foram remarcados para 11 e 29 de julho.

No pacote de desoneração tributária, os consórcios também querem incluir a redução dos índices exigidos para nacionalização de equipamentos. A regra atual fixa um aumento gradativo de componentes fabricados no Brasil ao longo da construção e operação do trem. O edital estabelece, por exemplo, que pelo menos 15% dos materiais usados no material rodante (trem) sejam fabricados no país no início da operação. Esse índice de nacionalização chegaria a 60% dos componentes no prazo final da concessão, que é de 40 anos.

Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), disse que há espaço para "ajustes" no edital, mas que até o momento nenhuma mudança foi prevista.

Nos últimos meses, o governo foi pressionado para alterar, inclusive, o modelo de concessão desenhado para o projeto. Empreiteiras e fabricantes de trens queriam convencer o governo a assumir 100% o risco da obra, contratando a todos apenas como fornecedores, ou seja, sem qualquer participação direta ou risco com o negócio. A alternativa foi descartada.

Quantos aos cortes de impostos, diz Figueiredo, não há muito espaço para grandes cortes. O trem-bala já está incluído no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), além da isenção de ICMS em São Paulo e Rio de Janeiro. "Já tivemos uma discussão com o Ministério da Fazenda e buscamos a desoneração que foi possível fazer, mas vamos analisar os pedidos", disse.

Qualquer alteração no edital pode ser feita até 15 dias antes da data de recebimento das propostas. Algumas demandas dos empresários, sinalizou o diretor da ANTT, não terão espaço sequer para discussão. Entre elas está a ampliação da linha de financiamento de R$ 20 bilhões pelo BNDES, MP aprovada esta semana pela Câmara e que segue para o Senado. "Quem quiser pegar mais recursos terá de buscar em outras linhas de crédito", disse Figueiredo. Nada muda também no aporte da estatal Etav previsto para o empreendimento, de R$ 3,4 bilhões, o que significa 10% do preço total calculado para o trem-bala, de R$ 34 bilhões. "Se o valor final do projeto for maior, a participação do governo será diluída", comentou.

Sejam quais forem as mudanças no edital, as próximas semanas serão marcadas pela corrida dos fabricantes de equipamentos por parcerias com as empreiteiras locais. São as construtoras que, agora, devem dar as cartas nas negociações em torno do TAV.

O segundo adiamento do trem-bala - o primeiro foi em novembro - não mexerá com o cronograma previsto para o início das obras, garante o governo. A previsão é de que as construções comecem no segundo semestre de 2012. Apesar de ter admitido na semana passada que o projeto não deveria ficar pronto para a Olimpíada de 2016, Figueiredo disse ontem que a meta será concluir a obra antes dos jogos.

Rapidinhas...

- A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou ontem em audiência pública uma proposta que altera a Instrução 409, que regula os fundos de investimento. As propostas incluem, por exemplo, exigir que os administradores dos fundos realizem testes de estresse nos portfólios a fim de garantir que a liquidez da carteira está adequada ao prazo de resgate estabelecido. Outra sugestão contida no documento é estabelecer para os fundos um informe padronizado sobre rentabilidade, mostrando as taxas cobradas pelas carteiras e as despesas. Esse documento teria o nome de "demonstração de desempenho". Um dos objetivos dessa medida é dar mecanismos para que o investidor consiga comparar os fundos oferecidos no mercado, explica Francisco Santos, superintendente de Relações com Investidores Institucionais da CVM. "É uma forma de padronizar as informações e aprofundar a percepção do investidor do peso das despesas do fundo no desempenho", diz.

- O mundo entrou num período de escassez de petróleo, afirmou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI) em documento que examina a recente alta das cotações do produto, um dos assuntos que deverão dominar os debates econômicos na reunião de primavera do organismo na semana que vem em Washington. O crescimento global tende a ser prejudicado, mas o Brasil deve sair ganhando, como um novo exportador do produto. "De forma geral, o efeito é claro: o Brasil vai se beneficiar da escassez de petróleo, assim como outros exportadores de petróleo", disse o coordenador do estudo do FMI, Thomas Helbling. Mas, segundo ele, o país tem diante de si o desafio tecnológico e os altos custos de explorar petróleo no mar em águas profundas. Ontem, o petróleo bateu na cotação de US$ 110 o barril em Nova York. "A principal mensagem é que a escassez de petróleo será um forte limitador para o crescimento global no médio prazo", disse Helbling. Também deverá levar a uma transferência de renda para países produtores. Esse dinheiro deverá ser reciclado na economia global, levando a uma aumento do fluxo de capitais sobretudo para países emergentes.

Quinzena que vem tem mais....

Abraços,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

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