Área Cultural

Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal


E D I T O R I A L
1 6  /  J U L H O  /  2 0 1 1

FERNANDO TOSCANO

NEGÓCIOS - Ser a Petrobras do setor ainda é sonho para a Eletrobras - Quatro meses depois de assumir o cargo, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, sabe que tem muito a fazer para transformar a empresa na " Petrobras do setor elétrico", como anunciado na administração passada. A empresa ainda tem valor de mercado equivalente a apenas 36% do seu patrimônio, no caso das ações ordinárias, e 45% no caso das preferenciais. Carvalho Neto conhece os problemas, muitos dos quais atribui ao fato de não ter as liberdades da Petrobras, como a liberação da Lei das Licitações (Lei 8.666), e o peso de ser parte do cálculo de superávit primário do Tesouro, o que limita investimentos. Desse último a empresa já conseguiu se liberar, mas a proposta ainda não foi regulamentada.

No ainda longo caminho para transformar a Eletrobras, Carvalho Neto menciona as medidas para a unificação da gestão das subsidiárias, que seu antecessor já chamou, em tom de brincadeira, de "descontroladas" da Eletrobras. As subsidiárias Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul, só para citar as maiores, sofrem grande influência política regional e só agora terão o mesmo estatuto e serão obrigadas a agir segundo a holding.

São coisas difíceis de imaginar em se tratando de uma companhia aberta, que negocia ADRs nível 2 na Bolsa de Nova York. Somente na gestão de José Antonio Muniz Lopes, que agora é diretor de transmissão da estatal, o problema começou a ser resolvido com a negociação de um estatuto único. Carvalho Neto agora garante que todas as empresas vão ter o mesmo estatuto, com uma política de cargos e de remuneração válida para todas.

O executivo enumera uma série de amarras das quais a companhia está, aos poucos, se livrando. Exemplo é a geração de energia na região Norte, onde a empresa arcava com os custos de geração que superavam a receita obtida do governo com a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), um dos muitos encargos setoriais que são pagos por todos os consumidores de energia.

"A CCC antes só pagava o óleo. Hoje paga a diferença entre o custo que se tem lá e o custo aqui no Sudeste, que antes era carregado na Eletrobras", explica. Outra fonte de prejuízos é a energia nuclear, cuja tarifa não representava o custo efetivo de geração. A diferença ficava na Eletrobras e agora o valor será negociado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Também mudou a forma de contabilizar os empréstimos da holding para as coligadas, o que foi possível com planejamento tributário.

As seis distribuidoras federalizadas também vão ter modelo modificado. Antes tinham a gestão centralizada, mas agora a decisão é nomear um diretor de operações para cada uma delas. "O modelo mostrou que é importante ter o cara da operação no local. E é isso que vamos fazer. O cara da operação vai estar no local", afirmou o executivo, ressaltando que o responsável pela operação terá cargo de diretoria. "Será um cara técnico, totalmente técnico", acrescentou. "Vamos tornar todas rentáveis".

O presidente da Eletrobras lista o que chama de quatro grandes problemas comuns a essas distribuidoras estaduais federalizadas, responsáveis por um passivo a descoberto de R$ 735 milhões, segundo o último balanço disponível. Perdas regulatórias maiores que a Aneel exige, o que faz com que a diferença saia do bolso do acionista; custo excessivo causado por geração cara sem o benefício da CCC; inadimplência acima da média; e custo operacional excessivo que não é repassado para a tarifa. O quarto problema citado é a comparação com a empresa de referência que, segundo Carvalho Neto, tem tarifas menores que as desejadas pelas distribuidoras. "Temos de ter competência para mostrar isso para a Aneel", afirma.

A Eletrobras tem um plano estratégico que, além do aumento das sinergias entre suas controladas e coligadas, pretende transformar a companhia na maior empresa de energia elétrica de fontes renováveis do mundo até 2020, com rentabilidade coerente com as das maiores do setor. Não vai ser fácil, e ele mesmo admite.

"O lucro líquido pelo patrimônio é pequeno e isso faz com que valor de mercado da empresa, medido em relação ao patrimônio líquido, seja menor do que deveria ser. Então, temos necessariamente que melhorar isso", destaca Carvalho Neto. "Precisamos aumentar a receita e diminuir custos. O que pretendemos realmente é fazer todas as ações que podemos para reduzir custos e termos projetos cada vez melhores", acrescenta.

Entre os projetos para redução de custos está um programa de desligamento voluntário que pretende reduzir em 400 o atual número de 1,4 mil funcionários da holding. Argumentando que há setores da Eletrobras com excesso e outros com carência de funcionários, Carvalho Neto se apressa em garantir que "não tem demissão" e que há estudos para implementar projeto semelhante nas controladas.

Quando questionado sobre as disputas entre empresas do mesmo grupo em consórcios diferentes para disputar concessões de hidrelétricas em leilões do próprio governo, o presidente da Eletrobras escapa da pergunta ao responder que todos os leilões são coordenados pela holding. Segundo ele, as empresas só vão disputar entre si quando forem formados dois grupos, justamente o que aconteceu nos últimos leilões de grande porte.

A estatal está no momento preparando seu plano decenal de investimentos. Carvalho Neto diz que o trabalho já está adiantado e estão sendo analisados todos os aspectos relacionados aos negócios da Eletrobras. E cita como exemplo o vencimento das concessões das hidrelétricas e o impacto disso sobre os investimentos. Ainda sem decisão do governo sobre o tema - as usinas podem ter concessão renovada ou serem relicitadas - a estatal está utilizando diversos cenários.

FONTE: Valor Online, Cláudia Schüffner e Rafael Rosas

Rapidinhas...

- Uma equipe internacional de médicos legistas confirmou ontem que o ex-presidente do Chile Salvador Allende suicidou-se durante o ataque de tropas militares ao Palacio de La Moneda em setembro de 1973. A informação foi divulgada pelo diretor do Serviço Médico Legal, Patricio Bustos, e pela filha do político, a senadora Isabel Allende. Segundo o especialista britânico em balística David Prayer, Allende morreu com um disparo de dois tiros após apertar o gatilho de um fuzil de assalto posicionado entre suas pernas e colocado sob o queixo. A conclusão científica confirma o que sempre sustentou Patricio Guijón, um dos médicos que acompanharam Allende até o último minuto.

- A deputada americana Michele Bachmann, do Estado de Minnesota, entrou de roldão na disputa pela candidatura do Partido Republicano à Presidência dos EUA nas eleições do ano que vem, e ficou em segundo lugar numa nova pesquisa do "Wall Street Journal" e da rede de televisão NBC News. Em primeiro está o governador de Massachusetts, Mitt Romney. E embora o presidente Barack Obama, que já anunciou que disputará a reeleição pelo Partido Democrata, continue à frente de seus rivais republicanos, um crescente pessimismo quanto ao futuro do país ameaça a sua candidatura.

- A China, e não o Brasil com a Embraer, será o terceiro grande competidor internacional no mercado de jatos nos próximos dez a vinte anos, só atrás da europeia Airbus e da americana Boeing. Essa pelo menos é a avaliação da Airbus, que projeta demanda de 26 mil aparelhos nos próximos vinte anos, sendo quase 18 mil (68% do volume e 40% em valor) de corredor único e com 120 a 180 assentos. É nessa categoria que a China começa a produzir seu primeiro jato de passageiros, o C919, que planeja colocar no mercado em 2016 para competir com jatos regionais da Embraer e da Bombardier, além do Boeing 737 e do Airbus 320. "O maior potencial está na China para se tornar o terceiro grande produtor de aviões", afirmou o vice-presidente de comunicação da Airbus, Rainer Ohler, a um restrito grupo de jornalistas, na sede da companhia, em Toulouse. "A Embraer tem espaço, vemos seus bons aviões cada dia em todo lugar", disse. O governo chinês vem usando centenas de milhões de dólares de subsídios para desenvolver sua indústria aeronáutica e reduzir a dependência em relação a produção estrangeira, para atender a crescente demanda de seu mercado. Pequim exerce poder para atrair tecnologia nas negociações de aquisições de novos aparelhos.

Quinzena que vem tem mais....

Abraços,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AOS SEUS AUTORES

LEIA OUTRAS COLUNAS AQUI


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI