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E D I T O R I A L
0 1  /  J U N H O  /  2 0 1 1

FERNANDO TOSCANO

Israel merece a sua visita! - Quem não teve a oportunidade ainda, deve conhecer Israel. Um país de contrastes, mas que demonstra grande crescimento econômico e evolução cultural. Em visita recente pude observar situações de difícil compreensão para nós brasileiros. Um país pequeno, com 22.072 km² - quase do tamanho de Sergipe, que tem 21.910 km² - e, mesmo assim ainda é dividido. Há a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (única região feia, suja e pobre do país), dominada pelos Palestinos; Jerusalém é uma cidade de ninguém e também de todos - lá judeus, árabes, palestinos e outros povos se misturam; sente-se no ar um clima de guerra, de que algo está para acontecer a qualquer momento. Mas o fato é que o país é muito bem policiado - especialmente em Jerusalém - e, nesses dez dias que lá estive, não observei nenhuma violência. Também não vi mendigos nem favelas. As estradas são muito boas - a grande maioria de pista dupla, asfalto perfeito. Só há um aeroporto - até para maior eficiência no controle - e que controle! É o Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, cidade mais moderna do país. O Mar Morto também é uma visão espetacular. Naquele deserto imenso, de terra e rocha, avista-se aquela água azul, sem vida, por causa do excesso de sal. Você pode se sentar na água, acredita? Não se afunda, se bóia... Israel está ampliando a área do "Dead Sea", construindo canais para transposição das suas águas; já existem excelentes hotéis à beira do Mar Morto. Também existem indústrias com produtos para a saúde e beleza com minerais extraídos do Mar Morto. As estradas pelo interior do país faz nos lembrar dos tempos de guerra - tanques, armamentos e estruturas militares (quarteis, pequenos fortes, arames farpados, depósitos, etc). Próximo ao Mar da Galileia, se descobre que o país é o principal importador e exportador de diamantes do mundo (importa o diamante bruto, lapida e vende ao mercado internacional). Visitei uma fábrica e fiquei encantado com o que vi. Próximo a Tel Aviv há o "Vale do Silício" deles. Grandes empresas como Microsoft, Sony, LG, Beko, etc estão ali instaladas.

Tel Aviv (Foto/Crédito: www.portalbrasil.net)          Cesarea (Foto/Crédito: www.portalbrasil.net)          Plantação no deserto (Foto/Crédito: www.portalbrasil.net)

Outro fato que marcou foi observar que o país tem muita, mas muita pedra. Até nas áreas urbanas, se você cavar a terra, se encontra pedra bruta após 15, 20 centímetros. Conhecer os locais onde Jesus Cristo esteve, onde as escrituras sagradas foram encontradas, museus, templos, mesquitas, tudo isso encanta. Mas o maior destaque mesmo é Jerusalém. Uma cidade tão antiga, mas muito agradável. Conheci o Jerusalem Mall, um ótimo shopping, no padrão dos melhores shoppings brasileiros. O país não é caro para o turista. O único ponto negativo foi a comida, mas para isso há uma explicação: um país de clima desértico, com tantas pedras, tem dificuldade em colher frutas e verduras saborosas. E elas existem, plantadas e colhidas no deserto (não são áreas irrigáveis porque o país sofre com a pouca água, mas a terra é mantida úmida através de sistemas contínuos de gotejamento). Na verdade o povo se orgulha de depender muito pouco do exterior. Para os mais exigentes há McDonald's e outras cadeias de lanchonetes internacionais. Israel ainda tem o Mossad - considerado o mais bem treinado e preparado serviço secreto do mundo; uma força aérea espetacular - caças supersônicos de alto desempenho construído por eles mesmos (denominados Kfir) e segurança garantida através do policiamento ostensivo. Quanta coisa num país tão pequeno!!!

Jerusalém vista do "Monte das Oliveiras" (Foto/Crédito: www.portalbrasil.net)          Mar da Galileia (Foto/Crédito: www.portalbrasil.net)          Manancial da águas termais (Foto/Crédito: www.portalbrasil.net)

Rapidinhas...

- Quanto mais eu viajo pelo exterior mais gosto do Brasil. Estive esse mês de maio passado em Israel, França (Paris) e Espanha (Madri e Barcelona). No Brasil as pessoas são mais felizes, o povo mais educado e comemos melhor. Os preços são justos - uma Coca-Cola aqui custa R$ 2,50 (R$ 1,30 no supermercado). Em Israel e Europa algo como R$ 12,00. Não é à toa que a Coca-Cola fatura lá tanto quanto aqui afinal o produto é vendido 6 e 8 vezes mais caro...

Lojas no free shop do Aeroporto de Barajas, Madri - maio/2011- Também quanto mais viajo, mais vejo que o Brasil pertence ao terceiro mundo, infelizmente. Vou citar alguns exemplos: Viajei de Madri a Barcelona, de trem, com 24 saídas diárias, a 302 km/hora - um espetáculo! Há 90 voos diários na rota Madri - Barcelona; o aeroporto de Madri tem 5 enormes terminais, servidores por metrô e ônibus confortáveis, com ar condicionado. Em Barajas (Madri) há 98 portões de embarque em cada terminal; mais de 50 enormes esteiras para receber as malas. Apesar do movimento, muito maior do que qualquer aeroporto brasileiro, não se vê tumulto, nem gente em excesso; em Barcelona são 795 guichês de atendimento; em ambos há esteiras rolantes, grandes áreas para transitar, restaurantes às dezenas, free shop excelente, climatizado, limpo e eficiente. As estradas, tanto na Europa quanto em Israel são impecáveis - a maioria pistas duplas, asfalto perfeito. E, ao desembarcar em São Paulo (Guarulhos), fui para a sala de embarque 17B - para pegar os ônibus - e mais parecia uma feira; lotada, gritaria, calor e todos de pé. Um vexame e uma vergonha. Aí encontro exemplares distribuídos pela Infraero dizendo que não há necessidade urgente de reforma ou ampliação dos aeroportos! Aeroportos como os de Madri e Barcelona não se constroem em menos de dez anos! Infraero incompetente! Gestores públicos incompetentes e irresponsáveis! Vai ser um vexame a Copa... ou o governo fará obras de urgência, sem licitação! Quem sabe não é exatamente o que desejam? Dúvidas...

- A Previdência estuda fazer mudanças no cálculo da aposentadoria para substituir o fator previdenciário. Em 2010, o Congresso aprovou o fim do índice, mas, como não havia uma alternativa viável, o então presidente Lula vetou a mudança. O fim do fator é uma demanda de centrais sindicais e tem apoio de petistas. Agora, o Governo quer emplacar a inclusão de idade mínima para esse benefício, para o qual atualmente é exigido apenas tempo mínimo de contribuição (35 anos para os homens e 30 para as mulheres). A proposta é que os benefícios só sejam concedidos para mulheres após os 63 anos de idade e para os homens, após os 65. Essa medida, pela proposta apresentada pelo ministro Garibaldi Alves (Previdência) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, seria gradativa. Outra proposta ressuscita o modelo do fator 85/95...

Quinzena que vem tem mais....

Abraços,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

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