PREVIDÊNCIA PRIVADA - AERUS: A vergonha alheia - Recebi esse texto, com pedido de publicação, do aposentado da VARIG Sr. José Carlos Bolognese. Nessa quinzena abdicarei de outras informações para que possamos refletir sobre essa questão da previdência privada no país. Cada vez mais me decepciono com esse poder sujo, esse "Sistema", que envolve interesses pessoais dos altos escalões do poder judiciário, legislativo e executivo (é, em minúsculo mesmo!); cada vez mais me solidarizo com o meu irmão que mudou-se para o Canadá há 11 anos e hoje vive melhor e mais feliz; cada vez mais entendo que o poder e o dinheiro corrompem, mas também tenho a certeza do futuro negro que espera esses senhores que compartilham dessa tragédia contra a dignidade da vida humana:
"Neste dia 12
de outubro atingimos a incrível, inaceitável e injustificável marca de 5 anos e
meio de um covarde e arbitrário calote em nossa aposentadoria. Mas, falar em
perda de poupança e pensão é muito pouco, pois esses termos, por mais que se
esforcem, não podem definir o que é passar a vida trabalhando, atento ao passar
dos anos, poupando para um futuro um pouco menos incerto e descobri-lo
comprometido pela irresponsabilidade de terceiros.
Aposentar-se de um emprego de muitos anos não significa retirar-se da vida. Ao contrário, poderiam ser os melhores da vida de um trabalhador se o trato fosse feito com gente séria. Contudo, da maneira como são tratados os aposentados nesse país, parece ser o sonho dourado de todos os governantes brasileiros, senão mesmo uma política de estado, ver o trabalhador ser extinto junto com seu emprego.
Não é incomum uma pessoa em situação como a nossa, remexer o passado e se perguntar com algum embaraço, se fez algo de errado. Com vergonha até, perguntar-se, se contribuiu para o seu sofrimento e o dos familiares. Mas não é preciso ir muito longe para descobrir que se há uma vergonha aí, ela não lhe pertence. É uma vergonha alheia, criada por mentes que não abrigam esse sentimento.
Desde o começo – antes e depois do fim da Varig – os fatos que contam são:
1) Um fundo de pensão privado foi criado para complementar as aposentadorias dos trabalhadores na aviação.
2) A estrutura jurídica do Aerus foi baseada em leis vigentes no país – e não comprada em uma banca de camelô.
3) Os funcionários das empresas pagaram religiosamente a sua parte no contrato.
Nada disto foi defendido, fiscalizado ou protegido pelo Estado como era sua obrigação. Daí, a trágica situação em que se encontram os aposentados do Aerus até este mês de outubro de 2011. Sem esquecer os demitidos e os familiares dos mais de 580 que faleceram sem ver solução alguma.
Quando reclamamos nossa aposentadoria de volta, não damos a ninguém o direito de duvidar que seja legítima. Nós realmente pagamos parte de nossos salários segundo um modelo instituído dentro de perfeitos marcos legais.
Assim como uma mentira não vira verdade só por ser muito repetida, uma verdade não vira um delírio só porque sua repetição incomoda.
Eu também concordo com o ministro do STF quando ele fala de uma emenda que pode tornar a justiça não apenas mais ágil, mas… muito mais ágil. Concordar é uma coisa. Acreditar porém, é bem outra. Em que mundo vive essa gente que sempre, ao ser questionada, declara-se comprometida com os mais profundos interesses sociais, mas não consegue ou não se esforça para ir do discurso à prática?
Das autoridades aceitaria com prazer se, ao declararem suas boas intenções, estivessem sinceramente compreendendo que nós, ao falarmos do calote em nossa aposentadoria, estamos falando em termos muito reais, que nos faltam recursos para pagar um plano de saúde.
Em vez de declarações genéricas sobre princípios republicanos, geralmente desprezados no mundo real, preferia que um ministro, uma autoridade dessas, perguntasse como é que a gente faz pra viver. De que forma vivemos o problema de não poder ir ao dentista quando um dente dói. Quando e como compramos um par de óculos novos porque o nosso quebrou ou ficou defasado. Se temos acesso ao lazer e, se ele, como às demais pessoas, faz falta.
De minha parte quero deixar bem claro que não serei grato a nenhuma autoridade, pois ao virem com uma solução para o Aerus, depois de tantos anos sabendo o que essa demora acarretou, não vão pensar por certo naqueles aos quais ela não alcançou. Serei grato apenas a Deus e aos colegas que realmente se empenharam desde o começo para reparar um injustiça histórica. Às autoridades concederei apenas os cumprimentos por terem afinal enxergado a luz da razão.
A caminho do sexto Natal sem o nosso dinheiro, esperamos que essa luz ilumine essas autoridades dissipando as trevas da hipocrisia. E se mais este Natal for como os últimos cinco, quando passamos vergonha por não podermos estar como pessoas normais, vamos lembrar que é a vergonha dos outros que faltou se mostrar. A vergonha alheia."
Rapidinhas...
- A
decisão da presidente Dilma em suspender o repasse a
entidades sem fins lucrativos só pode ser uma piada
de muito mal gosto (Decreto nº 7.592/2011). Será que
essa senhora, que diz que estudou Economia, tem
noção dos estragos que isso pode trazer? Serão
milhares de afetados e essa atitude burra não passa
de um ato irresponsável, impensado e imprudente.
Além dessa aberração a decisão não agradou ninguém:
a população considera a medida paliativa; deputados
gritaram dizendo que isso prejudica ONGs e projetos
sérios, que são a maioria; além disso em 30 (trinta)
dias o governo federal não conseguirá avaliar nada.
Fico pasmo com tamanha ignorância!!!
- A
Yahoo Inc. anunciou que planeja adquirir a
Interclick inc, empresa de tecnologia que faz
publicidade na internet, em um negócio avaliado em
cerca de US$ 270 milhões. A Interclick desenha
ferramentas para ajudar profissionais de marketing a
atingir seus consumidores virtuais. Sob o acordo
proposto, a Yahoo oferecerá US$ 9 por ação para os
acionistas da Interclick, um ágio de 22% em relação
ao fechamento da bolsa de segunda. A oferta deve ser
fechada no início do ano que vem. A aquisição deve
servir para ajudar a resolver um problema crônico
para a Yahoo: vendedores de anúncios na internet
compram espaços de publicidade remanescentes ou a
preços abaixo do mercado nos sites da Yahoo e os
vendem para anunciantes a preços muito mais altos.
Por causa disso, especialistas dizem que a Yahoo vem
perdendo dezenas de milhões de dólares ou mais em
receita por ano.
- A
ponte aérea Brasília-Estados Unidos ficará ainda
mais estreita. Duas companhias anunciaram voos
diários partindo do Aeroporto Internacional
Juscelino Kubitschek a partir do mês que vem. Em 14
de dezembro, a Delta Airlines passará a voar todos
os dias da semana para Atlanta. A American Airlines
começará a oferecer opções para Miami diariamente, a
partir de 15 dezembro. Com isso, o número de
embarques semanais da capital federal rumo ao
exterior chega a 39. Este ano, uma média de 13,1 mil
pessoas viajaram por mês em trechos internacionais.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou
as novas operações e as vendas já começaram. Os
aviões da Delta deixarão o terminal de Brasília às
23h38, chegando a Atlanta às 5h33 do dia seguinte. A
companhia iniciou as atividades na capital federal
em dezembro de 2009, com três trechos semanais. Em
julho deste ano, inaugurou a sexta frequência e
agora concretiza o voo diário. A American Airlines
começou com quatro trechos por semana, em novembro
do ano passado. O voo diário sairá às 11h02, segundo
a Anac, com chegada a Miami às 18h40. Brasília está
nos planos de expansão das principais empresas de
aviação do mundo. Para fugir de prejuízos nos
Estados Unidos e na Europa, as companhias resolveram
apostar no surgimento da nova classe média
brasileira. A capital federal se destaca pela
posição geográfica central. Rotas internacionais
atraem brasilienses — donos da maior renda per
capita do país —, mas também moradores de toda a
região Centro-Oeste e de Minas Gerais, por exemplo.
Quinzena
que vem tem mais....
Abraços,
Fernando
Toscano
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