Área Cultural Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal

E S T R A N G E I R I C E S
"Uma estória de amor pelo diferente"

CAPÍTULO XXII - 01.05.2011
Por Juliana Ximenes
(*)

Já estávamos em julho, e Mr. Hathi ainda não havia se posicionado sobre a ida à Dubai... eu me angustiava, porque nem amarrada pretendia ir ao Paquistão (apesar dos incentivos de Eve/Mishal e Carol). Ele dizia que seria muito difícil e, nessa época, ainda desempregado, afirmava não ter condições financeiras de ir até lá me encontrar... eu surtava, e estava disposta a pagar a passagem dele para que fosse me ver, mas ao Paquistão não iria... nem morta! Ele rejeitava a ideia, por orgulho e também por medo... da família. Cada uma! Ele dizia que não teria como justificar sua saída do país (até então a família não sabia da minha existência, ou melhor...sabia da nossa amizade virtual, mas não da profundidade dos nossos laços). Eu me irritava. Mas, tinha esperanças, quando ele dizia que talvez, se surgisse uma entrevista lá, ele pudesse ir. Em julho ele me disse que seu cunhado estava cogitando pedir demissão de seu emprego e ir à Dubai procurar oportunidades de trabalho, e que ele, então, imediatamente se prontificou a ir junto... uma nova esperança para nós...

Os novos planos logo se fizeram inviáveis, o cunhado do Hathi recapitulou e desistiu de sair do emprego porque havia resolvido iniciar obras de expansão na casa e não podia assumir o risco de ficar sem dinheiro, caso não fosse bem sucedido em Dubai. Aquilo me fez, mais uma vez, questionar a lógica paquistanesa (se é que ela existe), afinal, o cunhado havia dito ao Hathi que queria muito sair do país e buscar uma melhor qualidade de vida, pra ele e pra família... investir em imóvel no Paquistão me pareceu contradição... De qualquer forma... planos suspensos...

Em agosto com a Eve na minha casa, com o casamento marcado no Paquistão, eu pensava que talvez tivesse coragem de ir até lá se fosse com ela. Só que o verão paquistanês me desanimava (a temperatura chega a oscilar entre 45 e 50 graus...believe me!), e meus compromissos em São Paulo me impediam de ir de imediato. Além de tudo, a ideia por si só de ir até lá me era imensamente desagradável. No entanto, eu também não tinha mais energia pra manter um relacionamento virtual. Estava no meu limite.

No início da segunda quinzena de agosto, Eve embarcou. A essa altura, o pensamento de ir pra lá volta e meia me tomava. Só que eu tinha medo, muito medo. E, achava que se ele gostava mesmo de mim, teria que fazer o sacrifício...afinal, eu já estava indo pra além do meio do caminho. Foram inúmeras as brigas. Quando eu começava a cogitar a hipótese acabava por discuti-la com amigos e minha analista, com minha irmã... fora uma ou outra amiga mais aventureira (as próprias cuja impulsividade eu sempre criticava), todos eram unânimes em catalogar a ideia como absurda. Bem, eu iria...até Dubai, pelo menos, eu iria. Ele QUE SE VIRASSE pra ir me ver E SE NÃO FOSSE QUE TAVA TUDO ACABADO MESMO, porque significaria que ele não gostava MESMO de mim (e baixinho, mentalmente, bem baixinho, pra que nem eu mesma pudesse escutar: e se ele num for mesmo, quem sabe “num me dá uns 5 minutos” e como diz a Eve “eu me jogo” e vou! – puta! comigo mesma por fazer tal consideração...).

continua na próxima quinzena...

Quem é Juliana Ximenes?

PUBLICAÇÕES AUTORIZADAS EXPRESSAMENTE PELA AUTORA
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO PORTAL BRASIL
® E A SUA AUTORA


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI