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M O T I V A Ç Ã O   &   E M P R E E N D E D O R I S M O
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Crescer ou ganhar
Por Denise Amaral (*) 

Para muitas pessoas, mudar é uma decisão difícil. Trocar o certo pelo incerto, enfrentar o desconhecido, comprometer o equilíbrio reinante por conta de uma possível melhora... Nem todos se entregam às mudanças por livre e espontânea vontade. Muitos são obrigados a mudar – de vida, de endereço, de emprego ou até de carreira, não sem antes lutar muito para manter seu status quo. Mas depois de um período de adaptação, percebem um novo horizonte à sua frente, e um futuro com o qual sequer ousavam sonhar.

Caminhar em terreno plano é sem dúvida mais fácil do que escalar montanhas. Mas somente aquele que enfrenta o desafio consegue enxergar o que existe além das cordilheiras. Somente aquele que se dispõe a enfrentar o oceano pode atracar em terras desconhecidas e desfrutar das novas oportunidades.

Alguns são levados a mudar pelo simples desafio do novo, outros são obrigados por escassez de recursos ou falta de liberdade, mas a grande maioria vai levando a vida, um dia de cada vez, caminhando ao lado de muitos iguais a eles.  Só que não é da mesmice que surgem as grandes descobertas.

Dizem que não há nada pior para uma pessoa do que um bom emprego – no sentido de que o conforto e a tranqüilidade de uma situação estável são inibidores dos passos ousados que levam aos grandes sucessos. Realmente é difícil – e pode até parecer pouco prudente – trocar um bom salário por uma boa oportunidade. Mas se considerarmos que a prudência é a virtude que leva a pessoa a analisar os fatos, buscar o que é bom e o que é certo, e tomar a melhor decisão possível, muitas vezes o prudente é mesmo mudar.

Um rapaz que trabalha em um grande banco internacional comentou que foi aceito para um programa de doutorado na Universidade de Harvard, mas não aceitou. A razão, segundo ele: o banco paga melhor! O que este rapaz não percebeu foi que a oportunidade que lhe foi dada pode significar alguns sacrifícios hoje, mas no futuro traria imensas compensações. Ele preferiu limitar sua atuação a um nível relativamente confortável (por seus padrões de atuais) ao invés de abrir seu caminho para um patamar superior, que com toda certeza traria compensações muito acima do que aquelas que ele consegue atualmente conceber. Sua decisão baseou-se na vasta experiência de vida que ele tem, do alto dos seus vinte e tantos anos, e logo ele vai perceber que aqueles que preferem investir em si mesmos no início de suas carreiras são os mesmos que estarão em posições (e remunerações!) muito superiores à dele em um futuro que pode parecer distante, mas que chegará muito mais depressa do que ele é capaz de imaginar.

Amealhar riquezas parece uma grande idéia, e existem oportunidades que realmente valem ouro! Aquilo que aprendemos, os conhecimentos que adquirimos, os talentos que desenvolvemos – são estas as nossas grandes riquezas. 

O mundo está repleto de trabalhadores, mas faltam líderes que transformem todo este potencial em energia realmente produtiva. Pessoas preparadas para enxergar mais longe, para sonhar mais alto, para abrir caminhos a partir do ponto em que a grande maioria para.

As “zonas de conforto” já estão densamente habitadas. Já nem são tão confortáveis assim. Devemos nos acostumar a buscar áreas novas, a melhorar o que já existe, a procurar novos conceitos e desenvolver novas idéias. Mesmo o que já está bom ainda pode melhorar muito e se tornar excelente! Estar satisfeito não quer dizer que você não possa ser ainda muito mais feliz!

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 400 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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