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R E L I G I Ã O
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Viver pela graça: o antídoto ao legalismo
Excepcionalmente, por Pastor Luciano Roberto

            O cristão pode escolher entre dois estilos de vida: o da graça ou o do legalismo. São dois caminhos distintos, sendo que um exclui o outro. O caminho da graça é proposta de Deus e o caminho do legalismo é proposta humana. A graça restaura, o legalismo escraviza.

            O problema da prática legalista está na busca da conquista do amor e do favor de Deus por meio da observação restrita dos Seus mandamentos, com a motivação errada. Sua motivação deveria ser obedecer a Deus como expressão de amor e não a de “barganhar” com Ele...

O relacionamento espiritual sobrevive e se sustenta pela graça divina. Ao viver um cristianismo que reduz o relacionamento espiritual a um “contrato”, a uma relação formal de obrigações, o legalista vive em agonia, com medo de ser rejeitado por Deus, em virtude dos seus erros e desacertos. Ele depende psicologicamente dos seus acertos para se justificar diante de Deus e, muito mais, diante dos homens. Por não ter coragem de encarar sua miséria e total dependência da graça e da misericórdia de Deus, o legalista desenvolve mecanismos externos que justifiquem sua “santidade”, que nada mais é do que a expressão superficial de uma vida medíocre, que depende de um invólucro vistoso para aparentar ser “digno”. As questões interiores, da alma, passam a ser secundárias e irrelevantes.

            Ao ler, em Lucas 18:9-14, a parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano, descobrimos a antítese entre a graça e o legalismo vivenciada pelos dois personagens. O legalista da história, o fariseu, é incapaz de perceber ou de reconhecer sua miséria, sua real necessidade de Deus. Pelo contrário, ele realça seus feitos para requerer o favor de Deus. Ao relacionar suas “santas” ações, tais como dar o dízimo, jejuar, orar três vezes ao dia e outras mais (vs 11 e 12), o fariseu busca justificar-se confiando nos seus atos, na sua justiça própria. Em outras palavras, ele acha que não precisa do perdão e da graça, ele se sente auto-suficiente. O pior é que, nas questões internas, a morte se aloja no seu coração: ele torna-se um “sepulcro caiado de branco”.

Ao se comparar ao pobre publicano, considerando-se espiritualmente superior, o fariseu pisa-o e massacra-o. Pessoa assim jamais será um “irmão”, um igual. Ele considera-se “juiz” com o poder de condenar o outro e nunca de absolver o penitente. Ele age assim porque é incapaz de amar o pecador, de se compadecer dele, de ter misericórdia. Ao invés de dizer, cheio de soberba, “não sou como este publicano” ele deveria reconhecer, como Paulo, que ele é o que é pela “graça divina” (1ª Cor 15:10).

Mas, o foco da parábola não está sobre o pretensioso fariseu e sim sobre o humilde publicano. Ele não tem nenhuma lista de virtudes e nem de ações nobres. Pelo contrário, ele tem uma profunda convicção da sua condição de pecador e da possibilidade do perdão divino e da restauração mediante a graça de Deus. A maravilha desta graça está no fato de que Ele sabe que somos pó, imperfeitos e “maltrapilhos”, sem poder dar um passo sem Seu amparo espiritual e que, apesar de tudo isto, Ele nos ama.

Uma única frase sai da boca do publicano: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador...” (v 13). No final, a parábola mostra que a graça sempre vence a justiça própria e que, quem vive pela graça, cônscio das suas imperfeições, sempre “desce para casa” justificado por Aquele que diz: “A minha graça te basta!” (2ª Cor 12:9). 

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