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B U S I N E S S    &     L I F E     C O A C H I N G
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O que você é, e o que aparenta ser
Por Denise Amaral (*)

Não basta ser uma pessoa correta, é preciso “parecer” correta também. Julgamos e somos julgados o tempo todo, e muitas vezes apenas com base naquilo que aparentamos. Quem não nos conhece muito bem vai utilizar os elementos que estiverem ao seu alcance para definirem sua primeira impressão sobre nós – e estes elementos são aqueles percebidos pelos seus sentidos: aquilo que enxergam, aquilo que ouvem. Ou seja, a forma como nos apresentamos, como nos vestimos, como nos comportamos, como nos dirigimos aos outros. Nossa postura, nosso vocabulário, nossas colocações.

As pessoas reagem aos estímulos. O subconsciente é responsável por uma grande parte destas reações, dando respostas automáticas, baseadas em conhecimentos e experiências anteriores. Uma reação consciente também é possível, mas para tanto é preciso parar, analisar, pensar, concluir, decidir e reagir – não é a regra quando levamos em conta o ritmo de vida que enfrentamos, o tempo escasso, as responsabilidades crescentes e a pressão constante.

Um profissional de sucesso deve “parecer” um profissional de sucesso. O conhecimento e a capacidade devem vir em “embalagens” compatíveis com seu conteúdo, sob o risco de serem ignorados ou mal avaliados. Um anel de diamantes, quando apresentado em uma caixinha de veludo que realça sua forma e seu brilho, é imediatamente admirado. O mesmo anel, se colocado em um saquinho de papel ao lado de algumas quinquilharias sem valor relevante vai provavelmente passar despercebido por muitas pessoas. Seu valor, no entanto, continua o mesmo, e um observador mais atento, com algum conhecimento de joias, vai saber diferenciá-lo – mas esta será a exceção.

A regra é que a primeira impressão, baseada nos elementos externos mais visíveis e de apreensão imediata, defina a reação e determine a sequência da relação.

O que nos leva a duas faces da questão. Uma apresentação fraca pode prejudicar um bom conteúdo, e uma apresentação convincente pode estar camuflando uma capacidade inferior de realizar o trabalho. Esta é uma questão que deve ser trabalhada posteriormente – a leitura crítica que devemos fazer de pessoas, de fatos ou situações.

No momento, refiro-me a você como aquele que se apresenta. O profissional que deseja ser reconhecido por aquilo que é capaz de realizar, e que precisa conquistar a confiança de um cliente, deve fazê-lo em todos os aspectos, ou seja, ele deve ser competente, mas também deve parecer competente, e deve estar cercado por pessoas, circunstâncias e elementos materiais que confirmem sua competência. O efeito psicológico destes elementos reunidos sobre o profissional é extremamente positivo, refletem na forma como ele age e como se comunica - lapidando sua linguagem verbal e corporal - e transmitem segurança ao cliente.

O grande profissional atrai o grande cliente, pois se comunicam na mesma frequência. O profissional médio atrai o trabalho médio, pois ninguém confia o grande àquele que aparenta só saber lidar com o que é menor. Se o seu dia a dia parece ser resolver problemas simples e corriqueiros, e sua aparência e suas atitudes confirmam esta impressão, um grande cliente não vai se sentir à vontade para entregar em suas mãos uma questão que envolva seu patrimônio, ou a vida de sua empresa. Se você parece um profissional de pequenas obras, acostumado com o pouco, não vai sequer ser considerado como opção no momento de realizar um grande projeto.

Não se coloca o conhaque raro em uma garrafa velha de coca-cola. Ao contrário, há pessoas que se dedicam a desenhar e fabricar recipientes limitados de cristal valioso para colocar a bebida, e caixas com interior de veludo para acomodá-la.

Dedique-se à sua educação, ao seu conhecimento, às suas especializações. Seja o melhor em sua área de atuação. Mas não se descuide de sua apresentação, de suas maneiras, de seu ambiente de trabalho, e cerque-se de pessoas que sejam como você. O sucesso é como um perfume, você não vê, mas sente, e é profundamente afetado por ele. Não há como explicar, ou convencer alguém sobre ele ser bom ou não. Um grande profissional reúne conhecimento específico e virtudes humanas – tem o instrumento, sabe utilizá-lo, e escolhe utilizá-lo para o bem. Busca a justiça do fim através da honestidade dos meios, e transmite a segurança própria daquele que faz o certo da melhor maneira possível.

A excelência profissional está ligada à formação completa do ser humano. A formação da pessoa compreende e sustenta a sua face profissional, é a fundação de sua grande obra pessoal – aquela que vai ser percebida por todos ao seu redor, e que merece o melhor acabamento, e uma grande atenção aos detalhes.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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