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Escolhendo as palavras
Por Denise Amaral (*)

Outro dia meus filhos me mostraram uma foto que estava na internet, de um garoto se equilibrando nos dois pés traseiros de uma cadeira, com a legenda “o que você está fazendo”, e outra mostrava o mesmo menino, equilibrando-se na mesma cadeira, só que desta vez no parapeito de um prédio muito alto – e legenda dizia: “aquilo que sua mãe vê”.

E é verdade... Reagimos ao que vemos e ouvimos com base na nossa maturidade, nas experiências que tivemos, nas provações pelas quais passamos, e com os instrumentos que a vida nos forneceu.

O mesmo ocorre com as críticas ou comentários ao nosso trabalho, nossas atitudes ou nosso desempenho em determinada situação – podemos recebê-los de forma construtiva ou de forma negativa, dependendo de nossa história, nosso temperamento, e até mesmo o nosso humor naquele momento.

As palavras podem ser nosso instrumento de trabalho, podem ser nossas aliadas, ou podem transformar-se em verdadeiras armas de destruição – às vezes a destruição dos outros, às vezes a nossa própria. Escolher palavras é como definir os instrumentos com que apresentaremos uma sinfonia – cada um deve ter seu desempenho em completa harmonia com os demais, e cada nota deve ser perfeita. Caso contrário, a apresentação será um verdadeiro desastre.

Algumas perguntas soam como acusações. Alguns comentários soam como condenações. Até mesmo o tom da voz pode ser recebido como um ataque pessoal. E tudo pode provocar reações à altura. Escrever, então, é muito mais perigoso do que falar pessoalmente, pois cada pessoa pode ler a mesma mensagem com entonações – e consequentemente com significações – completamente distintas.

E se uma pergunta é recebida como uma acusação, a pessoa fica automaticamente na defensiva, e responde com uma justificativa. Nada se constrói, além de conflito em um relacionamento que já pode estar bem enfraquecido.

Mas quando a questão é colocada de forma positiva, cria um espaço para a discussão produtiva. Se ao invés de perguntar por que uma pessoa fez isto ou aquilo, experimente indagar o que foi que aconteceu – e permita que ela lhe dê elementos para compreender e agir, ao invés de simplesmente se proteger e se justificar.

Em um ambiente de trabalho eficiente e produtivo, as pessoas têm espaço e oportunidade para falar, e não têm medo de reconhecer seus erros se souber que podem contar com o apoio de uma equipe para corrigir e melhorar. Falhas existem porque o ser humano falha, mas se podemos assumir um erro e utilizá-lo para aperfeiçoar o serviço que oferecemos ou o trabalho que realizamos, estamos caminhando na direção certa. O receio de assumir um erro, e todo esforço no sentido de justificá-lo ou acobertá-lo, é energia desperdiçada, é talento menosprezado, é falta de transparência profissional.

Aproxime-se dos problemas sempre de forma positiva. A criança que comete um erro e tem medo da punição acaba mentindo – e comete um novo erro. A criança que confia na compreensão dos pais vai procurá-los para que eles a ajudem a corrigir seu erro e alimentam assim uma virtude que vai auxiliá-las por toda a vida.

A criança cresce e se torna um profissional – mas a reação ao erro permanece a mesma.

Uma empresa saudável é como uma família equilibrada, onde o objetivo é educar para o bem, para o sucesso e para a felicidade, com base na honestidade, na confiança, na colaboração. E da mesma forma que a educação positiva é responsável por uma família unida e emocionalmente estável, a comunicação positiva é a base de uma organização saudável, produtiva e bem posicionada, formada por profissionais capazes, talentosos e absolutamente comprometidos com o sucesso de sua corporação.

(*) Denise Rodrigues do Amaral é escritora, advogada e pós-graduada em Teoria da Comunicação, especialista em comunicação e produtividade e membro da CCF – Certified Coaches Federation.
É autora do livro "Crianças podem voar", publicado pela Editora Internacional e possui mais de 450 editoriais publicados na área de relacionamento no trabalho.

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