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E D I T O R I A L
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A B R I L / 2 0 1 2
E as e
mpresas brasileiras continuam na mesma...Estive raciocinando nos últimos dias sobre a falta de respeito, privacidade e de direitos que as empresas - nacionais e multinacionais - têm, em geral, com os seus consumidores. Irei citar alguns exemplos pessoais que me aborreceram neste primeiro quadrimestre de 2012.
O primeiro fato foi com a NET. A tão propagandeada empresa não cumpre o que fala - gasta milhões na televisão, mas na prática tudo funciona de forma diferente. Estive em viagem ao nordeste em janeiro; quando retornei a Brasília não funcionava a internet e nem o telefone, apenas a TV por assinatura. Isso foi numa 3ª feira. Liguei, reclamei e pedi que resolvessem. O prazo? Uma semana. Só na outra terça-feira. Vejam que absurdo! Eu deveria ficar uma semana sem telefone fixo na minha casa e nem internet. Resultado: gastei com celular, passei vergonha com pessoas ligando e uma mensagem comunicando que o telefone estava desligado (dava a impressão de que eu não havia pago a conta). Providência: Cancelei a NET - e nem deram bola de início; contratei a SKY HD (que em dois dias deixou tudo funcionando) e a OI (para telefonia fixa e internet). Ficou tudo funcionando "redondo". Detalhe: Dias depois a NET ligou uma dúzia de vezes querendo saber o motivo. O que percebi? Uma empresa desorganizada, sem gestão e sem compromisso com o cliente! Troca todo mundo... do Presidente ao Office-Boy...
O segundo fato aconteceu com a empresa aérea AZUL e o cartão de crédito AMERICAN EXPRESS. Adquiri um bilhete, no dia 06 de fevereiro, para o trecho Brasília-Marília-Brasília, pagando no Cartão AMEX, em 3 parcelas de R$ 161,30, totalizando R$ 483,90. Uma semana depois, dois dias antes do voo, a reunião que eu teria foi remarcada para Brasília. Assim, entrei em contato com a AZUL e pedi cancelamento da passagem. Me cobraram absurdos R$ 209,94 para não prestar serviço nenhum (cancelamento do voo: R$ 75,00 + 30% do valor da passagem). Isso vai de encontro ao disposto no Código de Defesa do Consumidor: para cada pagamento deve haver uma contrapartida de serviços prestados ou produtos vendidos. Mesmo assim me calei. Na fatura de março nada... cobraram a 1ª parcela de R$ 161,30; na fatura de abril piorou: cobraram a 2ª e a 3ª parcelas - antecipadamente sem autorização minha e não me devolveram os R$ 273,96. Aí, desaforo, liguei no cartão e, após umas seis ligações e a boa vontade do atendente do AMEX, uma conclusão: a AZUL não devolveu o dinheiro. Entrei em contato com a AZUL - no que fui bem atendido -, mas a resposta foi: escaneie tudo e envie-nos a documentação para que o nosso financeiro possa analisar e, se for o caso, devolver o valor. Um desaforo: eles erram, eles me "roubam" e ainda eu que devo provar que fui roubado. Quatro dias após o envio da documentação a AZUL me envia um email confirmando que eu tinha a razão (ahhh, que bom!!!) e que estavam devolvendo o valor para a AMEX me reembolsar. Liguei na AMEX e, hoje, vencimento da fatura, nada. Resultado: paguei a fatura e descontei o valor que a AZUL me deve. Se na fatura de maio me cobrarem juros eu vou entrar com ação de ressarcimento por danos materiais e morais em face da AZUL. Não é pelo valor - doarei a quem precisa, mas é pelo desaforo e pela falta de respeito com o consumidor. Que sirva de exemplo: Nesse caso... troca a Gerência Financeira que não tem controle de nada... Aliás, por onde anda a Controladoria? Meu dinheiro estava lá e se eu não reclamo lá ficava... na moita...
O terceiro fato envolveu o TERRA NETWORKS, a VISA ITAUCARD e a OI. Na fatura do meu cartão, com vencimento em abril, vieram duas pequenas cobranças: R$ 19,91 referentes a março (lançado dia 10.03) e R$ 19,91 referentes a abril (lançado dia 10.04). Estranhei e liguei na Administradora de Cartões de Crédito no que fui informado que eu deveria procurar o TERRA e resolver isso. É mesmo uma piada: eu não tenho nenhuma relação de consumo com o TERRA e eu tenho que ligar para reclamar o que me cobram - e o que, até então nem sabia do que se tratava! Na verdade a VISA ITAUCARD tem um setor de atendimento com opção para "faturas não reconhecidas"; mas serve apenas "para inglês ver" porque não resolvem nada. Liguei no TERRA e após passar por umas seis atendentes me informaram que era cobrança do sinal para a minha internet, num convênio com a OI. Ora bolas: Eu não pedi convênio com ninguém; contratei os serviços da OI e não do TERRA. O pior: como o TERRA tinha meus dados cadastrais e do cartão? Isso é caso de polícia, isso sim! Na última atendente do TERRA eu disse: "Minha filha, não quero saber de convênio nem de sinal de internet e nem vou falar em financeiro nenhum como a senhora deseja porque eu não tenho negócios com vocês. Cancele imediatamente isso para evitar uma ação judicial." E, assim, ela procedeu e resolveu. Resolvi deixar as faturas cobradas, também por serviços não prestados (infringindo o CDC), e não ter dor de cabeça com pequenos valores. Solução: Acabe com o setor de vendas do Terra - do Gerente à atendente... não servem para muita coisa!
Finalmente hoje, pouco antes de escrever esta coluna, peguei meu extrato de conta-corrente no Banco do Brasil. Fiz três transferências para o próprio Banco do Brasil e estava lá: "Tarifa de transferência de recursos": R$ 1,10 por transferência + R$ 8,00 por um DOC enviado + R$ 13,00 "Tarifa Pacote de Serviços": num só dia R$ 24,30. Pelo menos aqui o Banco prestou serviços, mas eu pergunto duas coisas: 1ª) O Banco pode efetuar débitos em minha conta, sem minha autorização, a seu bel prazer, só porque minha conta está lá? 2ª) O Banco inventa uma tarifa e simplesmente me cobra sem nenhum aviso? Quando eu vi já está debitado... Ora bolas, isso é uma afronta. Na verdade isso é para cobrir o rombo que a Sra. Vanda, digo Dilma Rousseff, determinou: diminuição das taxas de juros para o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Mas os bancos já deram seu jeitinho efetuando novas cobranças - e ganharão muito mais - porque de 20% a 30% dos clientes utilizam limites de cheque especial e necessitam de empréstimos, agora tarifa por transferência, calculo que em torno de 90% usam. Resultado: diminui juros para quem precisa e para quem não tem as finanças em dia e sobrou para quem não precisa do Banco - que agora paga o que não pagava antes. E quem ganhou mais? Preciso responder? Solução: Trocar a equipe de economistas do Governo, que por trás de um manto escuro sempre acaba por prejudicar o cidadão, e trocar a equipe de economistas desses bancos porque são muito espertinhos (devem ser acionistas....). Opção B: montem uma longa tenda... com 8,5 milhões de km² e coloque lá dentro todos nós, palhaços dessa ciranda financeira...
Esse é o Brasil.. o Brasil de Cachoeiras, de Políticos perniciosos, prepotentes, pernósticos. Um país com gentinha comandando e empresinhas empurrando tudo no "lombo" de trabalhadores honestos. Cada dia mais penso que para o Brasileiro honesto, para o Brasileiro trabalhador, o melhor lugar é viver fora daqui. Meu irmão mora há 12 anos no Canadá... e nunca mais volta! Adivinha por quê?
Rapidinhas...
- A valorização do real em relação ao dólar é resultado da percepção dos investidores globais de que há oportunidades de investimento mais atrativas aqui do que no restante do mundo, e não culpa da guerra cambial, segundo Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia em 2008. “Gritar com os banqueiros centrais nos países desenvolvidos não vai resolver, eles têm mais coisas com o que se preocupar”, afirmou Krugman, enfatizando a pressão doméstica que o presidente do Fed, Ben Bernanke, enfrenta hoje para estimular a economia dos EUA.
- O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fez algumas alterações nas regras para a análise de processos administrativos de revisão de direitos dos segurados. As mudanças foram instituídas pela Instrução Normativa nº 59, será publicada no Diário Oficial dessa próxima quarta-feira, 18. Segundo a norma, os prazos relacionados a esses pedidos começam a correr a partir da data da cientificação oficial do INSS, excluindo-se o dia do começo. Caso o expediente do INSS seja encerrado antes da hora normal ou o vencimento cair em dia em que não houver expediente, o prazo fica automaticamente prorrogado até o próximo dia útil. De acordo com a norma, quando houver necessidade de apresentação de prova, isso será comunicado com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização. O pedido administrativo não será indeferido enquanto não estiverem definitivamente concluídos todos os procedimentos.
- O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) cancelou norma interna que permitia a advogados e estagiários consultar e tirar cópias de qualquer processo, mesmo sem procuração das partes para atuar no caso. A revogação do benefício está no Provimento da Corregedoria-Geral de Justiça nº 9, de 11 de abril. De acordo com a norma, a suspensão foi necessária devido ao aumento do número de processos extraviados. A liberação da chamada carga rápida a qualquer profissional estava prevista no Provimento nº 20, publicado em agosto de 2011. Advogados e estagiários tinham uma hora para consultar e tirar cópias de autos, desde que eles não corressem em segredo de justiça.
- O presidente da Oi, Francisco Valim, afirmou há pouco que, após a venda do iG, a operadora vai concentrar seus esforços nos serviços de telecomunicações. A companhia fechou, a venda do portal de notícias IG para o grupo português Ongoing, que edita o jornal “Brasil Econômico”. O valor do negócio não foi revelado. Valim disse apenas que os portugueses apresentaram a melhor oferta pelo iG. As negociações já existiam há alguns meses, mas faltava ao grupo Ongoing apresentar as garantias exigidas pela Oi para o fechamento do negócio — o que foi feito nos últimos dias.
Quinzena
que vem tem mais....
Abraços,
Fernando
Toscano
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Editor do Portal Brasil