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E D I T O R I A L
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FERNANDO TOSCANOGoverno mexe na poupança
Alteração entra em vigor dia 04.05.2012...

Decidido a abrir caminho para novas quedas da taxa de juros básica, o governo retirou o maior obstáculo legal para que possa cumprir esse objetivo: mudar as regras de remuneração da aplicação financeira mais popular do país, a caderneta de poupança. Pelo novo sistema, a caderneta passa a ser remunerada em 70% da taxa Selic quando ela for inferior a 8,5%, e pelo sistema atual, quando for superior. Nada muda para as contas já existentes.

A mudança derrubou ainda mais os juros futuros, que passaram a apontar uma taxa Selic de 8% a 8,25% para o ano. A taxa real de juros - de 360 dias, descontada a inflação projetada em 12 meses, de 5,53% - atingiu nova mínima histórica, aos 2,45% ao ano.

Ao mesmo tempo em que abriu caminho para juros menores, a medida ainda mantém a pressão sobre os fundos de investimentos que cobram taxas altas de administração. Uma simulação que leva em conta a nova fórmula da poupança mostra que cerca de 40% dos fundos DI e de renda fixa distribuídos no varejo vão continuar perdendo da poupança. Com o juro de hoje - 9% ao ano -, praticamente metade dessas carteiras já rendem menos do que a caderneta.

O governo preservou a atratividade dos fundos com taxa de administração de até 0,75% para aplicações em seis meses e taxas de até 1% para investimentos a partir de um ano. São nessas carteiras mais baratas que estão cerca de 80% do patrimônio dos fundos DI e de renda fixa.

O plano original do Palácio do Planalto era de só alterar a rentabilidade da poupança após as eleições de outubro. O cenário externo, que voltou a piorar, a demora na reação da atividade econômica doméstica e os sinais da última ata do Copom, de que os juros podem cair mais, motivaram a antecipação da medida. Ela foi anunciada após seguidas reuniões da presidente Dilma Rousseff com o Conselho Político, com dirigentes de centrais sindicais e com um grupo de empresários ao longo do dia. Dilma procurou se cercar de um amplo apoio político para mexer em um tema tão delicado.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que as alterações na caderneta são "um passo fundamental na direção de remover resquícios herdados do período de inflação alta".
FONTE:
Valor Online.

Ministro das Minas e Energia e Presidente da Petrobras não se entendem - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foi desautorizado pela presidente da Petrobras, Graça Foster, depois de ter informado a jornalistas que o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, Almir Barbassa, seria substituído junto com o da área internacional, Jorge Zelada. A resposta da Petrobras foi rápida. Bem diferente da posição adotada na quarta-feira, 25 de abril. Naquela data a assessoria de imprensa informou que não se pronunciaria sobre a troca de diretores porque se tratava de assunto que cabia ao conselho de administração.

De fato, na sexta-feira a empresa só informou ao mercado o nome dos novos diretores depois da reunião do conselho. Ontem foi enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um comunicado algumas horas depois de Lobão ter afirmado textualmente sobre a substituição.

Coincidência ou não, as ações da Petrobras caíram ontem 2,72% (PN) e 3,12% (ON), revertendo fase de alta iniciada na terça-feira em Nova York e na quarta-feira no Brasil. Para o analista de um banco estrangeiro, o ministro "só fala o que não deve e o que não sabe".

Desde a semana passada, quando ficou conhecida a substituição de três diretores da Petrobras - saíram Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços) e mais tarde se soube que o conselho pediu um tempo por não chegar a um consenso sobre o novo diretor internacional - são frequentes as inclusões do nome de Barbassa no rol das substituições. E o diretor financeiro nunca foi relacionado a indicações políticas, ao contrário dos executivos que deixaram seus cargos.

Algumas conclusões que podem ser feitas sobre a Petrobras de Graça Foster é que a presidente quer uma diretoria técnica não vinculada a políticos. E o recado ontem sobre Barbassa parece ser que a executiva não gostou de ver o nome do diretor financeiro mencionado por um ministro político como Lobão, ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Principalmente em um momento em que o PMDB e o PP precisam chegar a um consenso para escolher o substituto de Zelada na diretoria internacional, a única que Graça parece admitir deixar para indicações.

Mas o ambiente político em torno da CPI que vai investir as ligações de Carlinhos Cachoeira com a Delta poderia também estar influenciando as mudanças na estatal. A Delta deixou recentemente o consórcio construtor do Comperj.

Lobão e Graça Foster estiveram juntos ontem no BNDES em seminário sobre a África. Enquanto Lobão deu entrevista, a presidente da Petrobras disse que o dia ontem era do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lobão citou a troca do diretor financeiro quando perguntado sobre a indicação do diretor internacional. Mais tarde, sua assessoria informou que a orientação era não confirmar a frase da maneira como estava em alguns sites de notícias. A frase do ministro foi a seguinte: "A presidente, num primeiro momento, mudou três diretores. Num segundo momento, mudou dois. Faltam dois, que é o da internacional e também a financeira, a diretoria financeira". Não ficou claro se ele se referia Graça Foster ou à presidente da República, Dilma Rousseff. Segundo Lobão, Sergio Machado, também do PMDB, será mantido na Transpetro.
FONTE: Valor Online.

Rapidinhas...

- É uma irresponsabilidade do Governo Federal e da Caixa Econômica Federal não informar adequadamente ao público e empresas em geral sobre as regras da obrigatoriedade para a certificação digital. Eles confiam nos Contadores e que estes informem à seus clientes, mas existe um agravante importante: todas as pessoas físicas que possuem funcionários (empregadas domésticas, passadeiras, arrumadeiras, pintores, serralheiros, piscineiros, grameiros, etc) devem fazer a sua certificação digital e-CPF até o dia 30 de junho de 2012. Se isso não for feito, a partir de 01 de julho, ninguém consegue fazer recolhimento de FGTS (a tal conectividade social, coordenada pela Caixa Econômica Federal). E a maioria dessas pessoas não possuem Contadores e nem imaginam dessa obrigatoriedade. Existem também pequenas empresas, algumas rurais, e mesmo urbanas, que desconhecem a legislação aplicável. Quando é para propagandear sobre o que fez e o que deixou de fazer aí sim, o governo é mestre. Alardeia aos quatro cantos...

- O governo federal anunciará em breve a saída de mais dois municípios da lista dos maiores desmatadores da floresta amazônica: Alta Floresta, no norte do Mato Grosso, e Santana do Araguaia, no Pará. Em comum, eles conseguiram reduzir de forma significativa suas taxas de desmatamento nos últimos anos e têm pelo menos 80% de sua área mapeada e cadastrada. A retirada elevará para quatro os municípios que adotaram práticas mais sustentáveis e deixaram a lista do Ministério do Meio Ambiente - antes deles saíram Paragominas e Querência, também no Pará e Mato Grosso, respectivamente. A relação inicial continha 43 municípios. A má notícia é que outros sete municípios foram acrescentados à lista em 2011, devido a uma revisão de critérios que fechou um pouco mais o cerco ao desmatamento.

- As novas regras de remuneração da poupança não vão implicar, a princípio, em mudança na indexação dos contratos de financiamento imobiliário. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ontem veementemente que haverá alguma alteração na forma como são feitos os financiamentos habitacionais no país. "Hoje existe grande concorrência no crédito imobiliário, porque a população brasileira ganhou condições para comprar a casa própria", afirmou. Mas a adoção de uma taxa variável para os financiamentos à habitação já se apresenta no horizonte do setor imobiliário como solução plausível para o financiamento à habitação num cenário de Selic igual ou inferior a 8,5% ao ano, no qual entrará em vigor o novo cálculo de rentabilidade da poupança.

- As promessas de François Hollande, o candidato socialista favorito na eleição presidencial na França neste próximo domingo, 06, de favorecer o crescimento contra a austeridade e assumir uma liderança mais forte na Europa impulsionaram sua campanha, mas também geraram dúvidas no mercado. Hollande chega à reta final com vantagem nas pesquisas de 6 a 10 pontos sobre o presidente Nicolas Sarkozy. E fortalecido pelo apoio, anunciado ontem, do centrista Francois Bayrou, que obteve 9,1% no primeiro turno presidencial.
 

Quinzena que vem tem mais....

Abraços,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

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