Área Cultural

Área Técnica

 Ciência e Tecnologia  -  Colunistas  -  Cultura e Lazer
 
Educação  -  Esportes  -  Geografia  -  Serviços ao Usuário

 Aviação Comercial  -  Chat  -  Downloads  -  Economia
 
Medicina e Saúde  -  Mulher  -  Política  -  Reportagens

Página Principal


E D I T O R I A L
1 6  /  S E T E M B R O  /  2 0 1 2
 

Fernando Toscano - Editor-Chefe do Portal Brasil - www.portalbrasil.net

Aeroporto de Congonhas em dia de chuva - perigo constante (Crédito/Foto: Fernando Toscano para o Portal Brasil - www.portalbrasil.net)Aeroportos brasileiros em situação precária - Não adianta o governo nem a Infraero nem a Aeronáutica explicarem. Os principais aeroportos brasileiros estão péssimos e pequenas e ridículas invenções da Infraero só servem para se gastar dinheiro público e não "tapam buraco" nem de uma pequena peneira. Eu que tenho 155 viagens, nacionais e internacionais, em 43 meses, já fui diretor de empresa aérea, e estou concluindo o meu curso de piloto de aeronaves - tenho autoridade para tratar do assunto. Minha mais recente viagem foi de Brasília a São Paulo (ida e volta no mesmo dia pela TAM, sexta-feira, indo às 10:35h e retornando às 19:12h). Logo no embarque um funcionário da Infraero distribuía sacos plásticos transparentes para os passageiros colocarem chaves, celulares, carteiras e tudo o mais que passaria pela máquina de raio-x. Do lado de lá os passageiros já pegam os sacos plásticos e jogam no lixo. Um exemplo de incompetência e de desperdício de dinheiro público sem utilidade prática nenhuma. Fico imaginando quantos milhões não foram gastos nisso. Isso sem contar o lado totalmente antiecológico dessa "gentileza" da Infraero.

Pois bem, em Brasília já começou a bagunça. Um ônibus nos levou até a área remota próxima ao antigo hangar da TransBrasil. Lá nos esperava o A-320 série 214, prefixo PR-MYR. A escada de acesso à aeronave é de se dar vergonha; imunda, manchada, pior que escada em países africanos ou de países que operam aeronaves antigas; na aeronave ocupei o lugar 28F, 168 pessoas a bordo (de um total de 174 disponíveis, portanto 96,5% de ocupação) e pronto. O Comandante logo entrou em cena para informar que éramos a quinta aeronave na fila para que a torre autorizasse que as turbinas fossem acionadas e já haviam outras seis em fila aguardando a decolagem. Resultado: atrasamos 40 minutos por culpa da incapacidade técnica da Infraero em resolver esse problema que se arrasta por anos. Após um voo tranquilo chegamos a São Paulo e ficamos circulando aguardando espaço no pátio para pouso. Na aterrissagem, com a pista encharcada, a aeronave derrapou e quase foi parar no gramado central assustando a todos - aliás Congonhas em dia de chuva é dia de apreensão para tripulações e passageiros (vide foto).

No retorno entramos na aeronave através do portão 15, no subsolo, lotado, sem um único funcionário da Infraero. Embarcamos num ônibus superlotado e chegamos à aeronave Airbus A320-214, prefixo PR-MHU, capitaneada pela Comandante Duda, uma mulher - e isso me deixou feliz! Aeronave lotada, 174 passageiros ,e eu no mesmo local: poltrona 28F. Logo a Comandante utilizou o sistema de som da cabine para informar: "Estamos prontos para partir, mas, infelizmente, o voo sofrerá um atraso porque a Torre de Congonhas nos pediu que aguardássemos autorização para ligar as turbinas". Com meia hora de atraso, por culpa da Torre de Controle, o voo partiu e seguiu tranquilo, apesar de alguns solavancos mais fortes, até próximo ao pouso quando a aeronave arremeteu e a Comandante falou aos passageiros: "Em função das fortes chuvas precisei arremeter a aeronave, abortando o pouso, e, em função do mau tempo, estamos alternando Goiânia". Desespero geral: sexta-feira, todos cansados, aeronave lotada, criança chorando: um caos! Pousamos em Goiânia e lá permanecemos por 1h30m, dentro da aeronave, num calor enorme e sem nenhum serviço de bodo. Após o reabastecimento, a Comandante Duda voltou a nos comunicar: "Estamos aguardando liberação da torre e autorização de nível porque diversas aeronaves alternaram e não pousaram em Brasília no horário programado". Somente decolamos às 22:50h, aterrissando em Brasília às 23:25h, e, de novo, a aeronave ficou parada na pista de acesso ao pátio do terminal de passageiros. A Comandante voltou a nos falar: "Senhores passageiros. Pedimos desculpas pelo inconveniente, mas aguardamos liberação da Torre porque o pátio de aeronaves está lotado". E nisso já haviam quatro aeronaves atrás de nós. Após 15 minutos a aeronave estacionou. Resultado: os passageiros ficaram nessa aeronave, de 19:00h às 23:40h (4h40m), sem refeição, sem conforto e eu me senti, como passageiro e como consumidor, desrespeitado: foram R$ 890,00 para uma passagem de ida-volta a São Paulo e esse transtorno todo.

Quanto ao mau tempo até aceito, mas também fico refletindo: na Europa as aeronaves pousam e decolam num espaço de tempo muito menor, com chuva, vento e neve. O que falta aqui são equipamentos, mais funcionários e gestão porque as aeronaves que voam aqui são as mesmas de lá (Boeing, Airbus, Embraer, Bombardier...).

Após analisar tudo isso fica um questionamento e, creio, tenho parte da resposta: A TAM informou prejuízo de mais de US$ 225 milhões em 2011 (a Gol teve prejuízo ainda maior - US$ 276,3 milhões em 2011), mas as aeronaves estão lotadas. Por que esse prejuízo todo? Parte disso é má gestão. Mas temos muito mais culpados: Ora, nesse voo de retorno, haviam diversos passageiros em conexão que tiveram que ser hospedados pela companhia; a aeronave com turbinas ligadas em fila indiana para poderem decolar; aeronaves circulando no ar aguardando liberação de pista para pouso. De quem é a maior culpa? Do governo (Aeronáutica e Infraero são do governo). Se eu fosse dirigente de companhia aérea contratava um estudo técnico-financeiro e impetraria com ação judicial em face da União para ressarcimento dos custos com hospedagem, pessoal, combustíveis, manutenção, etc. Aliás até os acionistas deveriam fazer isso e tomar uma atitude enérgica contra esse abuso e falta de competência estatal. Politicagem dá nisso!

Além desse desabafo e dessa pequena reflexão ainda fica uma certeza: mais cedo ou mais tarde São Paulo terá mais incidentes e acidentes no Aeroporto de Congonhas. Esse aeroporto deveria ser desativado imediatamente para voos comerciais e ser operado apenas por companhias de táxi-aéreo, aeronaves particulares e transporte regional de pequeno e médio portes. Fica aqui a triste constatação e a esperança para que tudo sempre corra bem!!!

E o que me deixa indignado: são gastos bilhões em estádios de futebol e nem 10% disso em segurança e infraestrutura aeroportuária. O que é mais importante para o país e para a população? Quero ver na Copa de 2014...

Receita Federal denuncia o que o TSE "fingiu" não ver - No dia 12 passado, a ministra Cármen Lúcia tomou um susto. Acabara de participar de uma das sessões de julgamento do mensalão, no STF. Ao chegar no seu gabinete na presidência do TSE, deu de cara com um relatório espinhoso. Tratava de um episódio envolvendo o PP, Partido Progressista, uma das legendas que estão na berlinda do Supremo.

O texto submetido à análise de Cármen Lúcia informava que o Tribunal Superior Eleitoral aprovara, sem ressalvas, prestações de contas do PP que estavam apinhadas de irregularidades. Auditoria feita posteriormente pela Receita Federal revelara que as fraudes eram grosseiras. Resultaram em desvios de R$ 20,1 milhões. Dinheiro público do fundo partidário.

Por ordem de Cármen Lúcia, abriu-se no TSE uma comissão de sindicância. “Em face da grave conclusão do relatório”, a ministra quer saber se os técnicos do tribunal que recomendaram a aprovação das "contas micadas" do PP encobriram as fraudes dolosamente.

O buraco nas contas do PP foi aberto entre os anos de 2000 e 2005. Nessa época, a legenda era presidida pelo então deputado federal pernambucano Pedro Corrêa. No mensalão, o ex-presidente do PP é acusado de receber R$ 4,1 milhões em verbas sujas do esquema operado por Marcos Valério e Delúbio Soares. Quer dizer: os R$ 20,1 milhões desviados do fundo partidário representam cifra cinco vezes maior.

Os malfeitos foram farejados pela Receita Federal em 2007. Em auditoria feita por amostragem, o fisco varejou as contas de seis partidos. Fisgou na escrituração do PP documentos falsos e notas fiscais frias. Algumas delas emitidas por empresas fantasmas. A coisa era tão grosseira que as notas de 28 empresas distintas apresentavam a caligrafia de uma mesma pessoa. Outras 34 notas emitidas por pseudoforneceres diferentes haviam sido preenchidas numa única máquina. Diante de indícios tão veementes, a Receita abriu, em novembro de 2007, uma representação fiscal contra Pedro Corrêa e dois ex-deputados que cuidaram da tesouraria do PP na época dos desvios: Benedito Domingos e Romel Anízio.

De resto, o fisco enviou seus achados à Polícia Federal, que requisitou informações ao TSE. Ali, auditores da Justiça Eleitoral puseram-se a reexaminar algo como 58 mil documentos anexados pelo PP às suas prestações de contas. Afora a constatação de que o TSE aprovara contas malcheirosas, chegou-se a uma conclusão desalentadora: já não há como saber onde foi parar o grosso da verba desviada pelo PP. Como no caso do mensalão, boa parte da verba foi sacada na boca do caixa por sacadores não identificados.

E agora quero ver a explicação do TSE...

Rapidinhas...

- E o Campeonato Brasileiro de Futebol, na série A, vai definindo os prováveis campeões e seus rebaixados. O Fluminense é o líder, mas o Atlético-MG, tecnicamente, é quem está em melhor posição. Ele só depende de si já que tem um jogo à menos e está dois pontos atrás - a vitória vale três pontos (o Flamengo, como sempre, arranjou uma desculpa e não jogou na data previamente marcada com o clube mineiro alegando que o campo do Engenhão, no Rio de Janeiro, não oferecia boas condições de jogo. Isso só para o Flamengo porque todo mundo jogou lá sem nenhum problema). Além do Fluminense e Atlético-MG apenas o Grêmio demonstra ter condições de buscar o título. Entre os desesperados eu ainda acredito numa virada do Palmeiras, mas o Felipão - melhor técnico do Brasil -, não acertou a mão e precisa sair. Estão na luta contra o rebaixamento: Palmeiras, Atlético-GO, Figueirense, Sport, Flamengo, Coritiba e Portuguesa. Eu aposto que Atlético-GO, Figueirense, Sport e Portuguesa cairão.

- A fórmula 1 terminou sua fase europeia. Eu aposto que Fernando Alonso (Ferrari) será campeão por causa da sua regularidade, mas ele terá que guiar muito porque Lewis Hamilton possui o melhor carro desse final de temporada e demonstra estar decidido a buscar o título. Acredito piamente que ele tem boas chances. Raikkönen (Lotus) está fora da briga mesmo estando em terceiro (não tem carro para isso nem pilota o mesmo de antes). Vettel é a terceira opção: tem um carro superior à Ferrari (Red Bull), erra pouco, mas eu não o vejo, esse ano, em condições de lutar pelo título apesar de, se isso acontecer, não ser uma zebra. Tem um bom carro é é um ótimo piloto. Destaco a melhora de Felipe Massa e a boa atuação de Bruno Senna nas corridas. Em treinos Bruno tem ido muito mal e está tomando um banho de Pastor Maldonado - que só não vai melhor porque é estabanado e, como Romain Grosjean (Lotus) ainda não tem maturidade nem encontrou os seus limites.

Foto/Crédito: Correio Braziliense- A arquibancada superior do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, será concluída no próximo dia 22, sábado. 1.604 peças de concreto pré-moldadas foram fabricadas e comportarão, nesse setor, 39.050 pessoas. Cada peça pesa, em média, 12 toneladas. A arquibancada superior começou a ser montada em maio de 2012. O Estádio Nacional Mane Garrincha tem 72% de suas obras concluídas e deve sediar a abertura da Copa das Confederações (2013), além de sete partidas da Copa do Mundo de 2014. Além da arquibancada superior, já estão prontos: a laje que cobre o segundo pavimento; 288 pilares que rodeiam a arena formando a área de acesso e o anel de compressão.

Quinzena que vem tem mais....

Abraços,

Fernando Toscano       
Editor do Portal Brasil     

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SEU AUTOR.

LEIA OUTRAS COLUNAS AQUI


FALE CONOSCO ==> CLIQUE AQUI