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Profissional necessário, mas não esperado

Por Ivan Postigo (*)

Muitas empresas enfrentam dificuldades na produção, no controle financeiro, na gestão de marketing e necessitam passar por um processo de reorganização, contudo resistem às mudanças.

Um ponto comum entre elas é o alto turnover gerencial. Profissionais entram e saem numa quantidade e velocidade impressionantes.

Profissionais experientes parecem não conseguir encontrar formas de estabelecer e conduzir planos que as permitam ter uma gestão mais equilibrada, resultados satisfatórios e melhores índices de produtividade.

Outro aspecto comum é a falta de apoio e aderência aos planos apresentados.

O histórico de alta rotatividade gera desconfiança quanto à possibilidade de continuidade do profissional, portanto os níveis mais baixos do organograma evitam o risco de aderir a uma idéia que tem poucas chances de “sucesso”.

O barco é o mesmo, é verdade, pode estar afundando, mas poucos se preocupam em ajudar a tirar a água.

Teimosia, orgulho, idéias superadas, falta de confiança, acomodação, desconhecimento de técnicas de gestão, são componentes do processo que não permitem essas empresas se desenvolverem.

Todo processo de reorganização exige mudanças importantes de conceitos, de comportamento, de atitudes, e se há algo que as pessoas resistem são as mudanças.

Estas, como discursos, obtêm aderência sempre, como fatos encontram ferozes adversários.

Mudanças provocam alterações de status, geram desconforto, por requererem novos aprendizados, muitas vezes aumentam a carga de trabalho, incorporam novas responsabilidades, geram inseguranças, trazem novos desafios, assustam.

Velhas regras, que no passado deram certo, costumam ser utilizadas como panacéias, evitando-se mudanças radicais.

Empresas tradicionais desapareceram, não porque não tivessem mercado ou produtos adequados, mas porque o equilíbrio entre as diversas áreas não foi mantido.

Uma empresa é tão forte quanto seu ponto mais fraco.

Para vencer a acirrada concorrência é importante que tenham diferenciais e os apresentem.

Ter o melhor produto, mas deixá-lo totalmente desconhecido do seu público consumidor é esperar que um milagre a mantenha ativa.

Temos visto nos últimos anos empresas se preocupando em consolidar suas marcas, com isso começam a desenvolver planos mais intensos de comunicação, mas a maioria ainda acha que esse aspecto é um desperdício de recursos.

O profissional contratado para mudar o panorama da empresa, ao não encontrar espaço para desenvolver seu trabalho, acaba demitido ou pede demissão, seguindo para lugares onde possa ter um futuro melhor.

Qual seria o estilo profissional que os gestores dessas companhias gostariam de encontrar?

Aquele que desenvolvesse as idéias enraizadas na empresa. Pudesse apanhar o modelo vigente e o tornasse um sucesso.

A probabilidade disso acontecer é pequena, mas pode haver uma acomodação no mercado que gere essa sensação e o profissional contratado com o tempo vai conseguindo implantar novas idéias.

Para isso é necessário tempo, fator que nem sempre empresas com situações financeiras delicadas podem se permitir.

O paradoxo é que empresas podem encontrar os profissionais necessários para efetuar as melhorias no processo de gestão, mas nem sempre são os esperados.

(*) Ivan Postigo é Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP e
Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria, Comunicação e Gestão - www.postigoconsultoria.com.br.

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELO AUTOR
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