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Mundo empresarial, alienígenas e alienados

Por Ivan Postigo (*)

O ambiente empresarial, borbulhante e efervescente, sempre foi pano de fundo de livros, novelas, filmes, peças de teatro e cartoons. 

Empresas sempre serviram como argumentos de conquistas e exercício de poder, pela riqueza gerada e pela dependência criada. 

Um ambiente do qual não se participa sem ser atingido e sofrer as consequências. Seja pelas recompensas das vitórias ou pelos ônus das derrotas. 

Quanto mais desenvolvida a sociedade, mais poderosas são as empresas, objeto de organização para exploração de oportunidades e produção de valor. 

Nas regiões subdesenvolvidas  onde a empresa é base do sustento do seu criador, esta é alavancada, quase em sua totalidade, com limitados recursos próprios. Neste caso, os sócios são em número reduzido, pois alienígenas não são bem vistos e tolerados. 

Tratemos a palavra alienígena em seu sentido original: estrangeiro, estranho ou desconhecido. Ainda que esta tenha uso para designar ser de outro planeta, assim poderão ser encaradas algumas propostas vindas de elementos externos à organização e que não encontrem identidade no ambiente. 

Essa é uma visão e um costume diferente do que ocorre em áreas desenvolvidas, cujos empreendedores são capazes de reunir ideias, capital e competência de trabalho. Divido em cotas e tarefas, os projetos recebem o impulso da alavanca que move o mundo: cooperação.

Grande parte criada por alienígenas, detentores de recursos e expertise que permitem evolução e quebra de paradigmas. 

Ninguém é totalmente evoluído a ponto de não descartar o futuro. O automóvel, no passado, foi contestado, assim como o televisor e os microcomputadores. Em anos recentes, a internet colocou à prova a visão de um gênio da informática, que com ela não havia se entusiasmado!

O empreendedor se debate com o futuro da ideia, o visionário com a ideia do futuro. Assim também nasce um alienígena. Algumas vezes pelo modo, outras pela moda! 

Profissionalizado, o mundo empresarial avalia os empreendimentos pelos resultados. Lucros, bottom line, são termos que mostram o alvo. 

A participação do trabalhador nos ganhos do empreendimento pode torná-lo colaborador e sócio, reduzindo os alienados. 

Isso não significa a eliminação dos conflitos entre alienígenas e alienados, mas permite a potencialização da aproximação e aumento da capacidade geradora de valor. 

A globalização traz oportunidades e riscos ao emprego. O sucesso de uma empresa e sua marca podem ser fatais para o trabalhador, não apenas o fracasso. 

Cisões, fusões e incorporações de empresas podem levar o parque fabril para novas áreas, por questões estratégicas e tecnológicas. 

Nesse sentido, o mercado acionário permite aos trabalhadores excluídos do processo laboral, continuar participando do empreendimento como alienígena capitalista. 

Suas ideias, seus conhecimentos e, claro, seu capital, ainda que reduzido, em locais desenvolvidos, se somam a outros e integram a alavanca cooperativa que move o mundo. 

Que destinos terão as empresas e os empreendedores alienados, em um planeta movido por seres alienígenas que competem e cooperam? 

Certamente para os que crêem e participam da construção do futuro são grandes as chances de encontrarem gestores verdes analisando os resultados de balanços azuis no planeta vermelho.

(*) Ivan Postigo é Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP e
Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria, Comunicação e Gestão - www.postigoconsultoria.com.br.

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA EXPRESSAMENTE PELO AUTOR
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