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M E I O     A M B I E N T E
C O L U N A S     D E     2 0 1 2
0 1  /  J U L H O

Professor Antonio Germano Gomes Pinto

A ilusão dos catalisadores automotivos
Por:
Professor Antonio Germano Gomes Pinto (*)

Sempre que obtemos energia a partir da matéria orgânica, liberamos para atmosfera, como subprodutos, principalmente gás carbônico e vapor de água quando a incineração é completa, além de gases de cloro, enxofre, nitrogênio sob a forma de óxidos, dependendo da melhor ou pior qualidade e pureza do combustível utilizado. Estes efluentes representam o produto da oxidação ou queima completa do combustível para gerar energia.

Acontece que no processo de oxidação não é possível um equilíbrio estequiométrico preciso entre o combustível e o comburente (oxigênio) porque no processo utilizamos o ar atmosférico com teor inferior a 20% de oxigênio, além de impurezas diversas que vão junto com o ar para dentro do reator (motor).

A insuficiência do comburente (oxigênio) e da temperatura irregular no interior do reator (temperatura flutuante), provoca reações incompletas, ou seja, o combustível além de gerar o gás carbônico vai produzir também o monóxido de carbono produto típico da queima incompleta, permanecendo nas moléculas deste gás grande potencial energético. O monóxido de carbono é combustível, por isso, ávido por oxigênio e quando inalado vai se apropriar do oxigênio no organismo provocando problemas respiratórios e intoxicação, podendo levar ao óbito.

A engenharia criou um equipamento a que erroneamente convencionou chamar de catalisador. Catalisador é um metal ou substancia capaz de acelerar, inibir ou retardar uma reação química sem tomar parte ativa na mesma.  

Os catalisadores automotivos são fabricados internamente com substancias capazes de acelerar as reações de combustão, por aumento do tempo de contato entre os resíduos que “escaparam” do reator (motor) sem queimar, criando condições de um maior tempo de “residência”, ou seja, maior contato com o oxigênio, calor e tempo de permanência destes resíduos no interior do equipamento. Teoricamente seria perfeito, porem, a realidade é bem outra por que:

a)    A peça principal do catalisador automotivo é constituída por uma peça de cerâmica ou metálica porosa cuja finalidade é aumentar a superfície de contato entre os resíduos da queima com o calor e o ar (oxigênio).

b)    Esses micros poros proporcionam, dentro do espaço interno do equipamento, uma superfície de contato equivalente a quatro campos de futebol. Exagerando um pouco, poderia se afirmar que o contato das substâncias envolvidas na reação, acontecem molécula a molécula, consequentemente, uma reação completa e uma perfeita defesa do meio ambiente e de nossos pulmões.

c)    A presença de metais nobres impregnando a peça se, realmente aplicados, tem sua atuação praticamente nula porque só poderá ser aplicado sob forma salina e nunca metálica e se salina, com cinco minutos de funcionamento os sais se decompõem e as partículas metálicas serão descartadas e arrastadas naturalmente para o meio ambiente.

O que realmente acontece:

a)    Após alguns minutos de funcionamento, os micro poros são obstruídos deixando de cumprir sua função, ou seja, viabilizar o “intimo contato entre o combustível, comburente e calor” e esse fenômeno deixa de existir.

b)    O equipamento que é identificado como catalisador desenvolve intenso calor, consome combustível que poderia ser aproveitado pelo motor.

c)    A placa de cerâmica ou metal poroso é pesado e sustentado no cano de descarga termina por reduzir seu tempo útil de duração.

Para solução do problema bastaria uma simples requeima dos gases do escapamento, reconduzindo-os à câmera de combustão e manter sempre o motor regulado.

A proporção correta do ar (oxigênio) e do combustível irá determinar uma completa combustão. 

Os catalisadores automotivos são tão úteis quanto aqueles kits de primeiros socorros. Lembram-se deles?

(*) Por Antonio Germano Gomes Pinto - Engenheiro Químico, Químico Industrial, Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas, Licenciado em Química, Especialista em Recursos Naturais com ênfase em Geologia, Geoquímico, Especialista em Gestão e Tecnologia Ambiental, Perito Ambiental, Auditor Ambiental e autor de duas patentes registradas no INPI, no Merco Sul, na UE, na World Intellectual Property Organization números WO2000/027503 and WO 1996/015081 e em grande número de países. email: [email protected].

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