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Desmamar para crescer
Por Pastor Hélder Rodrigues

            No aconchego dos braços da mãe o bebê se nutre física e emocionalmente. A troca de afetos no ato de mamar consolida o elo divino entre mãe e filho.

Aos poucos o leitinho nutritivo e pueril dá lugar às papinhas, mais consistentes, e estas, por sua vez, aos alimentos sólidos. O desmamar para alguns bebês pode ser um período delicado, pois crescer dói. Tudo é formoso no devido tempo, “para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (Ec 3.1).

Amadurecer, crescer, significa passar cada fase da vida deixando comportamentos e características da fase anterior para adquirir novos hábitos.

O apóstolo Paulo declara: “quando eu era menino, falava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino” (1 Co 13.11).

Isto nos ensina pelo menos duas grandes verdades: quando ele era menino, falava e raciocinava como menino, ou seja, viveu cada fase da vida. Contudo, quantos pais, por exemplo, deixam seus filhos adolescentes participarem de uma conversa de adulto quando a estrutura emocional deles ainda não é adequada para isso? O mesmo se aplica a determinados filmes, desenhos ou programas que permitimos nossos filhos assistirem mesmo sabendo que não são adequados para eles.

O segundo ensinamento do versículo é que quando o apóstolo se tornou homem deixou para trás as coisas de menino, foi desmamado para crescer. Infelizmente, existem muitos adultos que têm comportamento de crianças. Quando recebem um “não” emburram, fazem birra, tentam manipular ou dominar a situação utilizando meios não éticos. Este é um comportamento motivado pelo fato de que a pessoa ainda não aprendeu a lidar com seus sentimentos, sendo impulsionada por suas emoções em detrimento à razão, à verdade e ao bom senso.

Exortativamente Paulo fala aos irmãos de corinto: “não lhes pude falar como espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-los” (1 Co 3.1-2) e conclui: “porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês” (vers. 3).

Logo, os nossos relacionamentos são o termômetro de nossa maturidade. Paulo explicita a carnalidade por meio de inveja e divisão. Talvez você se pergunte: será que sou maduro? Responda com sinceridade às seguintes perguntas:
 

-  Você tem dificuldade em reconhecer seus erros e pecados?

-  Como você reage à crítica?

-  Você tem dificuldade de colocar sua opinião quando é contrária àquele que lhe ouve?

-  Você sabe lidar com as diferenças e continuar amando a pessoa?

-  Quando alguém recebe uma bênção você pensa: “bem que poderia ser comigo?

-  O sucesso do outro lhe incomoda?

-  Quando você é chamado a assumir alguma responsabilidade qual é sua reação? Fugir ou assumir o encargo?

-  Quando alguém peca você pensa vou orar por ela ou, então, tem a tendência de se afastar ou julgar?

-  Você consegue se controlar diante dos seus impulsos ou normalmente é vencido por eles?

Somos seres relacionais. Maturidade espiritual anda junto com maturidade emocional e relacionamentos sadios. Isto porque quanto mais você é impactado por Deus, quanto mais forte for espiritualmente, mais o Senhor irá transformar o seu ser, mais você se conhecerá, mais irá amar e aceitar o outro como ele é, pois enxergará com mais facilidade as suas próprias incoerências. Isto é maturidade!

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